Raissa Lennon

Raissa Lennon
"siga seus próprios sonhos, porque ninguém pode viver o sonho do outro"

terça-feira, 29 de maio de 2012

Esperar

(@raissalennon)

Nada me deixa com mais raiva do que esperar. É claro que existe muitas coisas ruins além disso, mas o que me afeta diretamente é o ato da "espera". Isso é um defeito torpe e perigoso, já que constantemente lhe damos com situações diárias de espera. Esperar um ônibus, esperar alguém, esperar o resultado de uma prova é comum na vida cotidiana.

O meu caso é complicado, pois minha raiva é excessiva. Por isso, costumo pesquisar sobre essas coisas, porque acho que tenho algum tipo de transtorno psicológico. Alguma coisa do tipo "transtorno de ansiedade". A ansiedade por sinal é um dos males da vida moderna, da correria do dia a dia, do mundo tecnológico e cheio de coisas para fazer.

Acho que hoje em dia - do jeito caótico que o mundo se encontra - "todo mundo" tem algum problema desse tipo. Acho que carrego em mim o mal da pós-modernidade, sabe? Quero tudo rápido, tenho tics nervosos, como rápido, entre outros fatores. Teve casos que eu chorava de raiva por está esperando alguém ou alguma coisa. Isso acontece porque as pessoas não conseguem mas esperar o processo, e sim,  o resultado.

Acho que as pessoas que são ansiosas demais tem que encontrar alguma válvula de escape para conseguir segurar a onda. O ideal para casos como o meu, é fazer um esporte, por exemplo, o ioga também é uma boa opção. O problema é que nunca tenho tempo. Ou nunca acho tempo. Ou simplesmente não quero ter tempo, porque quando não estou trabalhando e estudando, a única coisa que eu quero fazer é dormir ou assistir TV.

Enfim, a prosa é longa. Mas quis aqui relatar uma coisa minha, porque a única coisa que não me cansa de fazer é escrever. Esse texto foi escrito enquanto eu estava em um desses ataques de ansiedade. Me ajudou muito. É isso.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Vida de escritor


(@raissalennon)

Parei. Olhei para a página em branco e ela olhou para mim. Me desafiou na cara dura. Um monte de informação necessária vinha na minha cabeça. Tinha que escrever logo. O prazo estava terminando para entregar todos aqueles escritos. Queria ser um pouco criativa, mas também sem ser clichê. A pior coisa em um texto é quando tentamos ser engraçadinhos e não dá certo.

Escrevi uma linha. Apaguei tudo. Uma merda. Verbos sem combinar com contextos. Queria fumar um cigarro e tomar um café, para parecer aqueles escritores antigos e ganhar uma inspiração. Mas não venho gostando de cigarros faz tempo, e do jeito que essa cidade é quente uma coca-cola gelada seria a melhor opção.

A pior desgraça para um escritor são as redes sociais. Tiram todo o nosso tempo, dispersam nossa atenção com todas as banalidades possíveis. A desculpa é sempre a mesma: vou entrar rapidinho para ver se não tem nenhuma informação relevante. Que nada. Como se existisse informação relevante nessas coisas, com raras exceções.

Voltamos ao texto. Nada ainda. Me forcei a tomar um café amargo, conversei um pouco e escrevi palavras desordenadas do assunto. Fui escrevendo quase que brigando com o teclado. Uma página inteira, duas páginas... Volto para a primeira ajeito linha a linha, parágrafo a parágrafo, citação a citação. Pego um livro, leio mais um pouco, saco o papo do ator e volto a escrever. Leio, releio, Leio de novo. Nunca gosto. Mudo as ordens, estico aqui, corto ali.

Leio tudo. Melhorou um pouco. E mesmo que não melhorasse nada, ficaria como está, porque pensar também cansa. O PC desliga com tudo. É a morte, a desgraça e a dúvida: eu salvei? Ligo o PC resmungando Ave Maria, e pedindo a ajuda dos céus. Abro o Word...

Registro automático. Amém. Logo depois começa tudo de novo...

Companheiros