Raissa Lennon

Raissa Lennon
"siga seus próprios sonhos, porque ninguém pode viver o sonho do outro"

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ciúme

Você só conhece direito a sua personalidade e o jeito que você se comporta depois que você gosta realmente de uma pessoa. Os sentimentos são capazes de guiar suas atitudes de maneira irracional. A paixão é desgraçada. Ela é capaz de te enlouquecer e você será capaz de fazer coisas que nunca imaginou.

Um dos sintomas da paixão é o ciúme da pessoa amada. Quem ama também sente ciúmes, é diretamente proporcional. Difícil imaginar alguém que nunca sentiu aquela físgada de ciúme por uma pessoa. A diferença é a intensidade e o modo como essa reação vai aparecer.

Em linhas gerais, para a psicologia o ciúme está no âmbito da fantasia, imaginação, que se confunde com sentimentos imprecisos e vagos. O ciúme patológico é mais grave, está relacionado a uma dependência afetiva ao parceiro. É o desejo do controle total sobre os sentimentos e comportamentos do outro. O indivíduo necessita da verificação frenquente de suas dúvidas em relação a supostas traições, e nos mais graves casos, a pessoa pode sofrer de delírios e obsessões.

Eu sofro com esse mal. Não chega a ser patológico, mas sofro. E para mim, não é fácil admitir isso. Tenho ciúme não só do meu namorado, mas também de amigos. A diferença é que com ele, eu demonstro, com meus amigos, não. A verdade é uma só: ninguém tem o direito de decidir com quem você conversa, com quem você sai, com quem você fala. Mas em um namoro existe uma espécie de contrato invisível que muda certas atitudes que você não costumava ter antes. Desse modo, você acaba tentando evitar determinadas coisas, que podem provocar ciúme no outro.

No meu caso, o ciúme está relacionado à “atenção” do outro e não à “traição”. Espero não me arrepender do que vou escrever agora (tenho certeza que não), mas confio extremamente na fidelidade do meu parceiro. Então, por que sentir ciúmes? Ele pergunta com frequência. Porque eu simplesmente quero que sua atenção se volte para mim, mais do que para as outras pessoas, o que obviamente, nem sempre isso é possível.

Ciúme é bom em determinadas situações, é uma demonstração de afeto, de saber que tem alguém ali que não quer perder você para outra pessoa. Mas quando as brigas começam a se tornar frequente por isso, aí o controle é importante.

Acho que a melhor coisa é não tentar ficar escondendo o problema, você tem que se conhecer. Eu tenho uma certeza: sou uma pessoa difícil de lidar, que cobra muito do si mesma, e do outro. Isso é bom? Não. O legal mesmo é mudar. É difícil, mas necessário. E isso tem que ser uma meta. Afinal, o ciúme excessivo não é ruim só pra o outro, é ruim para você também. Desgasta a relação e provoca brigas infantis. Se o seu parceiro(a) for legal o suficiente para entender isso, compreender e relevar certos ataques. É mais legal ainda.



A música do Ultraje a Rigor é irreverente e fala de uma maneira sincera de alguém que sofre por ciúmes. E do quanto é difícil para o personagem não sentir ciúmes..


"Eu quero levar uma vida moderninha
Deixar minha menininha sair sozinha
Não ser machista e não bancar o possessivo
Ser mais seguro e não ser tão impulsivo
Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme
Meu bem me deixa sempre muito à vontade
Ela me diz que é muito bom ter liberdade
Que não há mal nenhum em ter outra amizade
E que brigar por isso é muita crueldade
Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme
Eu quero levar uma vida moderninha
Deixar minha menininha sair sozinha
Não ser machista e não bancar o possessivo
Ser mais seguro e não ser tão impulsivo
Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme
Eu me mordo, eu me rasgo, eu me acabo
Eu falo bobagem, eu faço bobagem, eu dou vexame
Eu faço, eu sigo, eu faço cenas de amor
Ciúme, ciúme, eu me mordo..."


(Ciúmes - Ultraje a Rigor)

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