Raissa Lennon

Raissa Lennon
"siga seus próprios sonhos, porque ninguém pode viver o sonho do outro"

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Come as you are, as you were

Cresceu assim, sem ligar pro mundo
Ouvindo suas bandas, seu velho rock com letras gritadas
sentia-se solitário, e sempre falava em suicídio,
não sei até que ponto era brincadeira toda aquela história de querer morrer
Em todo caso, era afetuoso
Até que um dia conheceu a mais perigosa loucura dos humanos: a paixão
era cedo demais pra ficar cego
afastou-se de todas as pessoas que um dia lhe fizeram bem
enganou-se em acreditar que era pra sempre.
''O pra sempre sempre acaba'', disse uma vez Renato Russo
E certa vez, acabou.
E não ficou nada,além de suas mágoas
Era preciso construir tudo de novo
Um erro, uma decepção, uma certeza
Um dia (quem sabe) a gente aprende em quem devemos confiar.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Recordações em dia de Natal


Natal. Para mim, particularmente, tem gosto de recordação e saudade.Lembro de minha infância e do meu avô Leandro.
Tudo era diferente, a família se reunia em sua casa. Estávamos onde ele estivesse.

Na noite de natal tinha oração e discurso, não gostava de falar porque sempre me emocionava e chorava.
Sempre ganhava um livro de meu pai e começava a ler na madrugada do dia 25 mesmo. Aquilo era a minha magia, o meu encantamento.

Lembro de uma vez que pedi o livro do Harry Potter de presente, a outora lançara o quinto da série se eu não me engano. No carro indo à casa de meu avô, meu pai disse que não pôde comprar o livro. Eu criança, chorei, esperneei, fiquei com raiva. Tudo um blefe, pois na noite de natal ganhei o livro que tanto desejava.


Hoje entendo a futilidade do meu ato. As crianças crescem com essa idéia de que natal é sinônimo do Papai Noel que lhe dará presentes. O que não passa da construção ideológica do homem individualista, que precisa a todo custo se reafirmar naquilo que é material.


Natal. Nascimento de Jesus. Que pregou justamente o contrário de tudo isso, divulgou a humildade, a simplicidade, a compaixão...
Natal é união, afeto, crescimento pessoal e renascimento do nosso próprio espírito. E que esse espírito de confraternização e irmandade não se perca nos próximos dias do ano.

Natal é a afirmação do amor que tenho por meus entes queridos, amigos e familiares.

É também, contradição em dia de festa, pois agradeço por tudo que tenho, mas entristeço-me por compreender que muitos não têm nem o essencial para viver.
É, portanto, a esperança de dias melhores a todas as pessoas, sem distinção.

Pedimos tanto por paz, amor, saúde. Mas o que fazemos para concretizar nossos ideais? Que este natal seja muito mais que felicitações, seja a tentativa de mudar nossos próprios atos. Mudar o destino de quem precisa. Mudar nossas atitudes.

Que neste natal a paz reine em nossos corações. E como diz Ivan Lins em sua música “Um Feliz Natal e que Deus lhe traga um próspero ano e felicidade’’.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

À la Chico Buarque

Ainda eis vivo em mim. Fato
Talvez descaso da minha personalidade, por não querer me obedecer
E porque vejo beleza na tristeza. Coisa besta, culpa minha
Tento encontrar vida em pequenos prazeres, quase sempre consigo e fico feliz
É porque as vezes, estamos meio assim,
sei lá
À la Chico Buarque
"tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu
a gente estancou de repende, ou foi o mundo então que cresceu?"
e assim vai. .. a roda viva da vida
mas "sei que um dia tudo fica em seu lugar" por sinal, também é música de uma banda querida de uns amigos meus
E assim a gente vai levando,
com esse meio de saída, e distração: a música
Pois se o amor é a medida das coisas,
A música é a forma mais bonita de transmiti-lo...

* Retrato por Winnie Rodrigues

sábado, 19 de dezembro de 2009

Vá de Bike


Diálogos construtivos I


Em tardes de tédio em que meu irmão está com tempo livre, geralmente costumamos conversar sobre assuntos diversos, na maioria das vezes sobre política, indústria cultural, música independente, capitalismo entre outras pautas.
Certo dia, em meio a risos e piadas começamos uma discussão sobre a imposição dos valores materiais sobre o ser humano no mundo atual, e ele comentava a diferença de uma pessoa que possui um carro e outra que não possui, “carro é sinônimo de status, quanto melhor for seu carro, melhor você será considerado” ele disse.
Ou seja, nossa personalidade, nosso     “SER” esta vinculado a uma maquina, a um produto, a um objeto, e nem nos damos conta do quão triste isso representa. Meu irmão certamente é um jovem incomum, agora ele “botou” na cabeça que quer comprar um fusca, só para contrariar a ideologia de ter o carro do ano.
Isso pode parecer besteira, mas influência diretamente em nossa vida prática. A MTV está com uma propaganda que diz “o aquecimento é global, mas o congestionamento é local”, troque seu carro por uma bicicleta, skate, patins, metrô, ajudem a salvar o planeta! Essa é a mensagem. No entanto, já perdi as contas de quantos comerciais de carro assisti enquanto elaborava esse texto.

