Raissa Lennon

Raissa Lennon
"siga seus próprios sonhos, porque ninguém pode viver o sonho do outro"

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal e o "Estranho" Mundo de Jack

O filme "The Nightmare Before Christmas", no Brasil chamado "O Estranho mundo de Jack" , reflete sobre diferenças dos costumes de dois mundos completamente antagônicos. O personagem Jack, vive na Cidade do Halloween, mas, certo dia, quando vagueia pela floresta, encontra um portal para a Cidade do Natal. Um mundo completamente diferente do dele. Jack não compreendendo essas diferenças, acaba aterrorizando o dia natalino.

Quantas pessoas não compreendem as diferenças? Quantas vezes brigamos por não aceitar a opinião alheia? Quantos povos tentam impor o seu costume a outra nação? Quanto de intolerância existe no mundo? Que neste Natal, acima de tudo, tenhamos tolerância e saibamos entender as diferenças do próximo. E, independente de religião, comemoremos o nascimento do filho de Deus.

Aproveito para agradecer aos leitores do blogue e deseja-los um Feliz Natal. Feliz Natal também a todas as pessoas que convivem comigo, a todos que amo. Aos meu familiares e amigos. Ao meu amor, Eduardo. Feliz Natal a todas as pessoas que estão nesse mundo louco.

Muita comida, amor, abraços, presentes e carinho.

Ass. Lennon.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Violeta


Violeta sempre sonhou em voar. Queria que todos os homens soubessem voar. Ela mesma queria percorrer as nuvens, o céu e o ar.Desde pequena era bailarina. Era mais um sonho de sua mãe do que dela própria. Mas como as crianças não sabem o que querem, nem tem desejos próprios e concisos, ela foi crescendo com aquela imposição.
Até que era uma menina empenhada. Ficava na ponta do pé, rodava, rodava e rodava. Gostava de rodar por acreditar que aquilo era o mais próximo de voar. No mais, nunca se destacou no balé. Mas sua mãe sempre estava ali, depositando seu sonho frustrado de ser dançarina, em sua filha. E violeta tentava a todo custo, dar o seu melhor. Pena que o seu melhor, era o pior das outras garotas.
Cresceu com aquela angústia no peito, de não ter sucesso no balé, com sua mãe desejava. Já adolescente, não suportava mais vestir aquela roupa rosa e colada no corpo. Queria desprender-se desse mundo, que pra ela não fazia sentido.
Quando a tristeza batia, tocava violão e escrevia. Gostava de musicar letras, que sempre falavam de sonhos. "... não, por favor meu amigo, não deposite seus sonhos em outro alguém. Não, por favor meu amigo, me escute, sonhos, são para ser sonhados pra si mesmo..." (trecho de uma de suas músicas chamada: Conversa com um amigo a meia-noite).
Certo dia, finalmente tomou coragem.
- Mãe, eu odeio balé. Nunca gostei. Odeio ficar na ponta do pé. Odeio as roupas, odeio aquelas músicas clássicas. Eu simplesmente... odeio. Vou parar de fazer pra sempre.
Nunca se sentiu tão leve, como uma pena. Depois disso, começou a fazer aula de violão, fotografia, teatro. Mas, o seu barato era mesmo escrever canções. E nesse ponto, até o seu pior, era o melhor de muita gente. Violeta tinha o dom.
A decepção de sua mãe era, definitivamente, sinônimo de sua libertação.

E depois de tanto tempo...

Conseguiu voar, por entre seus próprios sonhos

e andar com seus próprios pés.


*Dedicado a todas as pessoas que buscam a liberdade de fazer suas próprias escolhas.

domingo, 19 de dezembro de 2010

A dor da perda

Tudo muda inesperadamente. A vida tem uma lógica que não conhecemos. Sem saber o motivo de nossas grandes perdas, tentamos superar nossas tristezas e dores, e aceitar da melhor maneira possível.

No post abaixo, eu encerro dizendo que paro ano eu ia ser titia. Mas hoje infelizmente recebi uma notícia triste de que, a namorada do meu irmão havia perdido o bebê. Agora escrevendo isso, sei lá, me veio uma dor inexplicável. Um aperto no coração.


Queria muito estar perto do meu irmão agora, e abraça-lo e dizer que vai passar, e que paro ano, eu ainda posso ser titia. Mas ele mora longe de mim. Ao telefone, eu apenas conseguir dizer, que sentia muito, e que vai ficar tudo bem depois. Apesar de ser amante das palavras, nessas horas não consigo expressa-las direito, acho que elas também não ajudam muito.


Tudo na vida deve ter um propósito pra acontecer. E que no futuro, talvez, entenderemos. Esse post tem gosto de lágrimas, mais também de amor, vida, e esperança que tudo fique bem. E que uma nova luz possa reacender do coração daqueles que hoje sofrem.




*Esse texto foi em homenagem ao meu irmão, Raphael, e a todos que já sofreram a dor de uma grande perda.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O que teve pra 2010?

Próximo do fim do ano e começamos a refletir qual foi o papo de 2010. O que você fez de bom? O que você conquistou? O que mudou em nossa vida? Nada? Será? Sempre muda alguma coisa.

Vejamos.

1. Eu comecei a namorar com o amor da minha vida. Ele me fez descobrir que o amor não é ficção. Me fez acreditar que, sim, uma pessoa pode ser fiel. E agora faço tudo com ele, e tudo por ele.

2. Consegui um estágio e comecei a ganhar meu próprio dinheiro. Tirei um cartão de crédito e agora vivo sem grana mesmo trabalhando. Mas pow, me divirto pra car...

3. Votei pela primeira vez e descobrir que política é como xadrez, apenas um jogo de interesses, que uma peça influência definitivamente na outra. E a maioria das vezes, você terá que escolher por alguém que não confia, só por que ele é o menos pior da vez.

4. Assisti um monte de shows bacanas, bebi mais do que devia, e agora não descrimino mais quem bebe as segundas. Engordem uma infinidade de quilos e por isso vou começar a correr, caminhar, pedalar, fazer academia, e todas essas coisas que são um chute na cara. Há e essa semana caguei o meu cabelo por que queria ficar diferente.

5. Não passei em Cinema na Ufpa e fiquei triste pra porra. E ainda quase que eu reprovo em uma matéria da Unama. Por isso, comecei a estudar bem mais e descobri que, sim, eu amo Jornalismo. E estou fadada a essa profissão injusta, ingrata, ao mesmo tempo linda.

6. Viajei de avião e conhece um pedacinho do sul do país. É tão legal olhar as nuvens e as luzes da cidade daquela janelinha. Descobri que frio dói na alma, mas usar aquelas roupas é mó estilo. Ainda sim, passei uma semana e morri de saudade de Belém e das pessoas daqui. Também descobri que Congresso serve pra conhecer um monte de gente, descobrir coisas novas e conhecer todas as boates do lugar em questão.

7. Escrevi matérias de todas as festividades possíveis de santos inimagináveis, isso porque trabalho em um jornal católico. Escrevi sobre o bairro da cidade velha, sobre as eleições, sobre blogues, sobre amor, sobre a Copa do Mundo, e uma infinidade de outras coisas. Escrevi bem mais no blogue do que ano passado e agora tenho 31 seguidores, na verdade 30, por que a Bia me segue duas vezes.

