Raissa Lennon

Raissa Lennon
"siga seus próprios sonhos, porque ninguém pode viver o sonho do outro"

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal e o "Estranho" Mundo de Jack

O filme "The Nightmare Before Christmas", no Brasil chamado "O Estranho mundo de Jack" , reflete sobre diferenças dos costumes de dois mundos completamente antagônicos. O personagem Jack, vive na Cidade do Halloween, mas, certo dia, quando vagueia pela floresta, encontra um portal para a Cidade do Natal. Um mundo completamente diferente do dele. Jack não compreendendo essas diferenças, acaba aterrorizando o dia natalino.

Quantas pessoas não compreendem as diferenças? Quantas vezes brigamos por não aceitar a opinião alheia? Quantos povos tentam impor o seu costume a outra nação? Quanto de intolerância existe no mundo? Que neste Natal, acima de tudo, tenhamos tolerância e saibamos entender as diferenças do próximo. E, independente de religião, comemoremos o nascimento do filho de Deus.

Aproveito para agradecer aos leitores do blogue e deseja-los um Feliz Natal. Feliz Natal também a todas as pessoas que convivem comigo, a todos que amo. Aos meu familiares e amigos. Ao meu amor, Eduardo. Feliz Natal a todas as pessoas que estão nesse mundo louco.

Muita comida, amor, abraços, presentes e carinho.

Ass. Lennon.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Violeta


Violeta sempre sonhou em voar. Queria que todos os homens soubessem voar. Ela mesma queria percorrer as nuvens, o céu e o ar.Desde pequena era bailarina. Era mais um sonho de sua mãe do que dela própria. Mas como as crianças não sabem o que querem, nem tem desejos próprios e concisos, ela foi crescendo com aquela imposição.
Até que era uma menina empenhada. Ficava na ponta do pé, rodava, rodava e rodava. Gostava de rodar por acreditar que aquilo era o mais próximo de voar. No mais, nunca se destacou no balé. Mas sua mãe sempre estava ali, depositando seu sonho frustrado de ser dançarina, em sua filha. E violeta tentava a todo custo, dar o seu melhor. Pena que o seu melhor, era o pior das outras garotas.
Cresceu com aquela angústia no peito, de não ter sucesso no balé, com sua mãe desejava. Já adolescente, não suportava mais vestir aquela roupa rosa e colada no corpo. Queria desprender-se desse mundo, que pra ela não fazia sentido.
Quando a tristeza batia, tocava violão e escrevia. Gostava de musicar letras, que sempre falavam de sonhos. "... não, por favor meu amigo, não deposite seus sonhos em outro alguém. Não, por favor meu amigo, me escute, sonhos, são para ser sonhados pra si mesmo..." (trecho de uma de suas músicas chamada: Conversa com um amigo a meia-noite).
Certo dia, finalmente tomou coragem.
- Mãe, eu odeio balé. Nunca gostei. Odeio ficar na ponta do pé. Odeio as roupas, odeio aquelas músicas clássicas. Eu simplesmente... odeio. Vou parar de fazer pra sempre.
Nunca se sentiu tão leve, como uma pena. Depois disso, começou a fazer aula de violão, fotografia, teatro. Mas, o seu barato era mesmo escrever canções. E nesse ponto, até o seu pior, era o melhor de muita gente. Violeta tinha o dom.
A decepção de sua mãe era, definitivamente, sinônimo de sua libertação.

E depois de tanto tempo...

Conseguiu voar, por entre seus próprios sonhos

e andar com seus próprios pés.


*Dedicado a todas as pessoas que buscam a liberdade de fazer suas próprias escolhas.

domingo, 19 de dezembro de 2010

A dor da perda

Tudo muda inesperadamente. A vida tem uma lógica que não conhecemos. Sem saber o motivo de nossas grandes perdas, tentamos superar nossas tristezas e dores, e aceitar da melhor maneira possível.

No post abaixo, eu encerro dizendo que paro ano eu ia ser titia. Mas hoje infelizmente recebi uma notícia triste de que, a namorada do meu irmão havia perdido o bebê. Agora escrevendo isso, sei lá, me veio uma dor inexplicável. Um aperto no coração.


Queria muito estar perto do meu irmão agora, e abraça-lo e dizer que vai passar, e que paro ano, eu ainda posso ser titia. Mas ele mora longe de mim. Ao telefone, eu apenas conseguir dizer, que sentia muito, e que vai ficar tudo bem depois. Apesar de ser amante das palavras, nessas horas não consigo expressa-las direito, acho que elas também não ajudam muito.


Tudo na vida deve ter um propósito pra acontecer. E que no futuro, talvez, entenderemos. Esse post tem gosto de lágrimas, mais também de amor, vida, e esperança que tudo fique bem. E que uma nova luz possa reacender do coração daqueles que hoje sofrem.




*Esse texto foi em homenagem ao meu irmão, Raphael, e a todos que já sofreram a dor de uma grande perda.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O que teve pra 2010?

Próximo do fim do ano e começamos a refletir qual foi o papo de 2010. O que você fez de bom? O que você conquistou? O que mudou em nossa vida? Nada? Será? Sempre muda alguma coisa.

Vejamos.

1. Eu comecei a namorar com o amor da minha vida. Ele me fez descobrir que o amor não é ficção. Me fez acreditar que, sim, uma pessoa pode ser fiel. E agora faço tudo com ele, e tudo por ele.

2. Consegui um estágio e comecei a ganhar meu próprio dinheiro. Tirei um cartão de crédito e agora vivo sem grana mesmo trabalhando. Mas pow, me divirto pra car...

