Raissa Lennon

Raissa Lennon
"siga seus próprios sonhos, porque ninguém pode viver o sonho do outro"

segunda-feira, 26 de março de 2012

God


"Deus é um conceito pelo qual medimos nossa dor
Falarei de novo, 
Sempre me perguntei o que é Deus. E sempre quis saber o que é Deus
na opinião dos outros. Nunca tive uma resposta realmente precisa.
É claro, não há precisão na existência de Deus. Essa música de John,
é intrigante e linda. Muitas pessoas crentes, devem considera-lo um pecador
e anticristão. Mas não o levem a mal. John, não diz que não acredita em Deus.
Diz que ele é um conceito, e realmente é. Cada crença, e cada pessoa
tem um conceito do que seja Deus. O fato dele dizer que não acredita nos
próprios Beatles, passa uma mensagem muito maior.
John, anuncia: "Eu só acredito em mim, Yoko e eu".
 Ou seja, ele acreditava no amor. E o amor, é maior do que tudo.
E maior que que todos os ídolos do mundo, como Elvis, Dylan...
Ele diz, descrente que o sonho acabou. Que sonho? Talvez,
o sonho dos bealtes, que para ele se tornou uma ilusão.
Para mim, essa é a música mais madura de Lennon, porque é nela que
ele afirma que descobriu quem realmente é.
Todos os sonhos acabam. Ou podem se tornar realidade.
Mas mesmo assim, você tem que acreditar
em alguma coisa. E o que eu acredito? Acredito que o mundo
só vai ficar melhor quando as pessoas entenderem que nenhuma fé
é melhor do que a outra. Respeite. Eu tenho a minha. Você tem a sua.
E mesmo que você não tenha, acredite em alguma coisa.
 Deus? Para mim, Ele é uma árvore. A árvore da vida.
E que o amor é sim, maior que tudo. God is love.
Deus é um conceito pelo qual medimos nossa dor
Eu não acredito em mágica
Eu não acredito em I-ching
Eu não acredito em Bíblia
Eu não acredito em tarô
Eu não acredito em Hitler
Eu não acredito em Jesus
Eu não acredito em Kennedy
Eu não acredito em Buda
Eu não acredito em Mantra
Eu não acredito em Gita
Eu não acredito em Ioga                                                
Eu não acredito em reis
Eu não acredito em Elvis
Eu não acredito em Zimmerman
Eu não acredito em Beatles
Apenas acredito em mim, Yoko e eu
E essa é a realidade
O sonho acabou
O que posso dizer?
O sonho acabou
Ontem, eu era o tecedor de sonhos
Mas agora renasci.
Eu era a morsa,
Mas agora sou John.
Então queridos amigos,
Vocês precisam continuar
O sonho acabou"

John Lennon 

segunda-feira, 19 de março de 2012

TCzzzzzzzzzzzzz

Estou me sentindo num filme de  Alfred Hitchcock. Uma PSICOSE total por causa desse lance de Trabalho de Conclusão de Curso. Estou quase pra pedir penico, e olha que ainda é só o começo. Brincadeira à parte, o negócio é sério. Não sei quem foi que inventou que as pessoas deveriam produzir um livro antes de sair da universidade? Eu heim. 
Não, não, calma lá. Eu gosto de escrever, o problema é a obrigação. Se bem que se não fosse a obrigação talvez nunca escreveria um livro. 
O pior de se fazer um TCC, é se fazer um TCC em Comunicação Social, porque para o seu orientador você ainda não encontrou o "bendito" OBJETO de comunicação. Para o seu orientador, nada é objeto de comunicação. Aí você já passou três anos na universidade e descobre que ainda não sabe o que é COMUNICAÇÃO. Mas como minha amiga disse, "nem os teóricos descobriram ainda o que é  o objeto da comunicação, eu que tenho que descobrir?". 
Mas tudo isso faz parte do plano de piração estudantil. Você neura no vestibular, neura no TCC, neura para conseguir emprego, neura para conseguir mestrado... Antes de tudo isso, muitos já desistiram de viver. 
Na verdade, isso tudo é apenas um desabado de uma pessoinha insegura, que não acredita nas suas próprias capacidades intelectuais. Tenho raiva de gente que fica se gabando por aí sabe, mas as vezes que queria ter  um pouco mais de segurança e firmeza nas coisas. Não sei o que uma coisa tem a ver com a outra na frase anterior, mas tudo bem. O problema é que eu fui ser rebelde, era pra eu fazer psicologia como meus pais, aí ficava louca de vez, e pronto. Não que meus pais sejam loucos, é claro. 
Ah, mas eu estou de boa sabe, fazer TCC é tão legal...  

¬¬'

segunda-feira, 12 de março de 2012

Ela Faz Cinema


"Quando ela chora não sei se é dos olhos para fora, não sei do que ri
Eu não sei se ela agora está fora de si
Ou se é o estilo de uma grande dama
Quando me encara e desata os cabelos
Não sei se ela está mesmo aqui
Quando se joga na minha cama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é a tal
Sei que ela pode ser mil, mas não existe outra igual  
Quando ela mente não sei se ela deveras sente
O que mente para mim
Serei eu meramente mais um personagem efêmero da sua trama
Quando vestida de preto dá-me um beijo seco prevejo meu fim
E a cada vez que o perdão me clama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é demais
Talvez nem me queira bem porém faz um bem que ninguém me faz
Eu não sei se ela sabe o que fez
Quando fez o meu peito cantar outra vez
Quando ela jura não sei por que Deus ela jura que tem coração
e quando o meu coração se inflama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é assim
Nunca será de ninguém porém eu não sei viver sem e fim"


Ela Faz Cinema (Chico Buarque)

terça-feira, 6 de março de 2012

O expectador

Cena do filme - O artista (2012)
A tela. As imagens. O som. O silêncio. O vazio. O expectador olhando filme. Pára. Observa. Entra na história. Fica incrédulo. Esquece que está em uma sala escura. Esquece que está na sala da sua casa. As vezes sente raiva. Nojo. Medo. Ou então solta gargalhada. Sente tédio. Volta a realidade. E acha aquilo tudo super chato. Outras vezes se emociona. Chora. Lembra de alguém. Alguma coisa. Remete a um passado próximo ou distante. Lembra da infância. Se apaixona pelos personagens. Pelo angulo. Enquadramento de casa cena. Sente-se impotente.Come. Analisa. Ou não analisa nada. Ai, o cinema. A invenção do mundo moderno. A descoberta do século XX. A alienação ou a democratização da cultura? Ai o Cinema. Magia. Amor à primeira vista. Amor à primeira cena. 

Só grandes diretores, podem fazer grandes filmes. A prerrogativa pode parecer óbvia, mas é complexa. O francês Michel Hazanavicius acertou em cheio quando fez um filme que conta a história da transição do cinema mudo, para o cinema falado. Isso tudo, em um filme mudo e em preto e branco, na era da tecnologia avançada. E o que falar de Martin Scosese que resgata os primeiros passos da invenção do cinema? Em um filme com cenas lindas e todo em 3d.
Os dois grandes diretores fizeram ARTE. Mas isso talvez, não importasse, se os filmes em questão não emocionassem o expectador. O expectador também faz o cinema. Ele é o cinema. E um diretor tem que que de alguma forma tocar a alma do expectador. Esse filmes mostram que o que importa na verdade, é o talento. É pensar imagens. O que nos mostra que mesmo em um filme p&b pode ser muito interessante. Esse texto é uma homenagem à diretores tão maravilhosos, que fazem de nós, expectadores, seus discípulos. E nos encantam com sua magia e beleza.


Companheiros