8. Paro ano vou ser titia, isso quer dizer que meu irmão vai ser pai, e que caramba o tempo passa rápido e isso causa um conflito e uma nostalgia sem igual. E que, sei lá, eu só quero que todo mundo seja feliz, que ele seja feliz, assim como eu feliz. E que 2011, seja melhor e mais foda de que todos os outros anos. É isso.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Tirar o bem do mal

6h. Acordou cedo num sábado. Não gostava de trabalhar aos finais de semana, mas escolhera o jornalismo como profissão. Olhos inchados, chorou a noite inteira. Brigou com Ele. E por ironia, foi por falta de comunicação. Na vedade por orgulho. Na verdade por uma série de coisas, que se resumia a uma: não queria que Ele saísse sem Ela. Mas também, não queria impedi-lo. Mas fez pior, ligou pra ele e disse merda. Pow, custava deixar de sair uma única vez? - Por que tu não me falou, que eu não saía! Eles gritaram ao telefone. E choraram. Um com raiva do outro.
É foda se apaixonar, a pessoa fica frágil.

7h. Parada de ônibus. Lotado como sempre. Um monte de gente com cara de tédio, e ela como um zumbi. Pauta do dia: cobrir missa em intenção das pessoas que tiveram suas casas incendiadas no bairro da Pedreira. Garoto jovem, perdeu tudo, um filho e a mulher que estava grávida morreram no acidente. Muito triste, uma tragédia. Sentiu-se mal, se colocou no lugar daquelas pessoas. Pensou que sua tristeza não era nada perto daquilo.

12h30. Eles sorriram. É mais difícil brigar quando estão cara-a-cara. Conversa vai, vem, discussão, choro de novo. Justificativa dela, dele. Porra, eu te amo, me desculpa. Eu também te amo. Não gosto de brigar com você. Eu também não. Foram ao shopping encontrar com um casal de amigos depois da DR. Comeram pizza, sorvete, ela comprou um livro do Angeli, ele foi na loja de instrumentos. Riam, brincavam, falavam coisas bonitas um pro outro. Ela ainda com cara inchada do choro e ele a chamando de linda. O amor é isso, a gente vê beleza em tudo.
"Deus consegue extrair o bem do mal", falou o padre na missa. Bonito, vou lembrar disso quando o coração sangrar.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Meio assim, Joy Division

As vezes, o peso de todas as suas derrotas desmoronam sobre você em um só dia.
Todas as críticas, reprovações e situações frustrantes te fazem sentir a pessoa mais incompetente do mundo.
Há tempos não chorava de tristeza, e não escrevia um texto pessimista. Acho até que tava ficando enjoativo esse coisa toda de romance.
Mas é que o amor me fez realmente uma pessoa otimista com tudo. A maneira de ver o mundo, de sentir e pensar.
O que coincidiu com a maneira diferente na qual eu vejo a comunicação, entre outras coisas.
Mas isso não vem ao caso agora.


Eu tava falando de tristeza. Cheguei em casa e ouvi Radiohead, mas queria mesmo é ouvir Joy Division. Como não tinha peguei as mais melancolicas do Interpol e me deliciei.
É que não entendo essas pessoas que estão tristes e ouvem, sei lá, Janis Joplin. Que nem é triste, é foda!

Mas deve ser por causa do começo do fim do ano. Fim de semestre, monte de trabalho em cima da hora pra fazer. Chefe te cobrando. Aí você começa a pensar em todas as coisas que não fez, que perdeu, que errou, que se fudeu feio.
O artigo cientifico que deixou de fazer, alguém que deixou de ajudar, o curso bacana que não deu certo. Fora a academia e as aulas de inglês que deixou de lado.
Isso tudo pra mim veio hoje. Pensei: Merda. Último mês do ano. O que eu fiz?
Eu me apaixonei cara. Tanto que nem em um texto falando de tristeza, eu consigo deixar isso de
lado.


Mas, sério, ainda agora eu tava mal, meu coração até doeu.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"Love and Communication"

*Para ler ao som de Cat Power - Love and communication


# Em comemoração aos 7 meses de amor.

A cada momento que passa eu percebo mais o meu amor.
A cada lembrança, eu tenho ainda mais esperança do meu futuro junto ao seu.
A cada instante que eu paro pra pensar, antes de qualquer coisa, em penso em você.
a cada situação, eu aprendo a ser mais, a ser melhor, a ser, junto ao seu ser.
A cada discussão, eu me arrependo, choro, sinto o coração doer.
A cada tristeza sua, é minha, a cada alegria sua é a minha também.
A cada olhar e gesto, e toque, eu sinto a imensidão do meu prazer.
E cada carência é suprimida por você.
Todo momento é mágico, e os filmes marcam, a cada dia, uma história.
E todas aquelas músicas que ouvimos e sentimos, e gritamos com vontade de voar...
Marcam o nosso tempo de amar, e são, sem dúvidas feitas pra nós.

Para Eduardo Brasil.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Pela primeira vez uma mulher governará o Brasil

É, meus amigos, pela primeira vez na história, esse país será governado por uma mulher. E isso não pouca coisa. Pois, significa uma vitória da democracia, dos excluídos, que há anos ficaram a margem na sociedade. Há 8 anos atrás o PT também marcou a história do país, com a vitória a presidência, de Lula, ex-operário, sindicalista, que ajudou a construir um dos partidos mais fortes do Brasil, o PT, e que nem chegou a concluir o ensino médio. Agora o inédito se repete. E o povo vence. Mesmo com a “cretinagem” dos grandes meios de comunicação. Que fizeram de tudo (como sempre), para impedir a vitória do partido de esquerda.

Ouvi o discurso de vários elitistas, ou pessoas que queriam ser elitistas, e que vestem a roupa camuflada de preconceito que diziam: Onde esse país irá parar? Um presidente que fala errado governando o país! Passado 8 anos, vimos que o mesmo, possuiu uma grande capacidade de governo, e fez muitas melhorias para o povo. Aliás, uma das lideranças (se não a maior) mais carismáticas que tivemos. Por isso, obteve 80% de aceitação. Mas estou aqui para falar da Dilma, que também tem uma história de lutas sociais. Foi uma guerrilheira, que lutou na Ditadura Militar a favor de liberdade de expressão, e por um país mais justo e igualitário. E como falou em seu primeiro discurso como presidente eleita, terá a oportunidade de mostrar que “Sim a mulher pode!”. E a impressão que tive nesse primeiro momento, é que ela será sim, uma ótima governante.

Sei que posso me decepcionar, mas meu âmago é feito de esperança e otimismo, daí o nome do blog ser Promessas de um ano bom, e nesse caso espero que sejam "4 bons anos". Eu como uma jovem de 19 anos, que votou pela primeira vez em 2010, estudante universitária, mulher, esquerdista de alma e coração, e que apesar de tudo, acredita na democracia, não poderia deixar de utilizar esse espaço para mostrar o meu contentamento, e mostrar o meu apoio para a nova presidente desse país: Dilma Rousseff. Parabéns ao povo do Brasil! O futuro também depende de nossos atos, de nossa luta.

