Acordei e queria dizer que acordei de um sonho bom, mas não é verdade, tive alguns pesadelos que não costumo lembrar.
Acordei e queria dizer que estou livre para caminhar por entre os vales, mas ainda estou preso no incomodo do cômodo.
Acordei, e não sei se agradeço em estar vivo, ou sofro um pouco mais com essa possibilidade.
Acordei e nem lembro como dormi, apenas fechei os olhos e depois disso tudo estava diferente.
Acordei e quem dera voltar para ontem, e poder mudar aquilo que hoje me envergonho.
Olhei pela janela e o tempo estava duro, e será assim até outubro segundo a meteorologia do meu coração.
Acordei, e queria dizer que não estou bem, mas seria egoísmo da minha parte, então, prefiro não dizer nada.
*imagem do meu arquivo pessoal, feita em julho de 2014, na Baía do Sol (Mosqueiro).
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Dilma, John e o machismo
Sinto-me extremamente ofendida quando eu vejo determinadas fotos da presidenta Dilma Rousseff circulando na internet. Ofendida não por questões políticas, mas pelo fato de ser mulher e ficar fragilizada com demostrações de puro machismo. A última delas foi uma imagem do ex-presidente Lula (vestido) e Dilma (nua), em uma montagem de extraordinário mal gosto e desrespeito. Por trás da ideia aparente de chacota política está o discurso do machismo. Em que a mulher sempre será subjugada ao homem, em que a mulher tem que estar despida, em que a mulher é a mais sacaneada, da forma mais pejorativa de todas. Independente do que achamos da Dilma Rouseff, do PT ou do seu governo, nós, mulheres não podemos compactuar com esse tipo de machismo "velado" que além de não acrescentar em nada no debate político, estimula o desrespeito à uma pessoa que acima de tudo é uma senhora de 66 anos, e uma mulher.
Afinal, esses "brincalhões" aí do Facebook não costumam colocar homens políticos nus para fazer piadinhas infames não é mesmo?
Lembrei, então, da imagem de Yoko Ono e John Lennon (acima), feita em 1980 por Annie Leibovitz, capa da Rolling Stones. Nela, apenas John está nu. É como se ele nos dissesse: "Eu me despido para Yoko, este é o nosso relacionamento, assim é o nosso amor, e eu não tenho problema nenhum com isso". É uma imagem linda, que demonstra a cumplicidade do casal no seu mais profundo íntimo. E para mim, ainda representa mais do que isso: representa que esse ideal de "macho alfa" não nos serve mais para nada.
Afinal, esses "brincalhões" aí do Facebook não costumam colocar homens políticos nus para fazer piadinhas infames não é mesmo?
Lembrei, então, da imagem de Yoko Ono e John Lennon (acima), feita em 1980 por Annie Leibovitz, capa da Rolling Stones. Nela, apenas John está nu. É como se ele nos dissesse: "Eu me despido para Yoko, este é o nosso relacionamento, assim é o nosso amor, e eu não tenho problema nenhum com isso". É uma imagem linda, que demonstra a cumplicidade do casal no seu mais profundo íntimo. E para mim, ainda representa mais do que isso: representa que esse ideal de "macho alfa" não nos serve mais para nada.
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Um louco abre a porta e diz:
Pequenos prazeres. Pequenas conquistas. Momentos que ficam guardados na nossa memória.
A fotografia registra quase tudo. Menos o cheiro e ânsia de vômito dos drinks mal tomados misturados com coca-cola.
Quando tá tudo certo de um lado. Tá meio errado do outro.
“A felicidade é uma questão de percepção”, ouvi isso em algum lugar por aí. Fico me perguntando, o que isso exatamente quer dizer?
Acho que não depende disso ou aquilo, mas daquilo tudo junto e ao mesmo tempo.
Olho você dormir e fico feliz por um momento.
É engraçado pensar que há mais de três anos que te conheço.
E poucas vezes te agradeci por isso direito.
Mas isso, não é uma carta de amor.
É sobre nós, eu, eles e você. E sobre o que a gente vai fazer no próximo fim de semana?
É sobre, e agora? Eu não tenho grana!
É sobre, o que vamos fazer da nossa vida? E eu da minha, que não tenho espaço aqui.
Às vezes acho que uma hora ou outra tudo vai mudar.
Que vou virar astronauta, mochileiro ou cineasta popular.
Queria lembrar o que eu queria ser quando eu era criança.
Eu tinha uma brincadeira, meio esquisita, em que eu era dona de uma loja que vendia quadros, eram obras de pintores famosos.
Eu não pintada nada, apenas vendia os quadros. Mas eu pintava em outras brincadeiras também.
Hoje em dia, meus desenhos são péssimos.
Pinto o sete e olhe lá.
Mas que besteira tudo isso, eu queria fazer um texto e vomitei pedaços de sonhos, pedaços de mim, dele, pedaços de frustrações e alegrias.
Que nem para mim tem tanto sentido. Mas vai, finge que é poético, finge que é bonito.
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