Raissa Lennon

Raissa Lennon
"siga seus próprios sonhos, porque ninguém pode viver o sonho do outro"

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Minhas raízes roqueiras. Um breve histórico


Quanto eu era criança, além de Xuxa, Eliana, Chiquititas e Balão Mágico ouvia Beatles para bebês, Beatles orquestrado, Beatles de tudo quando é jeito.
The Beatles – banda inglesa que fez grande sucesso na década de 1960 – era presença indispensável em todas as reuniões familiares por culpa de meu pai, beatlemaníaco de carteirinha desde adolescente. Ringo Star, George Harrison, Paul McCartney e John Lennon representavam a história de toda uma geração encantada com o Rock’n Roll. Este último – John Lennon – deu origem ao meu segundo nome, Raissa Lennon. Cresci vendo a sua história, seus clipes, suas entrevistas ácidas e ouvindo suas músicas que me emocionam até hoje.

Rolling Stones, Janis Joplin, Jimi Hendrix e Bob Dylan foram apenas alguns que fizeram parte dessa minha entrada automática no mundo do rock. Cada um desses transformou de maneira significativa a música e entoaram verdadeiros hinos cantados por pessoas do mundo inteiro. Por sinal, 1960 foi o período do hippie, da contracultura, das manifestações contra a guerra do Vietnã, do amor livre de preconceitos, do movimento pela paz, da música de contestação.
All we are saying is give peace a chance. John Lennon.

 Devo confessar que quando me entendi por gente comecei ouvindo outra vertente do rock: Kurt Cobain gritou Smells like teen spirit nos meus ouvidos e toda aquela revolta me fascinou. Ficava me perguntando por que não nasci em 1980 como o meu irmão, que acompanhou aqueles grandes nomes do movimento grunge – bandas com vozes roucas, letras gritadas, som sujo, melodia rápida, curta – Eu tinha três anos quando o Nirvana acabou em 1994 porque seu líder Kurt Cobain faleceu. Suicídio, mas alguns dizem que sua até então mulher Courtney Love o matou.  
Nem precisava comprar CDs de minhas bandas preferidas, pois, achava-os espalhados pela casa. Assim ocorreu com Nervermind e o Unplugged dois álbuns antológicos do Nirvana. Encontrei também A – SIDES da banda extinta Soundgarden (1997) que tinha como líder o vocalista Cris Cornell que em 2001 se integrou aos ex-membros da banda Rage Against the Machine (1990) formando outra banda chamada Audioslave, esta última uma de minhas bandas prediletas até hoje.

 Tropeçava em discos como “Sings” do The Smiths (1983); Staring at the sea The Sings do  The Cure (1985);  Mamonas Assassinas (1995); Lapadas do povo dos Raimundos (1997); Ao vivo do IRA! (2000); Take off your pants and jacket do Blink 183 (2001). Fora os do Legião Urbana, Oasis, e  Red hot chili peppers (que nem tenho mais, infelizmente).
Conheci por intermédio de um amigo (hoje em dia nem é mais meu amigo) uma banda chamada Blind Melon também da década de 90, a música Lemon tree foi trilha sonora do meu ensino médio “eu estou sentado aqui na sala entediante, é só outra tarde chuvosa de domingo, estou perdendo meu tempo, não tem nada pra fazer... ’’ Além de Blind Melon escutava Pearl Jam, Bush, Stone temple Pilots e muito Indie Rock como... Espera, volta à fita.

 
- Raissa tu gosta de rock né?
- Gosto por quê?
- Leva esse cd pra ti, eu não gostei.

O cd que meu amigo não gostou era o Never Mind The Bollocks dos Sex Pistols. Banda Inglesa, ícone do movimento dos anos 70 chamado Punk Rock. Se o rock dos anos 60 pregava a paz, harmonia e o amor, o punk era exatamente o oposto disso. Sid Vicious líder dos Pistols era autodestrutivo, violento, drogado (logicamente), com uma porção extra de atitude marginal. Em God Save The Queen eles ironizam a figura da rainha da Inglaterra. Música suja, riffes simples, letras diretas.
Assim como os RAMONES, banda dos EUA que se consagraram com músicas como: poison heart, blitzkrieg bop, pet cemetery entre outras. Não me estenderei falando de RAMONES, pois meu amigo José (a pessoa que possui mais camisas dessa banda) pode detectar algum erro histórico.


Esse meu amigo também gosta do som pesado dos caras do AC/DC, Metallica, Iron Maiden, Motohead e Led Zeppelin. Bandas de outra linha roqueira chamada de Heavy Metal. Estou certa Zé? É que na verdade,tenho dúvidas quanto a classificação para o som do Led.
 