* Essa fotografia foi abstraída do blog: Cloaca News (www.cloacanews.com), o blog mais divertido e satírico que conheço, que mostra toda a canalhice do jornalismo de esgoto, e que tirou muito sarro da cara do Serra. É deveras um maravilhoso blog. Queria muito saber o autor dessa linda foto. Mas não sei, só sei que é linda.


Abraços.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Namorar é para os fracos


Tem alguma coisa louca acontecendo em mim
Tão louca a ponto de sentir um medo aterrador
Tão doentio a ponto de tentar parar
O mais estranho é que não é medo de alguma coisa ruim
Porque sempre temos medos de coisas ruins, ou do novo e desconhecido
Não, realmente não é esse o caso. Senti um medo de uma coisa boa
Tão incrível que dá um temor no coração. Aquela coisa inexplicável
Que de tão clichê torna-se enjoativo, como sorvete de queijo, sabe?
Tão irreal que parece um sonho bom.

Certa vez, assistir uma palestra de um escritor que gosto muito chamado Rubem Alves. E ele contou uma história, de uma conversa que teve com a sobrinha dele.

O diálogo foi mais ou menos assim:

- “Fulana” como vai o namorado? Disse o escritor

- AH nós terminamos.

- Ora, mas por quê?

- Porque estamos começando a nos gostar, e eu não quero me apaixonar.

Então, Rubem Alves ficou se perguntando, “se eles estavam se gostando, por que terminaram?”. O estranho é que isso é super comum, as pessoas têm medo de se apaixonar. Antes, eu não entendia, agora entendo. Dá medo mesmo. Você fica submisso, possessivo, ciumento, parece que não consegue viver sem o outro. E não consegue mesmo, causa até doença, dor física, mal estar. Ou será que é só comigo? Duvido muito.

Então, qual é o motivo das pessoas sempre procurarem um par, uma companhia, um passeio a dois? Coisa de romance de novela.É porque apesar de tudo, é o melhor sentimento que se pode ter na vida. Não sei o que é felicidade, mas sei que quando se ama, chegamos o mais próximo dela.

Um amigo meu (Herman) disse (meio de brincadeira) ao meu namorado que namorar é para os fracos. Rimos muito dessa frase. Fiquei pensando: Que merda eu sou fraca pra caralho!

Mas tudo bem, quero morrer assim, fraquinha que nem uma pena. Ráh!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O fardo dos jornalistas de impresso

Os jornalistas de impresso levam um fardo nas costas. Estes muitas vezes não têm seu trabalho reconhecido, nem divulgado. Por muitos motivos, entre eles, falta de espaço no jornal para dar lugar a publicidade. Falta de organização das pautas. E o pior de todas as justificativas: suas matérias são cortadas por alguma espécie de proibição empresarial, ou para dar lugar a notícias não tão importantes, mas que serão divulgadas por causa de interesses pessoais, partidários, ou afins.
Quem trabalha no jornal impresso sabe do que eu estou falando. Mas quem é somente público não tem a compreensão plena que, como em qualquer outra profissão, nos jornais existem “cadeias produtivas”, e que isso é bem maior do que a boa vontade do repórter. Por estagiar em um jornal impresso, e estudar jornalismo, este blog bati muito nessa tecla da comunicação social. No entanto, acredito que o assunto deve interessar a sociedade em geral. Afinal, nossa produção afetará diretamente os leitores, ouvintes, internautas e telespectadores que recebem as notícias.
No post “Qual sua relação com o Círio?” eu comentei que faria parte das pessoas que cobririam a procissão, e mostrei toda minha excitação por isso. Mas, infelizmente, me decepcionei drasticamente com minha experiência. Por vários motivos, entre eles foi o que aconteceu na Romaria Rodoviária, que por falta de encaminhamento dos meus companheiros profissionais, fui “deixada” e largada a mercê da minha própria sorte, em Ananindeua de madrugada. Com a “cara-de-pau” que todo jornalista deve ter quando esta em apuros, consegui subir em uma caminhonete e acompanhar, em parte, a procissão.

Enfim, constrangimentos, desespero, e tudo isso para minha matéria ser resumida a dois parágrafos. Tudo bem. Cadeias produtivas, falta de espaço, e tudo mais. O pior é saber que esse tipo de coisa acontece em todos os jornais impressos. No domingo, dia do Círio, ocorreu tudo bem na minha solitária busca por informações e entrevistados. E, pasmem, minha matéria também não saiu no jornal. Porque? Não sei, fiquei tão triste que não quis nem perguntar para o meu chefe, mas sinto que ainda vou fazer isso. E tenho quase certeza da resposta: cadeias produtivas, falta de espaço e tudo mais. Ou será que minhas linhas foram pobres e inúteis? É uma alternativa. O velho fardo dos jornalistas de impresso. Ou será o velho fardo dos “pequenos” jornalistas de impresso. Fico pensando que se um dia eu for uma jornalista conceituada isso irá acontecer?

Eu sei que o Círio já passou, e estamos quase chegando no Recírio, mas como minha matéria não saiu em nenhum lugar, e esse é o único espaço que me resta. Peço que vocês meus queridos leitores, leiam o que escrevi sobre o Círio, só para acalentar o meu coração e me deixar feliz. Não que eu não esteja conformada, mas é só para saber que pelo menos alguma outra pessoa leu minha matéria, fruto do meu esforço ao sol de meio-dia. E também para honrar as pessoas que eu entrevistei e disse que sairia no jornal. A referida matéria esta abaixo desse post, é só olhar. Agradeço desde já.

O Círio que move a fé de milhares de pessoas

*Mãos que louvam Maria na Avenida Nazaré

Seja pobre ou rico, jovem ou mais velho. No Círio todo mundo se reúne para saudar a Nossa Senhora de Nazaré

Todo mundo é igual no Círio de Nazaré, não existem diferenças de classe, cor ou idade. As pessoas são movidas pela mesma força de fé e para louvar à Virgem Santíssima. “É muito bonito quando todos compartilham do mesmo sentimento”, diz o rodoviário Paulo Santos. Porém, cada um tem uma relação diferente e particular com o Círio. Alguns puxam a corda - grande símbolo da procissão – ou apenas caminham em peregrinação, e outros esperam a passagem da padroeira em algum ponto da cidade. Muitas são as manifestações ao longo da romaria.

O casal Camila Rocha e Erike Rocha caminhava com a imagem em gesso de duas crianças. Eles contam que pediram a Nossa Senhora que intercedesse por um dos seus filhos gêmeos, que nasceu com problemas de saúde. A graça foi alcançada, e desde então acompanham o Círio, e na Trasladação levam os gêmeos vestidos de anjo. “Estou aqui agradecendo pela saúde dos meus filhos. É inexplicável este momento”, diz Camila emocionada. Talvez por isso que o funcionário público, Hugo Jorge afirme que no Círio “tudo se resume a fé e graças alcançadas”. Há dez anos ele acompanha a procissão com a Imagem de Nossa Senhora nas mãos.

