Raissa Lennon

Raissa Lennon
"siga seus próprios sonhos, porque ninguém pode viver o sonho do outro"

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O fardo dos jornalistas de impresso

Os jornalistas de impresso levam um fardo nas costas. Estes muitas vezes não têm seu trabalho reconhecido, nem divulgado. Por muitos motivos, entre eles, falta de espaço no jornal para dar lugar a publicidade. Falta de organização das pautas. E o pior de todas as justificativas: suas matérias são cortadas por alguma espécie de proibição empresarial, ou para dar lugar a notícias não tão importantes, mas que serão divulgadas por causa de interesses pessoais, partidários, ou afins.
Quem trabalha no jornal impresso sabe do que eu estou falando. Mas quem é somente público não tem a compreensão plena que, como em qualquer outra profissão, nos jornais existem “cadeias produtivas”, e que isso é bem maior do que a boa vontade do repórter. Por estagiar em um jornal impresso, e estudar jornalismo, este blog bati muito nessa tecla da comunicação social. No entanto, acredito que o assunto deve interessar a sociedade em geral. Afinal, nossa produção afetará diretamente os leitores, ouvintes, internautas e telespectadores que recebem as notícias.
No post “Qual sua relação com o Círio?” eu comentei que faria parte das pessoas que cobririam a procissão, e mostrei toda minha excitação por isso. Mas, infelizmente, me decepcionei drasticamente com minha experiência. Por vários motivos, entre eles foi o que aconteceu na Romaria Rodoviária, que por falta de encaminhamento dos meus companheiros profissionais, fui “deixada” e largada a mercê da minha própria sorte, em Ananindeua de madrugada. Com a “cara-de-pau” que todo jornalista deve ter quando esta em apuros, consegui subir em uma caminhonete e acompanhar, em parte, a procissão.

Enfim, constrangimentos, desespero, e tudo isso para minha matéria ser resumida a dois parágrafos. Tudo bem. Cadeias produtivas, falta de espaço, e tudo mais. O pior é saber que esse tipo de coisa acontece em todos os jornais impressos. No domingo, dia do Círio, ocorreu tudo bem na minha solitária busca por informações e entrevistados. E, pasmem, minha matéria também não saiu no jornal. Porque? Não sei, fiquei tão triste que não quis nem perguntar para o meu chefe, mas sinto que ainda vou fazer isso. E tenho quase certeza da resposta: cadeias produtivas, falta de espaço e tudo mais. Ou será que minhas linhas foram pobres e inúteis? É uma alternativa. O velho fardo dos jornalistas de impresso. Ou será o velho fardo dos “pequenos” jornalistas de impresso. Fico pensando que se um dia eu for uma jornalista conceituada isso irá acontecer?

Eu sei que o Círio já passou, e estamos quase chegando no Recírio, mas como minha matéria não saiu em nenhum lugar, e esse é o único espaço que me resta. Peço que vocês meus queridos leitores, leiam o que escrevi sobre o Círio, só para acalentar o meu coração e me deixar feliz. Não que eu não esteja conformada, mas é só para saber que pelo menos alguma outra pessoa leu minha matéria, fruto do meu esforço ao sol de meio-dia. E também para honrar as pessoas que eu entrevistei e disse que sairia no jornal. A referida matéria esta abaixo desse post, é só olhar. Agradeço desde já.

5 comentários:

Eduardo Moura disse...

Na minha opinião , você é uma excelente jornalista... falo isso pq leio oq você escrevi... e me orgulho muito do seu trabalho.
TE AMO.

Raissa Lennon disse...

Amorr, você é suspeito pra falar. Mas agradeço mesmo assim... hehe te amo.

Gordo José disse...

eu tabém acho xD ... mas eu sou mais um que não conta...'-'
mesmo assim acredito em você.
abraços!

Iaci Gomes disse...

Uma pena não terem divulgado tua matéria :/ Realmente o jornalista de impressos sofre... E é exatamente o ramo que quero seguir --'
Enfim, beijos!

Raissa Lennon disse...

Eu também quero seguir.. mesmo com tudo isso. o0'

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