sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
O ano da Lua
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Feliz Natal
Feliz Natal para os filhos.
Feliz Natal para os pais.
Feliz Natal para os tios, primos, avós, netos...
Feliz Natal para os namorados, para os solteiros,
para a cunhada, para a nora, para a sogra...
Feliz Natal para os carentes, para os doentes, para os decentes...
Feliz Natal para os tuiteiros, para os nerds, para os gordos e magros, para os bonitos e feios e para os cheios de graça.
Feliz Natal para os que acreditam, para os descrentes, para os crentes...
Feliz Natal para os baixinhos, para os altos, para os modestos, e para todos os sexos.
Feliz Natal para os bis, trans, homo, heteros, e para todo o resto.
Feliz Natal para as crianças, para os adultos, para os cultos, e também para os ignorantes.
Feliz natal para o pessoal da empresa, da redação, da escola, da bola, da praia. E um ótimo Natal para a galera do bar.
Feliz Natal para os Junkes, para os punk's e para os pop's.
Feliz Natal para mim e para você, que lê este blog.
E para você que não lê também.
;*
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Esboço da desilusão poética
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Sobre consumo
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Ócio
domingo, 11 de dezembro de 2011
AMAR
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho,
e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor à procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa, amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.
(Carlos Drummond de Andrade)
Em homenagam ao meu aniversário de namoro com o Eduardo... Destinado a todos os que assim como eu, amam loucamente alguém... E para aqueles que apreciam a beleza da poesia do Drummond....
Combate
Já "Gangues de Nova York" (Martin Scorsese; 2002; EUA), é um filme para quem tem nervos de aço. Eu assistir esse filme há muito tempo, mas lembro que tinha muito sangue e violência. Conta a história do jovem Amsterdam, interpretado por Leonardo DiCaprio, que quer se vingar do assassino de seu pai, que é lider de uma gangue em plena Nova York de 1840. E "Hooligans" (Lexi Alexander; 2005; EUA/Inglaterra), mostra a realidade dos hooligans na Inglaterra, o que nós chamamos no Brasil de torcida organizada. Nelas, são travadas brigas violentissímas contra os torcedores do time oposto.
Sobre a luta de ontem, meus amigos ficaram falando que o Lyoto é um perdedor e deveria se aposentar. Não acredito nisso. É fácil falar contra ele depois de uma derrota. Mas ele já venceu lutas importantes. E perder faz parte da vida e da história de qualquer profissional. Já vi algumas entrevistas do Machida e o considero um lutador diferenciado, simples e humilde. Sua forma de falar contradiz completamente com o que ele faz como profissão. Eu me sinto feliz por atletas paraenses (mesmo ele tendo nascido da Bahia, se considera paraense) como Lyoto Machida de destacarem em âmbito mundial. Acho que todos deveriam sentir isso.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
E ainda assim, você gosta de mim
Eu poderia não pensar mais em nada,
Absolutamente nada, que me faça chorar
Eu sei que depois vai ficar tudo bem
Eu sei que depois vamos esquecer tudo
Temos a capacidade de fazer isso
Como quem tem a capacidade de sofrer e cantar
Mas nada, absolutamente nada é mais doloroso do que ouvir você gritar
Todas as desculpas vão ser aceitas, mesmo que todo o mundo veja o quanto a gente se odiou por um momento
Senti vergonha de tudo que passamos,
Mesmo que tenha sido passageiro
Toda a dor que senti por horas
Perdida na noite como um gato abandonado e sombrio
Você conseguiu suprir a minha carência
As minhas desculpas, as suas desculpas
De quem é a culpa?
Por toda a histeria e brigas que tivemos
Que não tem sentido algum
Poderíamos sentir rancor por uma vida inteira
Mas o que adiantaria. O que seria de nós?
Nada é mais doloroso do que ouvir você gritar
E ver o seu olhar de ódio por alguns segundos destinados a mim
Eu poderia evitar. Você poderia evitar.
O tempo que perdemos com ofensas e maus-tratos não volta mais
Não é só um cordão quebrado, uma aliança quebrada
Tudo mais é quebrado em nós
E quando a gente conseguir juntar os cacos
Nada é melhor que ouvir você confessar - que ainda assim – você gosta de mim.
Promessas de fim de ano
2. Prometo que nunca mais farei trabalhos em cima da hora, nem na hora, nem perto da hora.
3. Estudar mais, ler mais e virar nerd.
4. Prometo ser uma pessoa mais calma, e não me estressar com coisas pequenas. Um yoga cai bem.
5. Prometo que vou conhecer um lugar diferente.
6. Beber menos e praticar hábitos saudáveis.
7. Vou exercer práticas filantrópicas.
8. Vou ser a/o melhor no meu trabalho.
9. Vou mudar o corte de cabelo.
10. Prometo que no próximo ano não vou prometer mais nada, que não posso cumprir.
;*
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Ciúme
A música do Ultraje a Rigor é irreverente e fala de uma maneira sincera de alguém que sofre por ciúmes. E do quanto é difícil para o personagem não sentir ciúmes..