Mas é difícil explicar a emoção de participar dessa grande homenagem coletiva. Benedita Socorro mora em Tocantins há dois anos, e comenta que não consegue transmitir aos seus conterrâneos o que realmente é o Círio. “É indescritível, é uma emoção que leva ao divino. Só quem participa consegue entender como esse momento”, diz a médica Benedita. O professor Marcelo Palheta também ressalta o sentimento de renovação e força que o Círio provoca nas pessoas. Há 25 anos ele puxa a corda da procissão, e ajuda a Imagem da Santa a chegar ao seu destino final. “É um grande sentimento de fé que nos trás até aqui”, diz.


Homenagem

Este ano a berlinda toda enfeitada de flores com a imagem da padroeira chegou pontualmente às 12h na Praça Santuário Nossa Senhora de Nazaré, onde ocorreu a Santa Missa. Durante o trajeto final, várias homenagens foram feitas à Maria. Fogos de artifício, chuva de papel, e louvor marcaram os últimos momentos da celebração.

O edifício Manuel Pinto, no início da Avenida Nazaré, homenageou a Virgem Santíssima com um mar de papel repicado. Na Casa da linguagem um grupo folclórico apresentou as principais músicas marianas. Assim como a cantora Fafá de Belém, que estava no Crowne Plaza Belém, também cantava as belas canções que marcam o Círio.

Cerca de 2,2 milhões de pessoas participaram do Círio de Nazaré 2010. Segundo o Corpo de Bombeiros e a Diretoria da Festa, tudo transcorreu dentro da normalidade do Círio e nenhum acidente grave ocorreu durante a procissão.


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Dias de cinema

Lendo minhas postagens percebi que nunca falei sobre uma das maiores paixões da minha vida: CINEMA! Então chegou a hora de transparecer todo meu amor pela sétima arte. O fato é que sempre gostei de assistir filmes, de todos os tipos e gêneros, recentimente tenho visto vários que serão comentados nesse espaço.

1. No dia das cianças, 12 de outubro, assisti um filme que meus amigos e meu namorado não acreditaram que eu nunca tinha visto, pois, segundo eles, o filme passa a anos na Sessão da Tarde. Enfim, nunca tinha nem ouvido falar. Depois deles terem me crucificado, me apedrejado, cuspido na minha cara finalmente aprecio o tal clássico infantil: JUMANJI


- Como recebi muita descriminação por não ter assistido o filme com nome excêntrico, tentei desfarçar minha satisfação. Mas não deu. O filme é simplismente incrível ! Fiquei realmente emocionada, é uma das coisas mais fantásticas que já vi em toda minha vida. Os efeitos, a aventura, o tabuleiro assustador, tudo é muito surreal. Minha amiga Bill comentou que a graça é assistir quando se é criança. Mas esse filme é pra todas as idades. E ser criança depende de cada um de nós.
* O engraçado é que o filme é de 1995, mas para mim parecia tão inédito, que se não fosse a Kirsten Dunst (Homem Aranha) aparecer pequena poderia jurar que foi lançado ontem. No elenco também está o Robin Williams e o filme foi dirigido por Joe Johnston, baseado no livro de 1982 de Chis Van Allsburg.


2. Hoje assisti um filme do meu queridinho Wood Allen (Meeting Point), o mais recente dele chamado Tudo pode dar certo (Whatever Works). O filme é bom como tantos outros dele. Parte da história de um pessimista, mas no fim tem uma mensagem muito otimista da vida, fora a interação que o personagem tem com o público. É ótimo. Assisti também A era do rádio (radio days) filme antigo de 1987 que conta um pouco de como foi o apogeu no rádio nos anos 40.














Cartaz do novo filme de Wood Allen -->



3. Queria muito dar destaque a um filme chamado 500 dias com ela (500 days of Summer). É um dos meus filmes preferidos da atualidade. A obra reflete sobre a desilusão amorosa, mostrando um garoto apaixonado mas que não é correspondido. O roteiro não linear é legal e a forma como o diretor Marc Webb retrata a felicidade e a tristeza emociona. Fora os atores, o simpatissíssimo Joseph Gordon-Levitty (10 caoisas que eu odeio em você) e a linda e talentosa Zooey Deschanel (Sim senhor). E para completar a trilha sonora é maravilhosa: The Smiths, Pixies, Regina Spektor, a própria Zooey que também é cantora, entre outros artistas bacanas.

Cena de 500 dias com ela --^

4- Assisti muitos filme bons como o francês A cabeça de mamãe (Le Tête de Maman) no meu adorável cine Olympia e o psicodélico brasileiro Os famosos e os duendes da morte, e outros nem tão bons assim. Queria comentar também dos meu diretores queridinhos que pretendo comentar futuramente mais afundo suas obras como: Tim Burton (O estranho mundo de Jack), Quentin Tarantino (Pulp Fiction), Stanley Kubrick (Laranja Mecânica), Guy Ritchie (Jogos, trapaças e dois canos fumegantes), Gus Van Sant (Paranoid Park), entre outros. Sei que não comentei de diversos diretores brasileiros, que por sinal adoro muito a produção nacional, que está cada vez crescendo e saindo dos chichês de sempre. Mas volto para falar somente dos nossos conterrâneos, aliás, quem já viu Tropa de elite 2? Deve ser esplendido! Queria também conhecer mais da produção latina, asiática, africana, deve ter muita coisa louca por aí. Por ora é só.
Termino com a caricatura do sanguinário Quentin Tarantino,
digo isso porque seus filmes sempre tem um grau excessivo
de sangue jorrando dos corpos humanos, podem perceber.
O certo é que o Tarantino é o rei do pop pós-moderno ---->












quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Qual sua relação com o Círio?

Certa vez, estava vendo a movimentação da cidade no dia do Círio de Nazaré, e avistei profissionais da comunicação fazendo o seu trabalho. Jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas, todos eles ali tentando capturar a emoção daquela manifestação para repassar ao público de casa. Então, pensei: Um dia eu quero fazer parte dessa cobertura midiática. Deve ser incrível. Foi um dos sintomas determinantes para eu entender o ofício que gostaria de seguir.
E quem diria, minha primeira experiência trabalhista foi em um jornal católico. Em que dão uma atenção especial, e maior que os outros meios, para esse evento. Agora, eu serei uma dessas pessoas, que fará parte da cobertura do Círio de Nazaré 2010. Não como um profissional, e sim como uma estagiária. Mas ainda sim, sinto-me feliz. Recebi duas camisas com as letras atrás escrito: imprensa, e fiquei toda orgulhosa. Que besta ?

Enfim, acho importante ressaltar esse momento. Não o meu momento, apesar de ter ressaltado-o. Mas a grandiosidade do Círio. Acredito que todos os paraenses deveriam ter orgulho de fazer parte de uma das maiores manifestações culturais e religiosas do mundo. Até mesmo os não católicos, pois, nessa hora as diferenças de crenças, tem que ficar de lado, para dar lugar a união. Só quem participa disso tudo consegue entender a carga de sentimentos que Ele nós trás. O Círio de Nazaré é um momento único para nós. É muito mais que uma celebração religiosa. É fé, crença, promessas, confraternização, sacrifícios, emoção, choro, pedidos e agradecimentos.

