Meus pais são psicólogos, mas uma de suas paixões é o ensino. São professores por amor e tem orgulho disso. Digo até que para o meu pai, ensinar é um de seus afazeres preferidos, uma vez ele me disse que não tinha prazer maior, do que estar dentro de uma sala de aula. Mas, meu pai tem um pequeno 'problema', ele tem disfemia, popularmente conhecido como gagueira, e o mas engraçado é que somente quando ele está ensinando, a gagueira desaparece, e suas palavras fluem naturalmente. É, ser professor deve ter algo de dom, misturado com dedicação e carisma. Uma função única, ímpar, especial, que infelizmente no Brasil, é tão desvalorizada. Poucos são os professores que levamos em nosso coração pela vida toda, com um carinho sincero, e com ares de admiração. Ser professor não deve ser uma tarefa fácil.
Ser professor exige paciência e uma certa autoridade. Mas, muitos deles não sabem lidar com essa autoridade, exigem respeito, sem ter respeito por seus alunos, gritando, xingando, falando palavrão, em uma postura completamente desprezível. Digo isso, por experiência própria, nunca desrespeitei nenhum dos meus professores, mesmo que não goste de sua postura enquanto profissionais, nunca levantei a voz para nenhum deles, mesmo que tenham feito isso comigo. E fiz isso apenas, por respeito que tenho para essa profissão. E, claro, receio de reprovação, por causa de, talvez, me ver 'marcada' , o que já seria uma completa falta de ética, já que tenho a plena certeza que não fujo da minhas obrigações enquanto aluna. Ser professor exige a sensibilidade, de reconhecer as diferenças de cada aluno, e saber trabalhar com elas.
Os professores universitários tem uma certa peculiaridade no ramo, tem um papel de formação profissional e ética, tem um papel de auxiliar na produção acadêmica, e de ir muita além, dos conteúdos das matérias, para discutir a sociedade, e o dever de cada um nesse meio social. Alguns destes, tem seu ego elevado, por terem um título de doutorado. Estou no meu terceiro ano de universidade e posso garantir que título, nada tem haver com competência para ensinar. Já tive aula com muitos doutores que não sabiam passar a disciplina de forma correta, doutores que tem o conhecimento, apenas para si mesmos. E isso nada adianta. E o pior de tudo, é a arrogância com que alguns se mostram, justamente, por conta da titulação. É claro que é importante, mais não é tudo. Tenho um desejo escondido dentro do peito, que é ser professora. Não sei se algum dia vou ter todas as qualidades necessárias para a docência, mas se um dia me dedicar a esse função, darei o melhor de mim, e com certeza, não utilizarei da minha autoridade, para menosprezar nenhum dos meus alunos. Comecei falando dos meus pais, e encerro falando dos meu irmão, que é nutricionista, mas também nasceu com esse bichinho pertinente da minha família que é ser professor. Meu irmão, já fala dando aula, é um comunicador nato, mas, que teve o incentivo dos vários livros que se alimenta.
O dia do professor ainda está longe, dia 15 de outubro, mas me antecipo na postagem, por alguns motivos que prefiro não mencionar aqui. Apesar do meu jeito extrovertido, nunca chamei muita atenção enquanto aluna, sempre fui quieta, mediana, faço o meu dever e pronto, nunca fui de chamar atenção em sala de aula, ou de ser amiga dos meus professores, acho que a aproximação deve ser natural e não forçada. Digo isso, para agradecer a alguns professores, que me perceberam diante de tantos outros, e que me incentivaram (e me incentivam) para realizar os meus projetos. Obrigada.
Um comentário:
Ah, eu acho sensacional quando encontramos um professor na rua e ele se lembra da gente. Adoro isso pq tbm nunca fui de chamar a atenção na sala de aula.
Quando passei em jornalismo, também passei em letras, mas não tinha jeito, eu já tinha metido na cabeça que jornalismo era o meu lugar e a ideia está fixa até hoje. Talvez essa paixão tenha nascido muito cedo, aos seis anos de idade, quando fiz o jornalzinho que postei no meu blog ;)
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