A questão é bem mais complexa que a mensagem. Por exemplo, minha casa é relativamente perto da Universidade em que estudo (UNAMA), meus pais tem carro, mas só de vez em quando me dão carona, e no máximo até o entroncamento. É assim: necessito de dois ônibus para ir, dois para voltar da UNAMA, pois, apesar de perto, não tem absolutamente nenhum coletivo que me leve direto ao meu destino. Como todos sabem o transporte público de Belém do Pará não é nenhum modelo de perfeição, longe disso, é indigesto, pífio, ridículo.
Particularmente no lugar onde moro, consegue ser pior que o normal, de manhã o ônibus vai estupidamente lotado, se você conseguir respirar esta no lucro. Hoje em dia me recuso a entrar num coletivo nesse estado, pois, me sentia como um animal enjaulado, uma “coisa” que não vale nada. Agora, utilizo outra coisa conflitante em nossa cidade: a combe, chamados de “perueiros” não são regulamentados, e os automóveis se encontram em péssimas condições de uso.
Ha muito tempo estava pensando em uma solução para minha problemática e em como poderia ajudar um pouco a melhorar o planeta. E cheguei à conclusão que a BICICLETA pode ser uma boa ajuda nessa hora. A magrela não polui o ar, não congestiona o trânsito, além de melhorar o físico. Nunca fui da linha geração saúde, pelo contrário, sou sedentária, me alimento mal e tenho vícios mortais, mas é sempre bom esta em paz com o próprio corpo.
Como disse, não é tão simples assim, o trânsito de Belém é um caos, o entroncamento é uma desordem, provavelmente a pior obra que já fizeram por aqui, isso se a rotatória da Júlio Cezar não vencer essa disputa. O problema de andar de bike é que é perigoso, tem o calor, a chuva, o sol, o medo de morrer... E assim vai.
Infelizmente, ciclista em Belém é sinônimo de bandido, ou de gente que não tem grana pra comprar uma moto, ou carro, enfim. Nos países desenvolvidos, executivos trocam seus carros por bicicletas, por que lá o governo apóia, tem ciclovias, respeito e conscientização. O mundo seria bem melhor se todos os países adotassem essa causa.

Não estou dizendo para abandonar o conforto de seu veículo sempre, só não ser como minha mãe que vai até ao banheiro de carro. Bicicleta é aconselhável para distancias até 7 kilômetros, o que equivale a no máximo 30 minutos de viagem, a uma velocidade média de 15 km/h. Em um engarrafamento em São Paulo os automóveis não chegam nem a 9 km/h. Viu só como a pequeninha tem suas vantagens?
No mais, se você não esta nem um pouco convencido e acha tudo isso uma babaquice, compreendo seu ceticismo, desde pequenos somos influenciados pela indústria, pela TV, por nossos pais. Com um carro você “pega” mulher, você mostra para os outros que está bem de vida, que sua posição social é boa. É bom dirigir, pretendo tirar minha carteira paro ano por sinal, e quando puder comprarei um carro, fruto do meu esforço, do meu trabalho. Mas fico pensando que seria bom, não utilizá-lo sempre.
  
Em todo caso, elaborei uma listinha com 10 motivos para usar a bike, aqui vão eles:

1.      Não polui o ar.
2.      Melhora o trânsito.
3.      Você respira o ar mais limpo. Quem esta dentro de um carro, ou ônibus respira 30% mais poluição que um ciclista ou pedestre.
4.      É seguro quanto mais o trânsito estiver congestionado. Em uma cidade como Belém, isso não é muito difícil, não é mesmo?
5.      É econômico. Não precisa gastar grana com passagem, nem com gasolina.
6.      Melhora o físico e a saúde. Você não precisa gastar dinheiro com academia pra ficar com pernas grossas.
7.      Você se sente mais livre.
8.      É legal sentir o vento bater no rosto.
9.      Você não corre riscos de assalto. Vão pensar que você é pobre e não tem nada de valor, ou vão pensar que você é o bandido mesmo.
10.  Seja diferente. Vá de bike ;)

Em 2010 mude seus hábitos, plante uma árvore, recicle seu lixo, não desperdice a água, ou vá de bike.