"Eu quero levar uma vida moderninha
Deixar minha menininha sair sozinha
Não ser machista e não bancar o possessivo
Ser mais seguro e não ser tão impulsivo
Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme
Meu bem me deixa sempre muito à vontade
Ela me diz que é muito bom ter liberdade
Que não há mal nenhum em ter outra amizade
E que brigar por isso é muita crueldade
Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme
Eu quero levar uma vida moderninha
Deixar minha menininha sair sozinha
Não ser machista e não bancar o possessivo
Ser mais seguro e não ser tão impulsivo
Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme
Eu me mordo, eu me rasgo, eu me acabo
Eu falo bobagem, eu faço bobagem, eu dou vexame
Eu faço, eu sigo, eu faço cenas de amor
Ciúme, ciúme, eu me mordo..."
(Ciúmes - Ultraje a Rigor)
Currículo (não) vital
Tenho um namorado da minha idade chamado Eduardo, que cursa psicologia na Unama também, e é do signo de touro. Segundo o zodíaco, câncer e touro são os signos mais complementares de todo o mundo astral - não sei se é por isso - mas nos damos muito bem. Ele não acredita em signos.
Objetivo
Assisti a maior quantidade de filmes que eu conseguir, comprar a coleção de discos do The Smiths, e antes de morrer conseguir terminar de ler O mundo de Sofia.
Formação
Uma quase jornalista. O que não significa muita coisa.
Experiência
Li toda a saga de Harry Potter.
Tenho um blog há três anos. Mas não fiquei famosa e nem ganhei dinheiro com isso.
Atividades
Fiz teatro no Curro Velho e umas oficinas de cinema.
Tenho uma coleção de cartões de vários tipos, e comecei também a colecionar aquelas bolinhas de máquinha de shopping.
PS- Meu sonho é comprar uma bicicleta e ir a todos os lugares sobre as duas rodas.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
O filme além da tela
Insulto d'alma
Uma raiva chegando ao ódio
Um monstro.
Uma tristeza mortal
Um olhar vermelho de choro
Quando você enlouquecer,
só você conseguirá
sair da cova
Nada importa mais,
do que o que
você sente por você mesma...
Um turbilhão de pensamentos que veio a cabeça agora
Todas as tensões, discussões e justificativas pairam na minha mente aberta
Do nada imaginei-me em cima do palco, tocando para um milhão de pessoas
Irônico como as ideias mais desconexas aparecem nos momentos mais inoportunos
Queria simplesmente parar de fazer tudo o que eu estou fazendo agora
Parar absolutamente tudo.
E começar de novo, de novo e de novo. Será que dá pra começar de novo?
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Alegria, alegria (Caetano Veloso)
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro, eu vou...
O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas, eu vou...
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot...
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia, eu vou...
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos, eu vou
Por que não, por que não...
Ela pensa em casamento, e eu nunca mais fui à escola
Sem lenço e sem documento, eu vou...
Eu tomo uma coca-cola, ela pensa em casamento
E uma canção me consola, eu vou...
Por entre fotos e nomes, sem livros e sem fuzil
Sem fome, sem telefone, no coração do Brasil...
Ela nem sabe até pensei, em cantar na televisão
O sol é tão bonito, eu vou...
Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou... Por que não, por que não...
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Amor à primeira lida
Analisei quase que semioticamente cada elemento dela. Primeiro o título me deixou bastante intrigada: “Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios”. Na hora, imaginei alguém que poderia passar pelas piores coisas do mundo por amor. Depois soube que eu estava certa, e que o título definia todo o livro. Depois olhei atentamente a ilustração da capa, uma foto de pernas femininas, com uma máquina fotográfica ao lado. Adorei, já que adoro fotografia.
Entrei na loja e a primeira coisa que perguntei para atendente foi “posso olhar aquele livro ali”. Autor: Marçal Aquino. Nunca tinha ouvido falar. Li um pouco sobre ele, depois sobre a história do livro, que se passava em um interior do Estado do Pará. Pronto. Faltava muito pouco para eu adquirir a obra.
Eis que leio a contracapa do livro, com o seguinte texto:
Falei que estava planejando ir embora. Lavínia gritou do chuveiro:
O que você disse?
Pra onde?
Não sei ainda. Talvez eu volte para São Paulo.
