Raissa Lennon

Raissa Lennon
"siga seus próprios sonhos, porque ninguém pode viver o sonho do outro"

terça-feira, 28 de junho de 2011

Sonhos e a pior doença do amor

Quando sonho vejo demônios em minha volta. É algo de mim já, que tento me acostumar. Geralmente tenho pesadelos com a morte de pessoas que amo. Ou com minha própria morte. Certa vez, sonhei que me apunhalavam na barriga e saía muito sangue. Acho que devo está vendo muitos filmes do Robert Rodriguez e Quentin Tarantino.
Isso só não acontece quando estou ao lado dele. Quando estou ao seu lado, pode ser a pior cama do mundo, o pior lugar do mundo, mas sempre durmo bem. Não tenho pesadelos e nem sonhos,  e se tenho, não lembro. Apenas durmo como um anjo, como se deve dormir. Acho que me sinto protegida demais para sonhar com a minha própria morte. É como se nada pudesse me atingir. 
Uma insônia me persegue quando estou sozinha. Olho para o teto, para o Panda e para minha janela. Estou me acostumando mal, por estar sempre ao seu lado. Segundo o professor Benjamin Schianberg, a possessividade é a pior de todas as doenças do amor. É, estou lendo muito Marçal Aquino também. A ficção começa a se misturar com a realidade. 
As vezes acho que tenho medo da minha própria realidade. Isso deve acontecer com pessoas que amam demais. Meus pesadelos são apenas castigos a mim mesmo, por querer ser feliz. Será? Como uma altoflagelação. Independente dos sonhos, o melhor de tudo e poder abrir os olhos e ver que ele está ao meu lado, até quando está longe.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Junho

Chega de tristeza, já chegou o mês de Junho. Mês das festas juninas, do arraiá, da quadrilha. Mês do bolo de fubá, mingau de milho, vatapá. Mês também do amor, dia dos namorados no Brasil (antes nem me importava com isso, mas agora até que faz sentido). Mês das festividades dos santos populares: São João, Santo Antônio e São Pedro. Mês de Arrastão do Pavulagem em Belém. Todo mundo dançando, pulando, brincando. E o sol escaldando na cabeça revestida de chapéu com fitas. Os pernaltas fazem a festa, e o boi enfeita a multidão com seu colorido esfuziante.

Junho é o meu mês. 21 é meu aniversário. Todos que nascem nessa época carregam consigo o carma da festa junina. Não tem escapatória, mas é bom de qualquer forma. Junho é o mês que a lua está transitando na casa astrológica de Gêmeos e Cancêr. Pessoas espivitadas nascem nesse período, como eu, mas são gente boas, é o que importa.


;)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Tempo fechado

Meu coração em mil pedaços
Todas as acusações pousam em meu pensamento
Retardei minha beleza e minha alegria por mais algum tempo

Meu coração em mil pedaços
Você poderia ser menos cruel
E perdoar a minha estupidez
Tenho orgulho também ferido, amigo
Mas perdoaria você por muito mais

A indiferença me mata aos poucos
E me sinto um monstro
Tudo está tão calmo, menos em meu coração...
despedaçado

Uma multidão em minha volta
e sinto-me sozinha ainda
Tantas brigas, tantos gritos e lágrimas
que já estou sem forças para consertar o que passou
Nada pode mudar, nos resta o que ficou

Eu poderia fugir, poderia sumir, poderia fingir
que tudo está tão bem
Mas vou continuar amando você,
amando você, amando você
O mesmo amor que ainda me salva da tediosa rotina,
do tempo fechado pra mim

Meu coração em mil pedaços
Já que não consigo falar,
escrever seria sensato
pedaços, fechado, a salvo
Recortes de tristeza, flashes de alegria
penetram minha mente aberta

Já fiz o que pude
Mas toda a culpa da mundo não cabe em minhas costas
A distancia dói mais que uma ferida aberta

Meu coração em mil pedaços
Só quero juntar os cacos
e ficar bem com todos que amo.

domingo, 12 de junho de 2011

Canção de amor

Hoje é dia dos namorados. Em homenagem ao meu amor (Eduardo), eu dedico a Canção do amor do The Cure para ele. Meu amor, por mais que eu chore ou fique triste, por mais que mágoas atinjam meu coração atordoado, eu digo "I will always love you".