Quem sabe paro ano eu perco o medo e chego à Universidade com a magrela, não estranhem meus amigos de turma, agora vocês já sabem que é por uma boa causa. ;)

Diálogos Construtivos

Olá caro amigos que por algum motivo leem esse blog, a partir de hoje começaremos uma série nova de textos um pouco mais sérios que meus poemas bobos... Espero que gostem. :)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Em dias de chuva

Em dias de chuva é fácil chorar.
É fácil lembrar de pessoas especiais
e de como é bom tentar não sentir frio nos braços de alguém.
Em dias de chuva você torce para não estar sozinho.
Ou não, você quer mesmo estar sozinho para ler aquele livro bom, que você vem adiando a tempos por falta de disposição.
E talvez, assistir aquela comédia romântica, só para variar um pouco do seus filmes de suspense...
Em dias de chuva é bom não sair de casa para não estragar o cabelo, e ficar reclamando da cidade e de sua sombrinha que sempre te deixa na mão em dias de sufoco.
Ou melhor, em dias de chuva o bom mesmo é aproveitar para tomar banho ao ar livre, pular feito uma criança e receber a energia daquela água sagrada.
Em dias de chuva, eu fico olhando as poças aumentando com os pingos, e ouço o seu barulho peculiar, sem pensar em mais nada.

* retrato por Winnie Rodrigues

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Dentro do quarto

Um quarto certamente diz muita coisa sobre a pessoa que nele habita.
O meu por exemplo diz muito sobre mim, além de guardar segredos que nunca vão ser revelados a quem não se deve, e cada elemento que o compõe conta uma história.
Por exemplo, tenho duas imagens pregadas na porta de cunho um tanto quanto comunista: a primeira do revolucionário Che Guevara, e um discurso que ele fez em 1964, e logo em baixo o Manifesto do Partido Comunista com a forma do rosto de Marx. Comprei junto com meu irmão em uma feira do livro, a muito tempo atrás.
Tenho também um daqueles quadros de 15 anos com assinaturas ao redor de uma foto, que estou com cara de pateta, um sorriso besta, e uma blusa rosa, que por sinal odeio rosa, portanto odeio a foto.
Tenho um pôster grande dos Beatles que roubei da coleção do papai (beatlemaníaco de carteirinha), e três pequenos cartazes de filmes: "Boa Noite, Boa Sorte", "(500) dias com ela", e o mais legal de todos - "Laranja Mecânica", que ganhei de um amigo recentemente. Acho que todos que gostam de filmes, adoram cartazes de cinema.
Além, de uma estante com livros, revistas, papéis velhos, cd's e dv's, ursos - na verdade não gosto de usos, tenho carinho só por dois deles: o Billy, um pequeno macaco com uma cara estranha, e a Lia , a ursa que ganhei do meu ex namorado.
Por fim, é um ambiente bem simplório, não tem tv, nem computador, nem som (e isso sim me deixa triste, afinal a música é a única coisa capaz de libertar a alma), e enquanto escrevia esse texto até meu ventilador quebrou.... acredita? Triste.
Por outro lado tem umas coisas bem legais, como um quadro magnético, que sinceramente não sei como veio parar em minha casa, e um banheiro, que realmente é muito útil, nossa é muuuuuito útil. xD
Além desses objetos inerente aos olhos, ele possui uma aurea que só eu conheço, e algumas pessoas que compartilharam momentos marcantes comigo. Dias inesquecíveis e loucos. Nele vivi momentos de prazer, alegria, tristeza, solidão, entre outros tantos sentimentos.
Ai se aquelas paredes falassem... --'

* E você, o que mais gosta no seu quarto? Ele possui alguma coisa estranha, interessante, maluca? Algo marcante já aconteceu nele? Deixe um 'comente' pra mim, adoraria conhecer uma pouco de seu mundinho particular. =]

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O dia ruim de Lia

Chegou na Universidade fumando um cigarro, o dia começara péssimo, pegou um
ônibus errado e desumanamente lotado, parou no lado oposto de seu
caminho, desceu na Júlio Cézar e entrou em qualquer coletivo em direção
à Almirante Barroso, o congestionamento estava infernal – o trânsito de
Belém piorava a cada dia – o mundo um dia vai parar de tanto carro,
pensou.

A
aula é de história da arte, uma de suas matérias prediletas, mas Van
Gogh naquele momento não fazia nenhum sentido. Ela fez questão de ser
insurpotável, contou para os amigos o que havia acontecido e que queria
muito, do fundo de seu coração mandar alguém se fuder. Mas infelizmente
ninguém quis se desentender com ela, pois, justo naquele dia todos
pareciam felizes, um colega apenas comentou - ela ta afim de ser chata
hoje. Ela fechou a cara com raiva por saber que era verdade.