Cada um tem uma relação particular e diferente com o Círio. Uns acompanham todo ano. Outros vão na Corda. Alguns só vão na transladação. Outros aproveitam para protestar pelos seus direitos, é o caso da festa das Chiquitas, em que o profano marca presença na festa. Os artistas cantam o Evangelho, ou atuam a Paixão de Cristo. E os jornalistas transmitem tudo isso. A partir desse ano minha ligação com esse momento irá mudar. Depois vou contar tudo como foi. Não que vocês queiram saber. Mas é que escrever me deixa feliz.

Quem quiser pode deixar um comente falando de sua relação com o Círio. Um ótimo Círio de Nazaré a todos. Beijos.

sábado, 2 de outubro de 2010

Eleições por Angeli

Amanhã (3 de Outubro) milhares de brasileiros estarão nas urnas para votar nos representantes do país. Para celebrar este momento, presenteio à todos, com três charges do maior chargista político do Brasil: Angeli. Divirtam-se e pensem.



Boas eleições! E que possamos escolher representantes decentes para governar o Brasil. Depois falarei mais sobre o Angeli, pois, admiro muito a sua arte.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Destino

Para ler ao som de: Vermelho - Vanessa da Mata

Agora vou contar uma história de amor.

1996

Era uma vez uma garotinha chamada Raissa Lennon, que estudava em um colégio classe média no centro da cidade. Sempre foi aquela menina mediana. Não tirava notas tão ruins, nem tão pouco excelentes. Não era muito feia, mas também não era a mais bonita da escola. Apesar de ter alguns amiguinhos, sentia-se melhor ao lado das crianças mais estranhas. Ela mesmo era um tanto introspectiva, falava pouco, sentava na última carteira. Aos 5 anos já sonhava com coisas bonitas, e claro, nessa idade, não conhecia nada da vida.

Assim como, não entendia, o porquê, que o "queridinho" da diretora, tentava a todo custo fazer com que ela falasse mais. E vez por outra ia lá no fundo da sala para conversar e "mecher" com ela, como toda criança atentada. O menino em questão chamava-se Eduardo Brasil e era o oposto da garota. Destacava-se com as melhores notas, ganhou até medalha de melhor aluno, tinha muitos colegas, jogava bola, ria, era extrovertido e legal. Ela invisível. Ele perceptível.

No mais, foram crescendo naquele ambiente escolar e ingênuo da infância. Existiu até uma história que uma certa amiga da menina, disse ao E. Brasil que Lennon queria conversar com ele. Com aquele medo de criança, o garoto correu. Um suposto interesse talvez por parte dela. Será?

Estudaram juntos uns 4 ou 5 anos. E depois cada um foi pro seu lado, e não se viram mais.
A infância ficou para trás.


<--- Crianças,
dançando na
escola
"12 de outubro",
hoje em dia, ela não
existe mais.
Nesse tempo eu era mais alta que ele. Ainda sou,
mais falo pra ele que não. Só
pra deixa-lo
feliz. =)



2009

Meia-calça roxa, vestido listrado, all star e cabelo curtinho. Assim foi ao festival alternativo que estava acontecendo na cidade. Não era mais a garotinha sonhadora e boba da infância. Agora estava desiludida e na sua fase mais louca. Era extrovertida, tinha muitos amigos, gostava de cerveja, rock'n roll, livros e filmes do Tarantino. A pouco terminara um relacionamento complicado, e não queria nada sério com ninguém. O amor ficou um pouco de lado, queria apenas uma coisa: diversão!

Momento I - Se Rasgum no Rock

Naquela noite, "ficou" descompromissadamente com um amigo de uma (grande) amiga chamada Beatriz (também conhecida como Bio). E acabou conhecendo os amigos desse garoto em questão. No meio dos jovens, um deles chamou sua atenção. Seu rosto parecia familiar. Sem pensar, soltou uma frase que poderia ser uma velha cantada barata.


- Eu tenho a impressão que eu te conheço de algum lugar. Disse Lennon

- Eu também acho que te conheço. Mas não sei da onde.

Olharam-se por alguns segundos e ela solta:

- Você já estudou no "12 de outubro"?

- Já.
- Acho que estudei com você quando eu era criança. Como é mesmo o seu nome?

- Eduardo.

Aquilo lhe intrigou profundamente. Assim como ele ficou ficou um pouco impressionado de ter reencontrado alguém da infância. Achou ela diferente. Alguma coisa lhe encantou. O jeito dela falar, agir, de conversar com todo mundo, seu sorriso. Beijaria ela se pudesse. Mas não podia.


Momento II- Cordel do fogo encantado

O acaso agiu mais uma vez. Em mais um show. Em mais um momento diferente. Ela o avistou e ficou feliz. Gostou de ter reencontrado de novo o garoto do "12". Também notou os amigos que sempre estavam com ele, uma menina doidinha (e pequena), a Luiza, e um garoto legal , chamado Luciano. Gostou deles logo de cara. O show foi um máximo e ela teve a leve impressão que eles pudessem "ficar" naquela noite. Só que, o que aconteceu foi apenas um beijo no canto da boca, um olhar meio turvo, e uma mordida no pescoço. Eu sei. É estranho alguém despedir-se como um vampiro. Mas depois ela descobriu que ele estava meio bêbado. Ainda assim, gostou dele.

2010

Momento III- Mormaço

Era noite de lua cheia, estava com seus amigos, num lugar legal na beira do rio escutando reggae. De longe avistou o menino. Percebeu que ele era bonito, e quando ele sorria, tudo se iluminava para ela. Como quem não quer nada começou a dançar ao seu lado e simulou um encontro casual.

- Oi! lembram de mim?

- Sim, claro.

E entre um e outro reggae... Falou ao Eduardo e seu amigo Luciano:

- Vocês sabem dançar?

- Sim.

- Tá bom, então depois algum de vocês vai dançar comigo.

Saiu em disparada entre as pessoas. Estava confiante e não sabia o porquê. Apenas pressentiu algo bom.

- Então... Quem vai dançar comigo?

O garoto da infância deu um passo a frente. E o reggae os invadiu. Assim como o desejo. Mais um acaso desperdiçado e o destino desistiria deles.

- Raissa, me dá teu telefone?

- Porque? Você não vai me ligar.

- Claro que vou. Por que não ligaria?

- Porque nunca ligam.

- Eu te prometo... Mas só daqui a algumas semanas...

- Tá bom, anota aí...

Momento IV- a ligação

Dois dias depois...
- Oi. Lembra de mim? Aquele do Mormaço...

- Lembro sim claro. Iai tudo bem?

- tudo... e você?

Conversa vai, conversa vem...

- O que tu vais fazer na terça?

- Não sei. Porque?

- Quer da uma volta lá na Casa das 11 Janelas?

- Pode ser, vou ver se dá, aí te confirmo depois...