Voltarei ao punk só para comentar que ele influênciou bandas nacionais da década de 80 como o Aborto Elétrico - que tinha como líder o Renato Russo que formou a Legião UrbanaParalamas do sucesso, Plebe Rude e os Titãs que na época faziam sucesso com a música “bichos escrotos saiam dos esgotos, bichos escrotos venham me pegar” tocada até hoje em festas de rock.
Falando em Pós-Punk lembrei-me do Joy Division. Banda que inovou o rock incorporando batidas eletrônicas com pitada de experimentalismo misturado com as letras depressivas e politizadas de Ian Curtis. Quando ele faleceu os outros três integrantes formaram o New Order


Não sei em que momento comecei a ouvir Arctic Monkeys, The strokes, Franz Ferdinand, The Libertines, Interpol, The kooks, The Killers, Kasabian, Cake, Placebo, King of Leon, Queens of the Stone Age, Weezer, Blur. Indie rock é a bola da vez da era 2000. A internet revolucionou o mundo da música, hoje qualquer um pode gravar seu som e divulgar na web. A música alternativa se apropriou dessa ferramenta que consagrou muitas bandas.
Nesse pandemônio musical conheci diversas bandas alternativas nacionais – Moptop, Vanguart, Cachorro grande, bidê ou balde, Gram, Matanza, Mombojó, Teatro Mágico, Cordel do fogo encantado. Recentemente conheci Pública e Cérebro Eletrônico. É impossível contar nos dedos a quantidade de banda boa que estão fora da grande mídia.
Sem contar nos rock's de boa qualidade daqui de Belém como: Johnny Rockstar, Stereoscope, Vinil Laranja, Madame Satã, Paris rock, Aeroplano, A Euterpia (que produziu um único cd belíssimo), a nem tão boa assim Barão Geraldo (brincadeira meus queridos amigos, essa banda é jóia). AH e a mais recente banda de minha querida amiga Bianca Levy: o Bini Blues!
Ainda tem gente que tem a coragem de me dizer que o rock empacou nos anos 90. Essas pessoas precisam entender que não encontraremos música decente na televisão, como acontecia em outras épocas.  



De Pixies à MGMT
De David Bowie à Radiohead
De Raul Seixas à Engenheiros do Hawaii
Tudo ao mesmo tempo agora, essa é a mensagem.

Ver John Lennon tocando Imagine no piano branco.
Ouvir o vinil da Janis esgoelando-se em Cry Baby.
Jimmy Page tocando guitarra com a vara do violino.
Ou o Rodrigo Amarante cantando Último Romance.

É surreal. São orgasmos múltiplos.

P.s- Vou elaborar outro texto para uma banda em especial, que foi a verdadeira revelação da música depois de muito tempo sem referencia de rock no Brasil, e é a única grande banda que acompanhei seus passos desde o nascimento até sua morte. Não por acaso, Los Hermanos é minha “menina dos olhos”.

Termino pelo começo. Começo do rock. Elvis Presley. Tudo bem, ele não inventou o rock, mas o sintetizou lá pela década de 50 com sua atidude e sua dança extravagante que encantava as menininhas e abominava os mais conservadores da época. Além de sua voz brilhante, suas roupas charmosas e seu topete clássico.
Seus maiores sucessos foram:  "Hound Dog", "Don't Be Cruel", "Love me Tender", "All Shook up", "Teddy Bear", "Jailhouse Rock", "It's Now Or Never", "Can´t Help Falling In Love", "Surrender", "Crying In The Chapel", "Mystery Train", "In The Ghetto", "Suspicious Minds", "Don't Cry Daddy", "The Wonder Of You", "An American Trilogy", "Burning Love", "My Boy" e "Moody Blue".

Elvis Aaron Presley sim pode ser chamado Rei !

Referências:
Wikipédia, claro!
Algumas revistas de rock
E o livro que acabei de ler: Renato Russo o filho da revolução. Que fala muito sobre rock!


                         Hey baby, do you like rock'n roll?


Estou lembrando de um monte de banda bacana que não comentei,  mas é melhor parar por aqui  ou texto fica mais gigante do que já está. o0












4 comentários:

Bianca. disse...

Eeeei, esquecestes do Mini Blues!

Reinato B ! disse...

Fantástico, Maria rita!
Que viagem fantástica pelo mundo do rock e pelo teu mundo.
Vivi e curti muitas dessas bandas, não todas (tem umas aí que nunca ouvi falar), mas uma porção. Ainda curto um The Doors, os Cure (sempre), Strokes e Blur. Fora isso, é raramente eu escutar os outros preciosos, que não deixam de serem bons.
Enfim, vou te adicionar no meu "blogroll" e voltarei por aqui assim que postares de novo.
Beijão

Raissa Lennon disse...

ahh Obrigada! Nossa nem comentei do The Doors, banda magnifica! Também seguirei você... tanks! =*

Bianca. disse...

ò.ó

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