Promessas de um ano bom. Foi a primeira frase que escrevi no início do ano passado, que por sinal inspirou o nome deste blog, que brevemente estará completando um ano. O fato é que 2009 não foi um ano bom, tive até pesadelo quando assisti a retrospectiva na tv.
Natureza em fúria, corrupção, pedofilia, crise mundial, violência exacerbada, essas foram as manchetes. Os avanços tecnológicos não foram capazes de conter as grandes catastrofes da humanidade.
Que país é esse? Nas favelas, no senado sujeira pra todo lado. Depois de mais de 2 décadas, a música do Renato Russo nunca vez tanto sentido. Dinheiro na cueca, na meia, castelo construído com dinheiro público, "Arrudas" desgraçados. E o brasileiro ficou olhando tudo pela tv de mãos atadas, tendo que matar um leão por dia pra sobreviver.
No âmbito local foi ainda mais lastimável, o prefeito de Belém acabou com a saúde deixando pessoas morrendo em porta de hospital e roubou até a alma da população. A governadora também não ficou por baixo, fez um péssimo governo.
Greve dos correios, dos professores, dos médicos, nunca tinha visto tanta greve em um ano só. Alguma coisa há de esta errada.
Os únicos que ainda tem forças para mudar essa conjutura são os jovens. Que já não acreditam em revolução. A não ser quando se revoltam porque uma estudante foi de vestido curto para universidade. Pasmem. Até agora não entendi esse episódio.
Em junho do ano passado, os estudantes e profissionais de comunicação foram apunhalados pelas costas, o STF retirou a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista (ver texto: Democracia Transviada, post de junho). Profissão desvalorizada, não regulamentada e sem conselho. Parece piada.
Contudo, em dezembro foi realizada a I Conferência Nacional de Comunicação em Brasília para discutir melhorias no setor. Foi apenas um começo para tudo que precisa ser feito.
Contudo, em dezembro foi realizada a I Conferência Nacional de Comunicação em Brasília para discutir melhorias no setor. Foi apenas um começo para tudo que precisa ser feito.
O presidente Lula foi eleito o "Homem do Ano" pela Le Monde o jornal francês que é um dos mais respaldados do mundo. Somente a Tv Globo não noticiou, para eles essa informação não é notícia. O presidente ajudou os pobres, é um fato. Fez programas governamentais para entrada de jovens na universidade e no ensino de base. O país conseguiu sobreviver a crise sem mais delongas. Só que é difícil para os elitistas confessarem que um operário sem estudo conseguiu fazer muito mais que eles, intelectuais renomados.
Enfim, Cesar Ciolo foi recordista mundial, o Rio de Janeiro vai ser seda das Olimpíadas, e a copa do mundo vem pro Brasil ( O Pará ficou fora desta).Ufa! Acabou o ano e o que podemos esperar para 2010?
Ano de eleição, rotatividade de poder que é a base da democracia. Presidente, deputado estadual,deputado federal, senador e governador. Não desrespeite anos de luta pela democracia do país, não jogue seu voto no lixo. Essa é nossa voz.
Meu primeiro voto e eu não pretendo desprezar tudo que já foi conquistado, não foi por acaso quando em 1968 pessoas foram presas e torturadas por contestarem o regime militar ou quando em 1983 vários estudantes gritaram por "Diretas já". Estavam em buca de um país melhor, de democracia e liberdade.
Sei que sou um sonhador, mas eu não sou o único. John lennon.
Passei a virada do ano de forma esplêndida. Conheci pessoas novas e um lugar novo - Algodoal - três dias de pura diversão. Senti pela primeira vez o gosto da liberdade. Olhava para o horizonte e agradecia o prazer de estar ali. Não há dinheiro que compre a sensação de paz, nada compra a beleza do mar, do horizonte a nosso dispor, da companhia dos amigos. Sem dúvida, não há passagem do ano melhor que na praia. Pulei as 7 ondinhas e fiz promessas. Nada melhor que a natureza.