Desde aí encontraram-se em vários lugares: shows, praças, reggaes, bares... Eles tão diferente na infância, agora tão iguais. Gostavam das mesmas coisas, das mesmas músicas, conversavam, riam juntos, divertiam-se, tinham os mesmos amigos. Tiveram experiências parecidas, tinham a mesma idade. O garoto que levava o nome do país nas costas, e a menina que tinha o mesmo sobrenome de um Beatle inglês estavam cada vez mais unidos. Perceberam que sentiam saudade, falta, que queriam estar sempre perto... Estavam, por fim, completamente apaixonados...

Com quase 6 meses de namoro. Ela tem certeza que o ama, como nunca antes. Ele, idem.
Eles até hoje se perguntam, como foi que depois de tanto tempo, reconheceram-se?
Algumas coisas da vida, não tem explicação. Apenas acontecem.


No museu da UFPA, em um dos nossos primeiros meses de namoro. Até fisicamente somos parecidos, o cabelo, o cor, e nesse dia a blusa listrada também era igual.

Assim eles viveram felizes para sempre. The end.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ônibus

Para ler ao som de rock pesado (aconselho Matanza)


No ônibus escuto as músicas que eu mais odeio, por conta da má educação de passageiros,
que acham que devemos escutar o que eles querem.
No ônibus ouço um jovem falar sobre os políticos e vejo rostos cansados,
e mulheres descrentes voltando de mais um dia de trabalho cruel.
No ônibus fico inquieta, escrevo, leio, durmo e acordo.
Ou não faço nada disso, porque estou em pé,
sendo amassada, pisoteada, e espremida.
No ônibus me indigno com a vida e desejo desesperadamente estar em um carro.
Só para ser mais um classe média que fica todo orgulhosinho porque comprou o carro do ano.
No ônibus penso em amor, dinheiro, sexo, trabalho e principalmente no final de semana.
De ônibus vou ao trabalho, à faculdade, ao teatro e volto pra casa ao amanhecer.
No coletivo protesto o descaso público, os políticos salafrários, e o trânsito infernal.
Sinto-me em uma jaula, presa, e sem saída.
No ônibus dou gargalhadas e beijo-me com meu namorado, quando sou repreendida por uma senhora ao lado.
Pela janela do... ônibus... vejo a cidade, as pessoas, as propagandas, os objetos, o mundo.
E vejo minha vida passar por mim. O que serei, o que sou, o que fui. Não sei. São apenas identidades.
É, felizes daqueles que não andam de ônibus. Mas, infelizes também,
pois, estes provavelmente não tiveram experiência do que realmente é a vida.
Sempre tiveram tudo na mão. Sem conquistas.

domingo, 19 de setembro de 2010

O fardo da vida e meus melhores "poucos" momentos do dia

Para ler ao som de "oh my love" John Lennon e Yoko Ono



"Quando você tem a maior certeza, a maior saudade, a maior alegria de sua vida, e sente-se feliz como nunca antes..."

Estou sendo levada pela vida. E o meu corpo está sofrendo seus efeitos.
As vezes considero um grande fardo. O trabalho, as tarefas o cargo.
O trânsito pertubador as vezes me faz explodir.
Ao mesmo tempo, sinto-me feliz, como nunca antes.
O amor me impulsiona a ser uma pessoa melhor, e a crescer no íntimo e no coletivo.
Os melhores "poucos" momentos dos meus dias estão na compania de apenas uma pessoa:
Eduardo.

"Oh my love for the first time in my life,
my eyes are wide open.Oh my lover for the first time in my life,my eyes can see."

"Amor é quando se mora um no outro" Mario Quintana.

As eleições e o bom de ter um blog

As duas postagens anteriores fazem parte de uma máteria que escrevi para o jornal Voz de Nazaré, edição do dia 17 de setembro. A mesma mostra o que faz cada candidato nos referentes cargos políticos da eleição 2010. E também esclarece o que é o voto nulo e o voto em branco. Nelas não deixei transparecer a minha opinião a respeito dos assuntos abordados. Claro, pois, o papel do jornalista é informar, de maneira clara e objetiva.
Mas existe um espaço que podemos expressar nossos ideais sem medo: Os blogs.
O bom de ter um blog é poder "levanter a bandeira" do que quisermos e falar do quisermos, sem amarras nenhuma de entidade, ou empresa. É por isso que venho através deste escrito levantar uma bandeira! A bandeira do Voto.
Muitas pessoas acreditam que votar nulo ou branco representa um gesto de protesto. Puro engano. Anulando sua participação nas eleições você só estará contribuindo para uma coisa: Que um candidato ruim seja eleito. Mas pra você todos os candidatos são ruins? Será? Pesquise, leia, informe-se, e principalmente, pense no bem comum e no coletivo. Tenho certeza que tem alguém que merece sua confiança.

"Vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer". Recorri ao Geraldo Vandré para dizer que a hora é agora. Eleições é apenas um pouco do que podemos fazer por nosso país.
"Pra não dizer que eu não falei de flores"

O Ignorante político
o pior analfabeto é o analfabeto
político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos
políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do
peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das
decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil
que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor
abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista,
pilantra, o corrupto e lacaio exploradores do povo.

Bertolt Brecht.

Não perca a oportunidade de poder escolher quem você quer para governar o seu país.

Voto branco e voto nulo? Qual é a diferença?


Muitas pessoas têm dúvidas sobre o que significa votar em branco e anular o voto. Mas na prática quase não tem diferença entre um e outro. Nenhuma das opções conta na hora de fazer a contagem oficial dos votos de cada candidato. Ou seja, os votos nulos e brancos não contribuem nem atrapalham as eleições. A confusão acontece porque nem sempre foi assim. Antes da legislação eleitoral de 1997, os votos em branco eram contabilizados no percentual final das candidaturas.

A Lei 9.504/97 simplificou essa questão, pois, ela diz que não serão computados os votos nulos e brancos. O candidato será eleito se alcançar a maioria absoluta dos votos válidos. Há muitas controvérsias sobre os motivos dos votos brancos serem contabilizados antes da nova lei. Alguns juristas e cientistas políticos acreditam que votar nulo significava ser contrário ao sistema político e votar branco simbolizava que o eleitor apenas discordava dos candidatos em disputa. Por isso, ele votava em branco para sua discordância aparecer nas estatísticas.

O voto nulo acontece quando o eleitor digita uma numeração errada, que não condiz com nenhuma das candidaturas, e confirma seu voto. Para votar em branco, o eleitor aperta o botão “branco” da urna eletrônica. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirma que os votos nulos não acarretam a anulação das eleições. De acordo com o artigo 222 do Código Eleitoral só será anulada a votação, quando houver fraude ou coação. E também poderão ser anulados os votos obtidos pelo candidato que vier a ser condenado por compra de votos, por abuso do poder econômico ou por interferência do poder político ou de autoridade.

sábado, 18 de setembro de 2010

Cada político no seu galho

Conheça o que faz cada político eleito por maioria de votos ao ocupar cargos na administração pública.

