Era uma vez um show e um monte de pessoas para assistir o show. Mas, não era qualquer show. Era o show de sua banda favorita. Era "A banda". Algumas pessoas que não entendem a importância de ir a um show. Só quem gosta de música sabe, que um show, pode significar uma infinidade de coisas, e que por trás das músicas nos remetem lembranças, sentimentos, amor, saudade, entre outras emoções. Cada melodia, cada harmonia, cada rife de guitarra causam sensações inexplicáveis, que só a pessoa pode entender. Quando o show é de seu artista preferido, aí a situação fica mais louca. Significa êxtase total, orgasmos múltiplos, final de campeonato, domingo de sol, significa ainda mais... significa lágrimas de emoção.
Digo isso, porque esses tempos tenho ido a muitos shows, e é impressionante perceber a emoção das pessoas e a peculiaridade de cada ambiente. A única coisa que não muda é realmente os fãs, que expressam toda sua identidade, toda sua paixão, ali naquelas horas de show. De tantos que eu fui esse ano, sem dúvidas o que mais me emocionei foi o do Camelo (Marcelo). Na verdade, foi o que mais me emocionou na vida, nem nos show do Los Hermanos - que é a minha banda preferida - fiquei tão "tocada" assim. Nem no show do Iron Maiden que é internacional - e foi incrível - fiquei tão "tola" assim (Como meu amigo Gordo ficou, né amigo?).
Na verdade é que por uma série de situações, ontem me emocionei de verdade. Talvez, minha alma estivesse frágil por questões da vida, e aquele show significava, o descanso da minha alma, uma alegria única, um calmante. Só dele (Camelo) entrar no palco, chorei. Fiquei lembrando dos Hermanos, que (parece-me) acabou, fiquei lembrando do meu irmão que começou a ouvir aquele som junto comigo, fiquei pensando no Eduardo (que nem gosta tanto, mas tava ali ao meu lado), e fiquei sentindo...aquelas melodias tocarem minha pele.
"Tudo que você quiser tempo de recomeçar, solidão eu já vivi na cidade que não volta". Logo nas primeiras canções, ele tocou as que eu mais gostava. Ele poderia terminar o show que pra mim já estava bom. Só que ainda tinha muito mais, tinha "Copacabana", tinha "Doce solidão" e pra fechar com chave de ouro tinha "Além do que se vê", nessa todos cantaram em coro "Moça olha só o que eu te escrevi é preciso força pra sonhar e perceber, que a estrada vai além do que se vê".
Para terminar, vou contar um causo. Era uma vez um garota que foi em mais uma sexta-feira, para o mesmo lugar de sempre, dançar com os mesmos amigos de sempre, ouvir as mesmas coisas de sempre. Nessa, ela encontra um cara que ela estava sacando a um tempo e eles vão dançar. Nessa que eles vão dançar, justamente naquele momento toca uma música que dizia assim "vermelhos são seus beijos, quase que me queimam e meigos são seus olhos, lânguida face...". E isso marcou pra sempre o coração dos dois, e a foto aí em cima, é no show da mulher que canta essa música, Vanessa da Mata. Show tão bonito quanto suas canções de amor, que provavelmente marcam tantos casais apaixonados.
Um show, então deve ser isso, a história passando diante dos olhos.
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