No
entanto, o verdadeiro motivo de sua chatisse, não era o ônibus errado,
nem o trânsito infernal, muito menos o comentário de seu colega. Há
muito ela estava envolvida em uma relação difícil com seu namorado,
talvez ex daqui a pouco tempo, vinham brigando muito, ele cada vez mais
frio ,ela cada vez mais insegura. Estavam naquele estágio de terminar,
não resistir, e voltar atrás da decisão, um sempre acusando o outro
pelas brigas, constantes e sem sentido, não sabiam o que fazer, se
amavam, mas aquela situação se tornará intragavél. Não via a hora de
tudo acabar bem.

O
dia era sexta-feira, e ela pensou no fim de semana que estava por
chegar, passava a semana inteira pensando no fim de semana, e de
repende não sentia-se nem um pouco empolgada para ele. Tinha as mesmas
opções de sempre, beber umas cervejas com os amigos, assistir um filme
pós-moderno sozinha, concluir seus artigos para a faculdade e por fim,
brigar com seu namorado por alguma coisa banal. Desejou ir para um
lugar longe, onde tivesse alguma praia bonita, muito sol e essas coisas
felizes, queria conhecer pessoas novas, um lugar novo, queria andar de
avião, nunca tinha andado de avião, deve ser legal voar – pensou.

- Lia ! A aula acabou.. vamo?

De volta a realidade.
Não se pode voar com os pés no chão...

* retrato por Winnie Rodrigues.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Aos 9 anos.


Quando eu tinha 9 anos, pensava que a vida seria muito mais fácil,
pensava que os relacionamentos não seriam assim, tão complicados.
Quando eu tinha 9 anos brincava e teorizava sobre o meu mundo,
queria ser desenhista no futuro, e esboçava alguns barquinhos e aviões no papel.
Quando eu tinha 9 anos meu mundo, era azul da cor do céu.
Quando eu tinha 9 anos idealizava uma vida cheia de aventuras, e histórias surreais.
Depois dos 9 anos, comecei a conhecer uma coisa que chamam de realidade.
E aprendi que nada será como antes, nem melhor, nem pior, apenas diferente.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Leila em: O homem da faca grande!

Existem coisas na vida que sabemos, que nunca devemos fazer, mas fazemos, talvez por auto confiança, libertinagem, transgressão, ou por pura e simplesmente burrice mesmo.
Todo mundo sabe que é insano sair à noite, em um lugar que você não conhece, perigoso e deserto, e ainda por cima levando coisas de valor a reboque.
Mas Leila sabendo de tudo isso saiu com seu amigo para procurar bebida, nessas condições, mesmo sabendo que não iam encontrar, mesmo sabendo que era perigoso, mesmo sabendo de tudo, Leila burramente saiu.
Confirmada a inexistência de algum bar aberto numa hora daquelas, voltaram para o hotel onde estavam.
No caminho de volta, a menina avista um homem de bicicleta vindo em sua direção e pensa: fudeu!
Tentei encontrar uma palavra culta, politicamente correta para denotar a interpretação acertiva de Leila em relação ao perigo, mas não consegui.
O homem desce da bicicleta com uma faca grande - na verdade era um terçado - mas na hora Leila pensou que era uma faca grande, e imaginou aquela arma perfurando seu corpo, como uma típica cena de filme de terror.
Seu amigo gritou: - corre!
E saiu em disparada, mas a menina paralisou.
- Passa o celular! Ele disse.
Essa frase é clássica entre os assaltantes, Leila como era perito nessa assunto já sabia bem disso, é incrível como em situações de risco pensamos merda em segundos.
''Esse cara poderia trocar o enredo, mudar a frase, todo mundo diz a mesma coisa, meu celular nem vale muito...'' pensa Leila.
A jovem sente o celular no bolso e diz:
- não tenho celular, só tenho essas moedas aqui...
- manda! E desculpa aí tá?...
''Desculpa aí? Que tipo de ladrão pede desculpa?
Que merda de ladrão é esse que me dá o maior susto da minha vida, que faz eu pensar em todos os crimes ediondos da humanidade, e que quase estraga meu fim de semana fala: desculpa aí tá?... será que ele pensou que eu ia dizer:
- desculpado mano, tá desculpado...''
Não sei porque mas ela ficou com muita raiva, da porra do desculpa aí.
Leila nervosa/puta/triste/com ódio/com remorso e todas essas coisas juntas, falou enfurecida para seu amigo:
- Eu não disse que não era pra gente sair dessa merda de hotel!
Realmente ela disse, mas não conseguiu se achar menos burra por isso.
Entrou no quarto, chorou, rezou e agradeceu por estar viva.
''Aquele homem poderia fazer qualquer coisa comigo, mas não fez''
- Deus existe mesmo... Disse baixinho quase dormindo.