Lavínia passou o sabonete entre as pernas, levantou um monte de espuma. E sonho.
O que foi, bateu saudade de casa?
Não posso ficar aqui pra sempre, tenho que dar um jeito na minha vida.
Ela guiou o jato do chuveirinho para o púbis. Desfez a espuma, não o sonho.
Fiquei encantada de cara. Na verdade, primeiro pensei uma besteira “esse livro deve falar de sexo, então, deve ser bom”. De fato falava, mas o sexo é apenas um detalhe em meio à obra maravilhosa cheia de encanto, suspense, romance, paixão e violência.
;*
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
De mudança
(http://www.jornalismoantideleterio.blogspot.com/)
Por que mudar?
Durante muito tempo me sentir parada na vida, estacionada no mundo, sabe? Fazendo as mesmas coisas, indo para os mesmo lugares e irritando-me com facilidade por tudo. Há muito tempo sentia necessidade de mudar, já estava mais do que na hora. Eu queria me sentir viva de novo. Acho que as vezes nos sentimos assim, não é? Enfim, no final de setembro para o mês de outubro, comecei a dar novos rumos para minha vida. Me demiti do meu emprego, que já não estava me satisfazendo há um bom tempo. Troquei meu emprego por um estágio,- não me arrependo nem um pouco, tem coisas que só a gente entende - escrevi um texto para o jornal da Universidade, doei sangue, comprei uma gaita e comecei a fazer boxe (já parei, mas pretendo voltar, tenho sérios problemas com exercício fisico). Ah esqueci de falar, me filiei a um partido político (Psol), me sentir muito feliz, acho que vou contribuir mais para a sociedade. Enfim, pequenas e grandes transformações que me fizeram sentir melhor e mais produtiva do que antes. Espero contar com a compreensão de vocês que - de vez em quando - olham o que essa pobre estudante escreve.
Novo blogue
Outra coisa que sempre tive vontade de ter era um blogue específico para falar de comunicação e cultura, finalmente tomei coragem e criei o "Jornalismo Anti-deletério". O blogue é apenas uma visão de uma jornalista iniciante, sobre vários assuntos envolvendo o jornalismo, artes, novas mídias etc. Quem quiser pode escrever também para o blogue, eu ia adorar contar com a ajuda de vocês. É só enviar seu texto para o email lennonraissa@gmail.com
Então, convido a todos para visitar, escrever, comentar ou falar alguma coisa do blogue: http://www.jornalismoantideleterio.blogspot.com/
;*
domingo, 4 de setembro de 2011
Sobre chorar
Alguns mais, outros menos, mas a verdade é que todos já choraram por alguma razão.
Pessoas emotivas, como eu, choram constantemente. É como se fosse um ato de descarregar algum sentimento incontrolável. Desde a infância, sempre chorei muito, infelizmente, pois odeio isso. É como uma fraqueza, uma fragilidade que é maior do que nós. No entanto, chorar não é sinônimo de fraqueza.
As vezes é bom chorar. Quando sofremos, essa é a melhor forma de extravasar a amargura do nosso coração. Imagino pessoas que tenham dificuldades para chorar, devem guardar mágoas eternas dentro de si, ressentimentos e tristezas.
Chorar é demonstrar emoção. Tem músicas, por exemplo, que o choro é inevitável de tão belas. Filmes que de tão tocantes a emoção é certa. Chorar ao ler uma linda cata de amor dedicada a você. Chorar com palavras de afeto. Chorar por conta da realização de um sonho. Chorar por causa de "eu te amo", faz sem dúvidas a vida florescer a nossa volta.
Claro que, quando o choro é de amargura dói, dói muito. Já chorei até meus olhos ficarem inchados e vermelhos. Chorei que quase alaga a cidade inteira. Mas depois passa, e nasce um novo dia. E a gente pensa que a vida é isso mesmo. A história é lavar o rosto, enxugar as lágrimas e seguir em frente.
domingo, 21 de agosto de 2011
Contudo, amo você
terça-feira, 28 de junho de 2011
Sonhos e a pior doença do amor
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Junho
;)
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Tempo fechado
Todas as acusações pousam em meu pensamento
Retardei minha beleza e minha alegria por mais algum tempo
Meu coração em mil pedaços
Você poderia ser menos cruel
E perdoar a minha estupidez
Tenho orgulho também ferido, amigo
Mas perdoaria você por muito mais
A indiferença me mata aos poucos
E me sinto um monstro
Tudo está tão calmo, menos em meu coração...