O primeiro turno das eleições 2010 ocorrerá no dia 3 de outubro com disputas para os cargos de presidente da República, governador, deputado federal, deputado estadual e senador. Na propaganda eleitoral, os candidatos apresentam diversas propostas com o intuito de conquistar a confiança do eleitor. Mas, será que o votantes sabem a função dos cargos que os candidatos disputam? Será que os próprios candidatos mostram propostas coerentes às suas funções? Muitos, infelizmente, prometem o que não pertence às suas atribuições políticas. Ou ainda, prometem o que é direito básico do cidadão, como: moradia, educação, alimentação, segurança e lazer. Questões que não devem ser pensadas como projetos políticos, mas sim como ações obrigatórias.

Talvez nenhuma das propagandas eleitorais tenha causado tanta polêmica, por conta da irreverência, como a de um candidato a deputado federal por São Paulo que diz: “o que é que faz um deputado federal? Na realidade eu não sei. Mas vote em mim que depois eu te conto”. Uma vergonha para cenário eleitoral brasileiro.

Para que não haja dúvidas na hora de votar, a Voz de Nazaré elaborou um texto explicativo sobre a função de cada cargo político e o que significa votar nulo e branco. O eleitor deve estar atento e informado para não errar diante da urna eletrônica.



Presidente da República

O Presidente da República é considerado o cargo mais importante nos sistemas presidencialistas, pois o ocupante acumula funções de chefe do Poder Executivo e Chefe de Estado. Suas atribuições englobam dirigir a administração federal, nomear os ministros de Estado, sancionar, promulgar e fazer publicar leis. E ainda expedir decretos e regulamentos para a execução das leis. Também é sua função exercer o comando supremo das Forças Armadas.

Assim como conduz a política econômica e mantém relações com os Estados estrangeiros, entre diversas outras funções.Seu mandato é de quatro anos, e poderá reeleger-se por mais quatro anos subsequentes.

Senador

O Congresso Nacional é formado pelos senadores juntamente com a Câmara dos Deputados que representam o Poder Legislativo do Brasil. O Senado brasileiro é composto por 81 representantes. Eles são eleitos em número fixo de três por estado. O mandato é de oito anos, sem limite para reeleição, mas a representação renova-se de quatro em quatro anos, sendo que a cada eleição só poderá eleger-se um ou dois candidatos. Neste ano, os eleitores votarão em dois candidatos ao Senado.

Entre suas atribuições estão elaborar seu regimento interno; processar e julgar o presidente e o vice-presidente da República, os ministros do Supremo Tribunal Federal, entre outros. Também é sua função aprovar a escolha dos ministros do Tribunal de Contas indicados pelo presidente da República; autorizar operações externas de natureza financeira, e fixar, por propostas do Presidente da República, limites globais para a dívida consolidada da União, dos Estados e dos municípios.

Deputado federal

O deputado federal é o representante do povo no Congresso Nacional. Seu mandato é de quatro anos e não há limites para a reeleição. Cada Estado tem direito a uma quantidade diferente de deputados dependendo do número de habitantes de sua região.

Sua função principal é elaborar as leis do país. Também tem como atribuição construir seu regimento interno; fiscalizar o Poder Executivo; com mais de dois terços de seus membros, é possível autorizar a instauração de processos contra o presidente e vice-presidente da República e os ministros de Estado; averiguar contas do presidente; eleger membros do Conselho da República.

No Pará, 17 deputados federais serão eleitos nestas eleições.

Governador

O governador representa o Poder Executivo. Ele é o mais alto cargo político dentro dos Estados. É também quem direciona a administração e a representação do Estado em suas relações jurídicas, políticas e administrativas. Assim como é seu dever buscar investimentos e defender interesses junto ao governo federal. Portanto, tem autonomia para oferecer projetos de leis e ações que ajudem no desenvolvimento regional. Seu mandato é de quatro anos e poderão ser renovados por mais quatro anos em caso de reeleição.

Deputado estadual

O deputado estadual é o detentor do cargo político que desenvolve funções na Assembleia Legislativa Estadual. Seu mandato é de quatro anos, mas o candidato poderá concorrer diversas vezes à reeleição. Sua função principal é legitimar, alterar e renovar leis estaduais. Assim como fiscalizar as contas do governo estadual, criar Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) entre outras atribuições referente ao cargo.

No Pará, serão eleitos 41 deputados estaduais nestas eleições.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

"A volta dos que não foram"



Não sei se alguém percebeu a falta. Provavelmente não. Mas eu percebi a falta que faz para essa pobre garota escrever no seu blog “meia boca”. Durante essas semanas que abandonei minha própria satisfação, estava a descabelar-me com atividades pessoais, como a faculdade por exemplo. Que por pouco, muito pouco, não me destruiu.

Também ocupava-me com o estágio que tira o meu sono todas as manhãs. Com ele percebo que acordar cedo não é uma questão de costume, e sim de genética. Tem gente que nasceu pra acordar cedo. Outras não.

Aconteceram tantas coisas que eu poderia ter contado e que certamente renderiam textos legais. Mas por falta de tempo, ou por falta de estimulo, não dissertei. Mas nunca é tarde para ser feliz, e agora tenho algum tempo sobrando, idéias fervilhando e uma vida social ativa.


terça-feira, 25 de maio de 2010

Rotina desumana

Acordo todo dia as 6h, quer dizer, deveria acordar todo dia as 6h, mas isso não ocorre porque estudo a noite, e acabo dormindo tarde, em todo caso tenho que pegar ônibus as 7h, e com sorte chegar as 8h no meu estágio que fica Centro da cidade. Todos os dias, subo em um ônibus lotado, não eu estou sendo positiva demais. Subo em

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A pior de todas as doenças

Se beber na jovialidade for doidice, desculpe,
mas eu sou louca de pedra, e completamente perturbada.
Se estar apaixonada é ser 'encegueirado', sorry,
mas eu sou cegueta, estrábica, vesga ou seja lá o que for.
Se ouvir um conselho, significa não poder opinar sobre ele, perdão,
mas eu eu dispenso seus conselhos.
Se 'desviar das metas' significar não poder sair a noite,
não namorar ou qualquer coisa desse tipo,
me desculpe mesmo,
mas eu já estou completamente fora do rumo.

Se você não quer me ouvir, não ouça.
Se você não quer saber, não saiba.
Se você não entender, o direito é seu.
O meu presente pra você é a minha indiferença.

Hipocrisia é a pior de todas as doenças.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Poemas de bolso


Na onda da rede social - twitter o Promessas de um ano bom lança agora uma série de microcontos de "bolso", com contos, poemas, historinhas e bla bla blás com até 140 caracteres, e abordando diversos assuntos. Leia entre um cafezinho e outro.