Melancolia

Vou chegar e almoçar sozinho
Vou lembrar de você que não esta aqui
Ligo o PC, desligo.
E vou sonhar com alguma coisa boa,
alguma irrealidade bonita.
AH, como eu queria fazer de mim, a melhor saída pra minha melancolia.
Nem faz mais diferença o passado e o presente.
A distancia do ausente.
quando o dia recomeçar,
nada será diferente.

meio-dia

eu tô cansada,
cansada de não ser nada,
cansada de nem saber se continuo, e vou...
se sofro por amor
perdida como a flor de uma fotografia.
e ao meio dia a vida passa,
ao meio dia a vida passa...
uma vida inteira passa,
sem dizer adeus.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O valor da Amizade.



Nenhum dicionário, nenhum teórico, nenhum intelectual, nem em palavras conseguiremos determinar ao certo o que é a amizade. É uma coisa mágica, lúdica, de encontro de almas, de identidades, de apreço, de afeto mútuo.
Todo tempo idealizamos amigos, a convivência diária, o mesmo gosto musical, as mesmas idéias, as mesmas piadas, nos faz traçar laços de carinho que imaginamos e queremos que seja eterno. Nem sempre isso acontece; pelo simples (ou melhor, complexo) fato de que a amizade independe de distancia, raça, cor, credos, valores, independe de nós.
Em certos momentos da vida, estamos rodeados de pessoas, de cúmplices que passam pelas mesmas dificuldades, pelas mesmas angustias e andam na mesma direção, a ela é conferida toda a nossa fidelidade, nosso encantamento.
É quando de repente caímos alto e nos despedaçamos no chão, ouvimos (ou lemos) absurdos de pessoas que nem nos conhecem, que nasceram para desunir, meu pai sempre disse que existem dois tipos de pessoas na vida: a primeira é aquela que pretende unir, agrupar as pessoas; e a outra é aquela que separa, divide, possuem dentro de si o veneno da discórdia, esses últimos desmembram relações com propriedade.
Não digo nem relações de amizade, pois descobrimos então que toda aquela afeição não foi amizade, pois amizade não se perde assim, não se esvai entre os dedos como um líquido qualquer, ela é infinita, complacente. O que existiu, foram apenas momentos bons, que fizeram você se sentir vivo, sentir um bem-estar intransponível, uma alegria prazerosa.
Um dia a gente aprende que não devemos nunca perder tempo com intriguinhas covardes, balelas sem fundamentos, por que não há sentido, é distorcer todo o propósito da vida.
Amizade é sinônimo de amor, outro termo que segundo Oscar Wilder, é tão misterioso quanto à morte, outra palavra sem definição concisa, apenas sabemos que é uma coisa boa e que sem isso é impossível viver, e ser feliz.
Todo resto é a mais pura besteira, todo resto é mediocridade humana, é estupidez.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Billy

Nunca sabemos quando acaba,
a picos de euforia e declinios de repente de tristeza.
Só você aqui meu querido Billy, que compreende toda a minha inquietude.
Tantos momentos que você só você viu,
o choro sentido, o meu pequeno desespero,
a imagem refletida de prazer.
Ah meu querido Billy só você viu, o que ninguém mais podia ver,
o que ninguém mais podia saber.
A minha outra face, e por trás de minha máscara,
o meu insulto e a minha embriaguez.
Só você entende os meus motivos,
E quando chega a escuridão, é que os monstros aparecem...
E você esta aqui e me conforta.
Ah meu querido Billy, queria tanto que você soubesse.

A outra face do mesmo lado.

Mostre a outra face do seu mesmo lado.
Mostre que todo mundo um dia fará algo de errado.
Mostre que é bom esta perdido, as vezes.
Mostre o que todo mundo sente.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

do lado de dentro.

não que eu seja assim tão especial
não é questão de jeito, nem de defeitos
é questão de carinho e afeto.
não tem nada haver com sua pressa
tem haver com sua indiferença.
você sempre vai pensar que a culpa é da minha personalidade
ou da minha incompreensão
não é.
acho que eu preciso, de demostração.
acho que eu preciso que os outros saibam que você me ama
por que as vezes nem eu sei se você me ama...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Aquele Lugar




