Raissa Lennon

Raissa Lennon
"siga seus próprios sonhos, porque ninguém pode viver o sonho do outro"

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Aos 9 anos.


Quando eu tinha 9 anos, pensava que a vida seria muito mais fácil,
pensava que os relacionamentos não seriam assim, tão complicados.
Quando eu tinha 9 anos brincava e teorizava sobre o meu mundo,
queria ser desenhista no futuro, e esboçava alguns barquinhos e aviões no papel.
Quando eu tinha 9 anos meu mundo, era azul da cor do céu.
Quando eu tinha 9 anos idealizava uma vida cheia de aventuras, e histórias surreais.
Depois dos 9 anos, comecei a conhecer uma coisa que chamam de realidade.
E aprendi que nada será como antes, nem melhor, nem pior, apenas diferente.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Leila em: O homem da faca grande!

Existem coisas na vida que sabemos, que nunca devemos fazer, mas fazemos, talvez por auto confiança, libertinagem, transgressão, ou por pura e simplesmente burrice mesmo.
Todo mundo sabe que é insano sair à noite, em um lugar que você não conhece, perigoso e deserto, e ainda por cima levando coisas de valor a reboque.
Mas Leila sabendo de tudo isso saiu com seu amigo para procurar bebida, nessas condições, mesmo sabendo que não iam encontrar, mesmo sabendo que era perigoso, mesmo sabendo de tudo, Leila burramente saiu.
Confirmada a inexistência de algum bar aberto numa hora daquelas, voltaram para o hotel onde estavam.
No caminho de volta, a menina avista um homem de bicicleta vindo em sua direção e pensa: fudeu!
Tentei encontrar uma palavra culta, politicamente correta para denotar a interpretação acertiva de Leila em relação ao perigo, mas não consegui.
O homem desce da bicicleta com uma faca grande - na verdade era um terçado - mas na hora Leila pensou que era uma faca grande, e imaginou aquela arma perfurando seu corpo, como uma típica cena de filme de terror.
Seu amigo gritou: - corre!
E saiu em disparada, mas a menina paralisou.
- Passa o celular! Ele disse.
Essa frase é clássica entre os assaltantes, Leila como era perito nessa assunto já sabia bem disso, é incrível como em situações de risco pensamos merda em segundos.
''Esse cara poderia trocar o enredo, mudar a frase, todo mundo diz a mesma coisa, meu celular nem vale muito...'' pensa Leila.
A jovem sente o celular no bolso e diz:
- não tenho celular, só tenho essas moedas aqui...
- manda! E desculpa aí tá?...
''Desculpa aí? Que tipo de ladrão pede desculpa?
Que merda de ladrão é esse que me dá o maior susto da minha vida, que faz eu pensar em todos os crimes ediondos da humanidade, e que quase estraga meu fim de semana fala: desculpa aí tá?... será que ele pensou que eu ia dizer:
- desculpado mano, tá desculpado...''
Não sei porque mas ela ficou com muita raiva, da porra do desculpa aí.
Leila nervosa/puta/triste/com ódio/com remorso e todas essas coisas juntas, falou enfurecida para seu amigo:
- Eu não disse que não era pra gente sair dessa merda de hotel!
Realmente ela disse, mas não conseguiu se achar menos burra por isso.
Entrou no quarto, chorou, rezou e agradeceu por estar viva.
''Aquele homem poderia fazer qualquer coisa comigo, mas não fez''
- Deus existe mesmo... Disse baixinho quase dormindo.

Melancolia

Vou chegar e almoçar sozinho
Vou lembrar de você que não esta aqui
Ligo o PC, desligo.
E vou sonhar com alguma coisa boa,
alguma irrealidade bonita.
AH, como eu queria fazer de mim, a melhor saída pra minha melancolia.
Nem faz mais diferença o passado e o presente.
A distancia do ausente.
quando o dia recomeçar,
nada será diferente.

meio-dia

eu tô cansada,
cansada de não ser nada,
cansada de nem saber se continuo, e vou...
se sofro por amor
perdida como a flor de uma fotografia.
e ao meio dia a vida passa,
ao meio dia a vida passa...
uma vida inteira passa,
sem dizer adeus.

Companheiros