Um olhar sobre belo monte

"Então o índio se perguntava quando isso ia acabar? Temia que Belo Monte ocupasse o seu lugar"

De amor

"Nunca tive um amor tão grande como o que tenho agora, minha alma não tem mais, a tristeza de outrora"

"Cansada desse vai e vem eu voltei pra te buscar, vamos ver o amanhecer, e enfim, nos amar"

Cidadela

"Um atropelamento parou a cidade, o trânsito ficou infernal, o estresse do cidadão ficou fora do normal"

De vez em quando ou soltar algum escrito desse que cabe na palma da mão, é divertido. bjus amigos ;)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O verbo perfeito


Cheguei a pensar que sempre estaria perdida

Cheguei até a ver maldade na vida

Cheguei a duvidar da força do amor

Ah mas esse sentimento traquino

Que teve a coragem de aparecer assim

de surpresa, inesperadamente,

quando eu, ingenuamente,

Não esperava nada além, do que uma relação voraz

Que besteira acreditar que podemos determinar nosso tempo

O tempo do amor chega à nossa frente.

E quando a luta esta vencida, não há nada a fazer

Nossa alma não nós pertence,

Nosso corpo é incontrolável

Nossa mente não para, nem por um segundo,

De pensar em cada gesto, feição, palavra...

Todas as músicas lembram o outro,

Aquela em especial lembra um momento,

E inexplicavelmente foi feita pra nós.

Quando amar se torna o verbo do presente indicativo,

do pretérito perfeito, e do nosso melhor futuro.

Cada momento é poesia, cada imagem é alegria,

e cada dia foi feito pra amar.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Diálogos Construtivos II

Em dezembro do ano passado, o “Promessas de um Ano Bom” começou uma série nova chamada Diálogos Construtivos, que tem como objetivo relatar conversas, que de alguma forma influenciam nossa maneira de pensar, e de ver o mundo. A idéia do primeiro texto, chamado “Vá de bike”, partiu de um diálogo que tive com meu irmão sobre a influência do automóvel em nossas vidas. Preciso relatar que meu irmão – que agora está morando na cidade de Breves - está indo todos os dias de bicicleta para o trabalho.

Enquanto que, para mim, essa alternativa tornou-se praticamente impossível.

O ano passou e agora relato vários diálogos que tive com amigos, de um assunto muito mais legal, a respeito de “fazer o que se gosta”, não entendeu? Então vamos ao texto.


FAZER O QUE GOSTA

Esse ano eu consegui um estágio num jornal católico, um lugar que está servindo como uma escola para mim. Nunca aprendi tanta coisa na minha área, nunca tinha convivido com jornalistas de verdade, e descobri que o jeito que eu escrevia não adiantava muita coisa por ali. Escrever num jornal impresso é completamente diferente de escrever em qualquer outro meio.

Nem consigo descrever a alegria que fiquei quando peguei meu - pequeno e singelo – primeiro salário. Ganhei dinheiro pra fazer aquilo que eu mais gosto na vida, que é escrever, entende a satisfação?

Parece fácil, mas não é nada fácil fazer aquilo que se gosta, às vezes precisamos passar por cima de preconceito, e de valores incutidos na raiz da sociedade, e do mundo capitalista. Meus pais sempre me deixaram a vontade para escolher o curso que eu bem entendia, e para surpresa deles enveredei para o jornalismo. Até aí tudo bem, mas eis que surge o Supremo Tribunal Federal e resolve que meu diploma não serve mais pra nada, o que foi um “pé” pra dizerem que o meu curso também não servia para nada. Se jornalismo já não tinha boa fama, agora mesmo que não tem.

Confesso que fiquei completamente aturdida com a situação, mas não mudei o curso e agora, mas do que nunca não me arrependo. Consigo enxergar uma série de oportunidades novas pela frente.

Em uma tarde qualquer, conversava com uma amiga chamada Luana, e ela contava que estava muito feliz com o seu curso de administração. Disse-me que ninguém a compreendeu quando ela decidiu trocar o curso que fazia na UEPA em Belém, para estudar numa Universidade particular em Castanhal. Engraçado, as pessoas não entendem um motivo tão simples, ela não gostava do curso que fazia na UEPA. Loucos somos nós por fazer o que gostamos?

Um dia desses estava vindo da Universidade no ônibus – como sempre – lotado, e encontrei uma conhecida que estava chegando da Federal. Ela me contou que estava cursando história na UFPA e direito na UNAMA, mas que por influencia da mãe pretendia largar ou “trancar” o curso de história, para se dedicar a advocacia. Muitas vezes, as mães erram justamente por nos amar demais.

Ela disse que o que gostava mesmo era de história, mas que o mercado é muito fechado, e com o “Direito” poderia fazer um concurso público e se estabilizar financeiramente. Entendi o que estava em jogo, à força da estabilização financeira na “Era do capital”.
O sonho do brasileiro é passar em algum concurso público, pelo fato de você trabalhar pouco, e receber um dinheiro certo no final do mês. Por isso escolhem qualquer coisa, o que tiver um salário bom ta valendo. Por essa razão as defensorias públicas estão inchadas de profissionais incompetentes, sem talento e aptidão, que não dão valor nenhum para o seu ofício.

Meu irmão em outra de nossas muitas conversas, falou que nos Estados Unidos as pessoas preferem abrir seu próprio negócio, por causa da liberdade financeira, do que passar em um concurso público.

Eu até pretendo ser concursada, por que aqui, realmente não temos pra onde correr, mas desde
que seja na minha área. Nunca pensei em fazer concurso pra policia, pra repartição de não sei onde, pra tribunal de não sei o que. Não nasci pra fazer as coisas de mau gosto, em troca de dinheiro.

Por isso, fiquei triste com essa conhecida minha, História é um curso tão bonito, que por sinal, se eu tivesse tempo cursaria. Não que Direito não seja, contanto que a pessoa queira exercê-lo. Segundo ela, esta aprendendo a gostar de “Direito”, espero que ela realmente consiga e não seja infeliz.

Tem que ter coragem pra fazer o que queremos. Muitas vezes ir contra tudo e todos. Ir contra
nossos pais, nossos amigos, ultrapassar a barreira financeira, trabalhar pra pagar a Universidade, ou estudar muito pra passar na pública, quebrar os preconceitos sobre aquele curso e defender até a alma nossa escolha. Eu tive a sorte de me “encontrar” logo de primeira, mas admiro muito as pessoas que tem coragem pra trocar de curso porque não gostaram dele.

Foi sobre isso que dialoguei com meu amigo Luciano e com meu namorado Eduardo certa manhã. Até eu fiquei preocupada quando o Luciano disse que abandonou Letras na UEPA, depois de ter assistido algumas aulas. E que ele ia continuar tentando vestibular até passar em Jornalismo, que era o que realmente queria.

É complicado e ao mesmo tempo muito simples, temos que tomar decisões que só cabe a nós. Como diz o Los Hermanos “Se não sou eu, quem, mas vai decidir o que é bom pra mim? Dispenso a previsão”.

Acredito que fazer aquilo que se gosta não é importante só pra você, mas para a sociedade. Tem pessoas que não tem oportunidade, por conta da exclusão social, pessoas que matam cachorro a grito pra conseguir dinheiro, que trabalham pra ganhar o pão de cada dia, essas nem tiveram escolha. Sei que parece piegas, mas não encontrei outra maneira de dizer, se você tem uma chance, por menor que ela seja, não a desperdice.

Não conseguiria viver infeliz, mesmo que eu ganhasse muito dinheiro para isso, ou fosse o caminho mais fácil.

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