Sabe aquele lugar que você conhece de trás pra frente e de olhos fechados? Sabe aquele lugar que você vai desde que nasceu, que você já tem muita história pra contar ? Aquele lugar que seus avós frequentavam, que seus pais vão sempre e que provalvelmente seus filhos irão também. Aquele lugar que você conhece todas as pessoas, todos os cantinhos... Aquele lugar que de tanto você ir, chega uma hora que enjoa, mas se passar muito tempo sem aparecer por lá, começa a bater a saudade. Ahhh eu acho que todo mundo tem um lugarzinho assim, e o meu é a Baía... não a Bahia com ‘’H’’ mas a Baía do Sol. O nome do lugar já é motivo de piada, as pessoas perguntam: onde vai ser as férias? Eu digo: é na baía! Nossa na Bahia !! Salvador elas pensam, eu morre de rir... é tão engraçado... não tenho culpa se elas desconhecem a minha baíazinha que é tão graciosa, mas com bem menos - ou melhor, nenhum incentivo governamental -infelizmente. Um lugar que todo mundo tem apelidos, os mais engraçados possíveis, que todo mundo rir por nada, e levam a vida brincando. Afinal não tem nada para se preocupar naquele lugar é só olhar para a imensidão de água, pegar um vento na Praia Grande e não pensar em mais nada.


segunda-feira, 22 de junho de 2009

Democracia Transviada.


É com um pesar grande que venho através deste texto, demonstrar toda a minha indignação diante da decisão do Supremo Tribunal Federal que neste dia, 17 de junho, retirou a obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão de jornalista. Desmerecendo assim uma classe que sabe da importância da informação, sabe que uma informação errada pode arruinar vidas, matar pessoas, sabe que é um absurdo dizer que qualquer pessoa pode fazer jornalismo, e sabe que jornalismo não é literatura, muito menos arte, como foi falado de maneira infeliz pelos juízes que aprovaram esse desatino. Desrespeitaram também um grande público de estudantes que assim como eu, acreditavam em um jornalismo mais justo, ético e transformador e que ao contrário, queriam a melhor regulamentação da profissão, a criação de um conselho e afins. E que agora se vêem perdidos, e completamente desacreditados na dignificação da profissão. É triste ver que um país que tem tudo para evoluir, retrocedeu 40 anos, prejudicando radicalmente a sociedade.
Foi alegado que todos possuem o direito a liberdade de expressão, portanto qualquer um pode fazer jornalismo, o que eles não entendem é que isso nada tem haver com a habilidade, a técnica, o método de informar, editar, redigir, enfim, trabalhar a comunicação com seriedade, ou seja, distorceram completamente o termo. Todos, absolutamente todos tem direito a se expressar, assim como todos, absolutamente todos, possuem o direito a informação verossímil e competente, e na verdade esse é o papel do comunicador, aproximar a população de seus direitos e deveres, assim como mostrar a realidade de maneira séria. Essa decisão é arbitrária, despótica, mostrando que o Brasil está muito longe da democracia, que tanto eles tentam nos fazer crer.


terça-feira, 19 de maio de 2009

Alguém quer musicar?


Há algo mais entre esses risos, espero que seja assim.
Algo de só, entre os amigos espero que fiquem aqui.
A cada hora é mais fácil perceber
Que não se pode entregar a sorte coisas do coração.
Sinto a sua indiferença transcender
Eu só queria te lembrar de todo o antes.

Pode ser até que seja de se buscar o culpado
Pras nossas ofensas maiores.
Por que fica mal saber de tantas coisas
Melhor alhiar-se a ninguém.
Tantas palavras exercidas sem pensar
Pior repercutiriam com quem tem
Coisas mais sábias a dizer.

Há algo mais entre essas páginas
Espero que morra aqui.
Algo de só, entre as paredes
Com tanto que eu possa sair.

Então que seja fácil de lembrar
O começo de nossa amizade banal.
Pode ser até que seja de se buscar o culpado
Pras nossas ofensas maiores.
Por que fica mal saber de tantas coisas
Melhor alhiar-se a ninguém.

