Raissa Lennon

Raissa Lennon
"siga seus próprios sonhos, porque ninguém pode viver o sonho do outro"

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O acordar do sonho da vida


Todas as imagens de você que me vem a cabeça são em momentos felizes, alegres. Lembro de você sacaneando com alguém ou com alguma coisa, brincando, se divertindo. Lembro-me de sua risada alta, seu tom de voz elevado. Das brincadeiras no colegial, dos vários drinks que brindamos juntos.
E até me esforcei, mas não consegui recordar nem por um momento sua feição de tristeza. Por duas vezes você apareceu em minha casa nos últimos tempos. Na primeira, eu acabava de chegar, estava cansada, acabava de chegar da Universidade, mesmo assim abri o portão pra você com muita alegria, e ficamos por horas conversando, relembrando um monte de coisas.  Pena que da outra vez, eu não estava em casa. Nossa, como eu queria ter estado em casa. 
É. Cada um lembra com muito carinho de sua presença, todos com recordações maravilhosas. É difícil falar alguma coisa, porque nenhum texto, palavra, ou qualquer notícia que tenha saído no jornal é capaz de expressar a dor de sua perda. É apenas uma forma de compartilhar esse sentimento 
tão amargo e cruel. Existe um poema antigo que diz "Ele não dorme, ele não morreu, apenas acordou do sonho da vida". E eu, e todas as pessoas que conviveram contigo, só tem a agradecer por ter vivido esse sonho ao seu lado, e compartilhado todos os momentos maravilhosos que você nos  proporcionou. 
É dessa forma que lembrarei de você, entre risos, piadas, e alegria...
Que Deus ilumine sua querida mãe, e dê forças para que ela possa superar esse momento.

Vai em paz, meu amigo. Amaremos você para sempre. 


Um comentário:

Bernard Freire disse...

Difícil imaginar alguém com que passamos bons momentos, nunca mais estará por perto para nos fazer rir das leseira da vida. Ela é estranha demais para entendermos o que acontece quando ficamos tristes ou alegres. O Fernando foi feliz, acredite nisso, não consigo lembrar dele em outra situação. Isso é bom porque me faz pensar que viveu intensamente.

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