Fim de Tarde em Algodoal
Cheguei em casa e a primeira notícia que assisti foi a tragédia em Angra dos Reis, na madrugada do dia 1º de janeiro houve deslizamentos provocados pela chuva causando a morte de pelo menos 52 vítimas. O ano nem começou para aquelas pessoas. Triste. Desliguei a tv.
Ah... Como eu gostaria de poder cantar a paz como realidade não um sonho, poder ligar a tv e ver exatamente o contrário do que eu vejo agora. Planta e raíz.
Eu queria realmente não ver facistas como Boris Casoy ofendendo não só os garis como todas as pessoas que não têm a alma podre como a dele. Pessoas como ele merecem desprezo, repúdio, não deveria nunca mais sair de casa por vergonha. Não há como perdoar o imperdoável.
Espero sinceramente que esse começo de ano não demostre o que virá nos próximos dias. Que esses sejam apenas os resquícios do azedume de 2009.
Olhe para o horizonte e veja a esperança. Sempre acredite em algo bom, e faça sempre por merecer. Acredite na revolução, podemos ser e fazer o que quisermos, só depende de nós. Esse ano bom que desejamos, também depende de nossa participação ativa. Quanto estudandes, jovens, trabalhadores, seres que pensam a sociedade e fazem propostas construtivas.Eu queria realmente não ver facistas como Boris Casoy ofendendo não só os garis como todas as pessoas que não têm a alma podre como a dele. Pessoas como ele merecem desprezo, repúdio, não deveria nunca mais sair de casa por vergonha. Não há como perdoar o imperdoável.
Espero sinceramente que esse começo de ano não demostre o que virá nos próximos dias. Que esses sejam apenas os resquícios do azedume de 2009.
Que este ano novo seja bem melhor!
O sol há de brilhar mais uma vez, a luz há de chegar aos corações, do mal será queimada a semente, o amor será eterno novamente. Nelson Cavaquinho.
3 comentários:
'Até bem pouco tempo atrás poderíamos mudar o mundo; Quem roubou nossa coragem?'
Eu sinto que esse ano é um ano de conquistas- claro, se a gente levantar as nossas bundas sedentárias das cadeiras. Mudar o mundo é coisa muito grande, mas mudar o nosso próprio mundo é algo possível e nós duas bem sabemos.
E eu acho que agora,uma coisa que nos faria um bem danado seria cair na profissão. Ter a nossa independencia fazendo o que a gnete gosta. Mas quando nós chegarmos lá, teremos que fazer diferente.Ter a nossa consciencia de classe- jornalistas, uni-vos! hehehehe- e tentar trabalhar de uma maneira menos suja possível. Correr atrás dos nossos direitos. (Nada daquela coisa romantica de explorado e ganha mal em prol do intelecto). Vamos criar a nova realidade. Igual a estória do louco e a caixa de sapato.
Essa profissãozinha irritante que a gente escolheu, se for levada mais a sério(até por nós mesmos) e dada uma oportunidade pra gente que é novo, é capaz de mudar tanto o nosso mundo como o de quem está mais próximo.
Vamos continuar tentando, até conseguir.
É isso que penso. São esses meus pequenos grandes planos, mudar o meu mundo pra construir algo melhor. Começar a correr atrás das oportunidades e me jogar de cabeça na profissão. Foi isso que a gente escolheu minha cara Bia, e é jornalistas que nós vamos ser. Com um pouco mais de ética do que esse jornalismo que aí está, mas claro sem sermos bestas pra não morrer de fome.
Cara, é tão bonito isso. Essa energia positiva de bendizer o futuro e procurar mudar pra melhor é tão contagiante... Parabenizo todo mundo que pensa assim. Eu to no mesmo momento, clima de mergulho profundo nas buscas.
Abraço, parceira!
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