A distração de Clarisse


Clarisse sempre foi uma menina muito distraída, em todos os sentidos da vida, desde as coisas mais banais até as mais indignas de erro.
Esse defeito para alguns se tornará uma qualidade, pois suas distrações eram tão continuas e exageradas que chegavam a ser cômicas.
Sempre naquelas rodadas em que os amigos se reuniam para conversar, eram colocadas em pauta as ‘’mancadas’’ da menina, como no episódio em que ela bateu de cara no poste, por que estava andando sem olhar pra frente. Ou quando derramou refrigerante no diretor de sua escola sem querer. Ou ainda quando esquecia seus livros na sala, e sempre vinha alguém gritando:
- Clarisse o teu livro!
As pessoas riam de Clarisse e Clarisse ria de si mesma.
Contudo, a pior distração de Clarisse não foi o poste, nem o refrigerante, muito menos os livros.
Sua pior distração foi Carlos, seu melhor amigo.
Sempre estavam grudados um no outro, gostavam das mesmas músicas, dos mesmos filmes, riam das próprias piadas sem graça, que só eles entendiam. Enfim, pertenciam ao mesmo mundo singelo.
Foi quando de repente tudo se confundiu, e Clarisse distraidamente apaixonou-se por Carlos.
E quando não dava mais para suportar, Carlos recebeu um pequeno bilhete:
‘’ Acho que quero algo mais que a sua amizade, é mais forte do que eu desculpe. Não quero estragar nada. Te adoro. Ass.: Clari.’’
Carlos ficou surpreso e resolveu conversar com a ela, foi bem verdadeiro e disse que a amava. Apenas como uma amiga, Clarisse entendeu tudo e sofreu sua primeira decepção amorosa. Prometeu a sua consciência:
‘’- nunca mais vou me apaixonar desse jeito, ainda, mas por um amigo’’
Pobre Clarisse, mal ela sabe que esse tipo de distração não depende de nós...

sexta-feira, 27 de março de 2009

Alguma vez você já quis? [ A pior imagem do mundo]

Alguma vez você já se sentiu completamente vulnerável?
Você já sentiu que todas as pessoas a sua volta são felizes, menos você?
Você já quis sumir?
Você já teve a impressão de que quanto mais você tenta entender as coisas em sua volta pior elas parecem ser?
Você tenta entender o mundo como um quebra cabeça, mas nada se encaixa.
Aí você se depara com a verdade e percebe que tudo é muito ruim, e que as pessoas são amargas não importa o quão doce você seja.
E por isso a maioria das pessoas são alheias a vida, pra que ser presente? E presenciar tudo isso.
Você já quis tirar férias de si mesmo?Ser outra pessoa?Trocar sua personalidade as vezes?
Ser introspectivo eternamente, pois a comunicação abre portas certas e erradas.
Você só abre as erradas.

Você já quis apagar sua história?
Você já teve a pior imagem do mundo?
Você já quis que 24 horas se transformasse em 1 minuto, para que o tempo passasse logo e deixasse tudo de ruim para trás?
Você já acreditou em todas as mentiras que lhe contaram?
Você já quis morrer, mas acordar depois?
Você já fez o maior esforço do mundo pra sorrir?
Você já se viu em meio a varias pessoas, e se sentiu a mais solitária delas?
Um dia todos te julgaram e sentiram pena de você.
E você vai sentir a pior tristeza de toda sua vida, e vai ter certeza que não vai conseguir se reeguer.
E vai voltar a ser criança, e pedirá abrigo.
Por que o orgulho doí demais nessas horas.
E a única coisa que pode sobrar...
São as
promessas... que você nunca mais acreditará.

Tempo ruim

Vento lento, que não quer passar
ai de ser apenas um tempo ruim
mas não tão ruim assim.
Paz encontro na solidão enfim.
Queria que você sumisse pra sempre... de mim.
Perco-me, e fecho os olhos pra não ver.
Posso dizer prazer para alguém que não saiba a minha história
E esquecer tudo que passou,
mas o que passou ficou.
Como um corte fundo, por mais forte que eu seja.
Guardo-me e acato o impensável
Eu só quis viver, e ganhei o medo de viver tudo de novo.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Quando uma opnião significa muito pra você.

Algumas pessoas exercem um poder sobre você, um poder de fazer você pensar melhor, ou de mudar sua opnião ou fazer você afirmar cada vez mais aquilo que acreditava.
Têm pessoas que você para pra ouvir, atento aquela opnião por que dependendo do que vai ser falado, você fica feliz com aquilo que produziu ou exclui a sua postagem num blog meia boca como esse.
Dependendo do que foi falado você discorda totalmente e defende seu ponto de vista, mas pensa que certas coisas o outro tem razão.
E você tenta mais uma vez, e senti que algo esta errado.
E você almeja que algum dia suas palavras sejam absorvidas da melhor forma possível para aquele que têm uma visão de mundo completamente diferente da sua.
E o pior (ou melhor), é quando você fica feliz por ouvir uma opnião sincera e relevante na sua formação quanto pessoa.

p.s- pra Y.V.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Convite.