3. Votei pela primeira vez e descobrir que política é como xadrez, apenas um jogo de interesses, que uma peça influência definitivamente na outra. E a maioria das vezes, você terá que escolher por alguém que não confia, só por que ele é o menos pior da vez.

4. Assisti um monte de shows bacanas, bebi mais do que devia, e agora não descrimino mais quem bebe as segundas. Engordem uma infinidade de quilos e por isso vou começar a correr, caminhar, pedalar, fazer academia, e todas essas coisas que são um chute na cara. Há e essa semana caguei o meu cabelo por que queria ficar diferente.

5. Não passei em Cinema na Ufpa e fiquei triste pra porra. E ainda quase que eu reprovo em uma matéria da Unama. Por isso, comecei a estudar bem mais e descobri que, sim, eu amo Jornalismo. E estou fadada a essa profissão injusta, ingrata, ao mesmo tempo linda.

6. Viajei de avião e conhece um pedacinho do sul do país. É tão legal olhar as nuvens e as luzes da cidade daquela janelinha. Descobri que frio dói na alma, mas usar aquelas roupas é mó estilo. Ainda sim, passei uma semana e morri de saudade de Belém e das pessoas daqui. Também descobri que Congresso serve pra conhecer um monte de gente, descobrir coisas novas e conhecer todas as boates do lugar em questão.

7. Escrevi matérias de todas as festividades possíveis de santos inimagináveis, isso porque trabalho em um jornal católico. Escrevi sobre o bairro da cidade velha, sobre as eleições, sobre blogues, sobre amor, sobre a Copa do Mundo, e uma infinidade de outras coisas. Escrevi bem mais no blogue do que ano passado e agora tenho 31 seguidores, na verdade 30, por que a Bia me segue duas vezes.

8. Paro ano vou ser titia, isso quer dizer que meu irmão vai ser pai, e que caramba o tempo passa rápido e isso causa um conflito e uma nostalgia sem igual. E que, sei lá, eu só quero que todo mundo seja feliz, que ele seja feliz, assim como eu feliz. E que 2011, seja melhor e mais foda de que todos os outros anos. É isso.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Tirar o bem do mal

6h. Acordou cedo num sábado. Não gostava de trabalhar aos finais de semana, mas escolhera o jornalismo como profissão. Olhos inchados, chorou a noite inteira. Brigou com Ele. E por ironia, foi por falta de comunicação. Na vedade por orgulho. Na verdade por uma série de coisas, que se resumia a uma: não queria que Ele saísse sem Ela. Mas também, não queria impedi-lo. Mas fez pior, ligou pra ele e disse merda. Pow, custava deixar de sair uma única vez? - Por que tu não me falou, que eu não saía! Eles gritaram ao telefone. E choraram. Um com raiva do outro.
É foda se apaixonar, a pessoa fica frágil.

7h. Parada de ônibus. Lotado como sempre. Um monte de gente com cara de tédio, e ela como um zumbi. Pauta do dia: cobrir missa em intenção das pessoas que tiveram suas casas incendiadas no bairro da Pedreira. Garoto jovem, perdeu tudo, um filho e a mulher que estava grávida morreram no acidente. Muito triste, uma tragédia. Sentiu-se mal, se colocou no lugar daquelas pessoas. Pensou que sua tristeza não era nada perto daquilo.

12h30. Eles sorriram. É mais difícil brigar quando estão cara-a-cara. Conversa vai, vem, discussão, choro de novo. Justificativa dela, dele. Porra, eu te amo, me desculpa. Eu também te amo. Não gosto de brigar com você. Eu também não. Foram ao shopping encontrar com um casal de amigos depois da DR. Comeram pizza, sorvete, ela comprou um livro do Angeli, ele foi na loja de instrumentos. Riam, brincavam, falavam coisas bonitas um pro outro. Ela ainda com cara inchada do choro e ele a chamando de linda. O amor é isso, a gente vê beleza em tudo.
"Deus consegue extrair o bem do mal", falou o padre na missa. Bonito, vou lembrar disso quando o coração sangrar.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Meio assim, Joy Division

As vezes, o peso de todas as suas derrotas desmoronam sobre você em um só dia.
Todas as críticas, reprovações e situações frustrantes te fazem sentir a pessoa mais incompetente do mundo.
Há tempos não chorava de tristeza, e não escrevia um texto pessimista. Acho até que tava ficando enjoativo esse coisa toda de romance.
Mas é que o amor me fez realmente uma pessoa otimista com tudo. A maneira de ver o mundo, de sentir e pensar.
O que coincidiu com a maneira diferente na qual eu vejo a comunicação, entre outras coisas.
Mas isso não vem ao caso agora.


Eu tava falando de tristeza. Cheguei em casa e ouvi Radiohead, mas queria mesmo é ouvir Joy Division. Como não tinha peguei as mais melancolicas do Interpol e me deliciei.
É que não entendo essas pessoas que estão tristes e ouvem, sei lá, Janis Joplin. Que nem é triste, é foda!

Mas deve ser por causa do começo do fim do ano. Fim de semestre, monte de trabalho em cima da hora pra fazer. Chefe te cobrando. Aí você começa a pensar em todas as coisas que não fez, que perdeu, que errou, que se fudeu feio.
O artigo cientifico que deixou de fazer, alguém que deixou de ajudar, o curso bacana que não deu certo. Fora a academia e as aulas de inglês que deixou de lado.
Isso tudo pra mim veio hoje. Pensei: Merda. Último mês do ano. O que eu fiz?
Eu me apaixonei cara. Tanto que nem em um texto falando de tristeza, eu consigo deixar isso de
lado.


Mas, sério, ainda agora eu tava mal, meu coração até doeu.


Companheiros