Lovesong (The Cure)

Sempre que estou sozinho com você
Você me faz sentir
em casa novamente
Sempre que estou sozinho com você
Você me faz sentir completo novamente

Sempre que estou sozinho com você
Você me faz sentir jovem novamente
Sempre que estou sozinho com você
Você me faz sentir alegre novamente

Por mais longe que esteja
Eu sempre vou amar você
Por mais distante que eu fique
Eu vou sempre amar você
Qualquer palavra que eu fale
Eu vou sempre amar você
Eu vou sempre amar você

Sempre que estou sozinho com você
Você me faz sentir livre novamente
Sempre que estou sozinho com você
Você me faz sentir limpo novamente

'Feliz dia dos nomorados para todos os enamorados apaixonados, e para todos os que procuram inquietos um amor ideal... Nunca é tarde para amar...'


Musica Lovesong Acustico. The Cure

domingo, 5 de junho de 2011

O show da sua vida

Era uma vez um show e um monte de pessoas para assistir o show. Mas, não era qualquer show. Era o show de sua banda favorita. Era "A banda". Algumas pessoas que não entendem a importância de ir a um show. Só quem gosta de música sabe, que um show, pode significar uma infinidade de coisas, e que por trás das músicas nos remetem lembranças, sentimentos, amor, saudade, entre outras emoções. Cada melodia, cada harmonia, cada rife de guitarra causam sensações inexplicáveis, que só a pessoa pode entender. Quando o show é de seu artista preferido, aí a situação fica mais louca. Significa êxtase total, orgasmos múltiplos, final de campeonato, domingo de sol, significa ainda mais... significa lágrimas de emoção.

Digo isso, porque esses tempos tenho ido a muitos shows, e é impressionante perceber a emoção das pessoas e a peculiaridade de cada ambiente. A única coisa que não muda é realmente os fãs, que expressam toda sua identidade, toda sua paixão, ali naquelas horas de show. De tantos que eu fui esse ano, sem dúvidas o que mais me emocionei foi o do Camelo (Marcelo). Na verdade, foi o que mais me emocionou na vida, nem nos show do Los Hermanos - que é a minha banda preferida - fiquei tão "tocada" assim. Nem no show do Iron Maiden que é internacional - e foi incrível - fiquei tão "tola" assim (Como meu amigo Gordo ficou, né amigo?).

Na verdade é que por uma série de situações, ontem me emocionei de verdade. Talvez, minha alma estivesse frágil por questões da vida, e aquele show significava, o descanso da minha alma, uma alegria única, um calmante. Só dele (Camelo) entrar no palco, chorei. Fiquei lembrando dos Hermanos, que (parece-me) acabou, fiquei lembrando do meu irmão que começou a ouvir aquele som junto comigo, fiquei pensando no Eduardo (que nem gosta tanto, mas tava ali ao meu lado), e fiquei sentindo...aquelas melodias tocarem minha pele.

"Tudo que você quiser tempo de recomeçar, solidão eu já vivi na cidade que não volta". Logo nas primeiras canções, ele tocou as que eu mais gostava. Ele poderia terminar o show que pra mim já estava bom. Só que ainda tinha muito mais, tinha "Copacabana", tinha "Doce solidão" e pra fechar com chave de ouro tinha "Além do que se vê", nessa todos cantaram em coro "Moça olha só o que eu te escrevi é preciso força pra sonhar e perceber, que a estrada vai além do que se vê".

Para terminar, vou contar um causo. Era uma vez um garota que foi em mais uma sexta-feira, para o mesmo lugar de sempre, dançar com os mesmos amigos de sempre, ouvir as mesmas coisas de sempre. Nessa, ela encontra um cara que ela estava sacando a um tempo e eles vão dançar. Nessa que eles vão dançar, justamente naquele momento toca uma música que dizia assim "vermelhos são seus beijos, quase que me queimam e meigos são seus olhos, lânguida face...". E isso marcou pra sempre o coração dos dois, e a foto aí em cima, é no show da mulher que canta essa música, Vanessa da Mata. Show tão bonito quanto suas canções de amor, que provavelmente marcam tantos casais apaixonados.

Um show, então deve ser isso, a história passando diante dos olhos.

Companheiros