Vamos andar pelo jardim de flores e navegar por esse rio com caldas, inebriar aos olhos da cidade e comemorar toda a vaidade.
Vamos cair na maior simpatia, embriagar todos de euforia e protestar contra a covardia, sinalizando as dores do dia a dia, vivenciar a rotina do trânsito, se resfriar banalizando a chuva.
Vou acordar rindo de todo mundo e não vou chorar se ja acabou o passado.
Talvez me perca e alguém me ache um dia, no fim da linha ou na altura certa, pra me dizer se ja esta na hora de desprezar a atitude alheia, ou de sofrer por quem não vale a pena.
Vamos dançar no fim dessa semana?
E farrear por todos os lugares, talvez eu passe nesse fim de ano, com as mudanças novos desafios.
Todo excesso causa o seu contrário, para todo esforço uma recompensa.
Vamos levar a vida brincando e ficar sério na frente dos outros, pra aparentar uma maturidade e conservar toda a tradição.
Vou fazer tudo que não deveria e experimentar um exagero as vezes, mas acatar as recomendações.
Vou discutir sobre o fim do mundo, comentar sobre os novos tempos, e ir andando sem saber pra onde.







Poema da madrugada.

Nesses tempos de sossego o que eu mais queria era um aconchego, e quando o amor chegou e me proporcionou, veio atrasado e trazendo o riso que amplia minha felicidade.
Na frente dos amigos sem querer deixei transparecer o caso que por acaso aconteceu.
Com malícias declaradas veio com carinho e de sobressalto o desejo os invadiu, como se pudessem misturar, unir, fundir dois corpos em um.
Tudo acontecia rápido, amigos, bebidas e som, sem preocupação ela estava ali tentando prolongar as horas, os minutos para tudo.
E aquilo foi o ''tudo'' deles dois.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Paralelo de um relacionamento.


Tem horas que dá vontade de acabar, de parar de vez, por motivos menores que um grão de areia.
Mas quando o encontro e dislumbro o ''algo mais'', e todas as inseguranças somem.
E eu conto aqueles meus antigos novos medos, e ele me diz: '' se você não tentar, não vai saber...''
Ele me interpreta, consegue ouvir meus pensamentos, consegue ouvir meus gritos, como pode? como pode ouvir meus gritos?
Isso me faz sentir medo, de toda essa pretensão.
É fácil gostar, ser tomado pelo outro como um gole de vinho bom, o díficil são os efeitos, a ressaca desse prazer.
Desvaneio ainda aqueles outros tempos, com um pesar grande, grande demais pra entregar-me por completo novamente. Mas como sempre é dito: agora é diferente, agora tenho alguém pra me dizer: te amo, e dizer as mais bonitas mentiras sinceras, que me interessam...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Promessas que nunca são cumpridas.

Quando comecei a escrever esse ano, foi a primeira frase que escrevi: promessas de um ano bom, por que todo o começo de ano fazemos promessas de estudar, ser mas compreensiva com as pessoas, malhar e etc. Promessas que sinto dizer quase nunca são cumpridas (bom, eu pelo menos nunca as cumpro), acaba sendo tudo tão diferente do que desejamos, os momentos seguem por outros caminhos e realizamos coisas que nunca imaginariamos conseguir. Isso é bom, a pluralidade da vida, a surpresa, e a idéia de nunca ser como deveria. Isso que faz a vida ser mais bonita, as promessas que nunca são cumpridas.

Pra cucuia!

pracucuia.blogspot.com

blog que comenta sobre o diploma de jornalismo ameaçado, quem é jornalista e estudante deve levantar a bandeira contra a desregulamentação da profissão. como dizia Marx em o ''manifesto do partido comunista'' , proletários de todos os países uní-vos! E agora parafraseando: jornalistas de todos os países uní-vos!

Jornalismo e livros.

''[...] se o jornalista cumpre a tarefa que lhe cabe, centrando-as nos fatos, mas bem atento as circunstâncias, estará fornecendo matéria prima para um sem-número de outros aproveitamentos. Nessa érvore frondosa colherão os frutos o cientista político, o sociólogo, o economista, o antropólogo, o psicólogo e etc., neste geral incluindo-se o personagem que mais interessa: o cidadão. Nosso oxigênio é a verdade. Sem letra maiúscula, sem grandiloquência, sem herísmo. Para ser ''escravo da verdade'' vá além da figura de retórica usual, temos que encará-la como algo bem natural para quem decide ser jornalista...''

Lúcio Flávio Pinto, em O jornalismo na linha do tiro.

Conta a tragetória dele, e das consequências por falar a verdade.

Os livros me contam histórias que eu quero sentir, para poder ir pra qualquer lugar que não é aqui. A chuva me dá a idéia de solidão de um medo que me influi deliberadamente em vão, por que a solidão é um estado natural do homem que nasce só, morre só. ou não?

Baú de textos

Companheiros