despedaçado
Uma multidão em minha volta
e sinto-me sozinha ainda
Tantas brigas, tantos gritos e lágrimas
que já estou sem forças para consertar o que passou
Nada pode mudar, nos resta o que ficou
Eu poderia fugir, poderia sumir, poderia fingir
que tudo está tão bem
Mas vou continuar amando você,
amando você, amando você
O mesmo amor que ainda me salva da tediosa rotina,
do tempo fechado pra mim
Meu coração em mil pedaços
Já que não consigo falar,
escrever seria sensato
pedaços, fechado, a salvo
Recortes de tristeza, flashes de alegria
penetram minha mente aberta
Já fiz o que pude
Mas toda a culpa da mundo não cabe em minhas costas
A distancia dói mais que uma ferida aberta
Meu coração em mil pedaços
Só quero juntar os cacos
e ficar bem com todos que amo.
domingo, 12 de junho de 2011
Canção de amor
Sempre que estou sozinho com você
Você me faz sentir
em casa novamente
Sempre que estou sozinho com você
Você me faz sentir completo novamente
Sempre que estou sozinho com você
Você me faz sentir jovem novamente
Sempre que estou sozinho com você
Você me faz sentir alegre novamente
Por mais longe que esteja
Eu sempre vou amar você
Por mais distante que eu fique
Eu vou sempre amar você
Qualquer palavra que eu fale
Eu vou sempre amar você
Eu vou sempre amar você
Sempre que estou sozinho com você
Você me faz sentir livre novamente
Sempre que estou sozinho com você
Você me faz sentir limpo novamente
domingo, 5 de junho de 2011
O show da sua vida
domingo, 22 de maio de 2011
Ser professor
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Para Sempre Los Hermanos
Com talento de sobra e fazendo um som bem mais soft, do que as pegadas um pouco diferente dos Hermanos, Camelo, acaba de lançar seu 2º álbum em carreira solo: Toque Dela. O 1º chamado “Sou” foi gravado em novembro de 2007. Já Rodrigo Amarante, depois do término, se juntou com um monte de artista talentoso, e dedicou-se a Orquestra Imperial, banda que regravou clássicos do samba brasileiro. Depois, surpreendeu mais uma vez, unindo-se ao baterista dos Strokes, Fabrizio Moretti, e a namorada dele, Binki Shapiro para formar o Little Joy.
Com pegadas de surfsusic e do rock undergroud, o único disco que eles lançaram, foi bem aceito pela crítica e pelos fãs. Os outros barbudos, o tecladista Bruno Medina e o baterista Rodrigo Barba estão sempre ligados ao mundo alternativo da música, e continuam produzindo coisas novas.
Contudo, a verdade é uma só: os fãs de Los Hermanos vivem do saudosismo. Continuam atrelados aos velhos sucessos da banda “Último romance”; “A flor”; “O velho e o moço”; “Sentimental”, e várias outras canções. E a banda (ou ex-banda, ou ainda pode ser uma banda), de vez em quando dá um agradinho aos fãs. A mais expressiva foi quando abriram o show do Radiohead no Brasil, em março de 2009, no Rio de Janeiro.
Fenômeno
É difícil entender o fenômeno hermanístico, criou-se uma legião de pessoas que defendem com unhas e dentes a banda. Pois, para eles esse foi o único grupo musical do final dos anos 90 que trouxe uma cara nova ao rock nacional. Talvez, desde Legião Urbana não se via fãs tão fervorosos no Brasil. Mas, os barbas grandes têm uma diferença: assim como se vê o fanatismo, se vê também o descrédito. É tipo aquela história do “ame ou deixe”, ou gosta muito, ou odeia, sem meio termo.
É provável que isso aconteça por causa da peculiaridade do som. A voz rouca, quase de porre, do Amarante, que contrasta com a voz mais melodiosa do Camelo. Os metais (trompete, saxofone), utilizados com uma linha mais melódica nas músicas. As letras cheias de metáforas, com um romantismo exacerbado, por vezes sofrido.
Também é difícil definir ao certo o estilo da banda. “Los Hermanos”; “Bloco do eu sozinho”; “Ventura” e “4”, foram seus quatro CDs de estúdio, e cada um com uma linha musical diferente, uma mistura de MPB, samba, rock, e nos primeiros álbuns uma pitada de hardcore. No entanto, definições não importam nem para os músicos nem para os fãs dos Hermanos.
O que importa é mesmo o extasse ao ouvir aqueles velhos versos “... até quem me vê lendo o jornal, na fila do pão, sabe que eu te encontrei...”; ou a batida forte do “quem sabe o que é ter e perder alguém sente a dor que eu sentir”; ou até mesmo a tão discriminada, coitada “Oh Ana Júlia....” ; que por sinal foi regravada pelo ex-beatle George Harrison.
Posso até está sendo hiperbólica, mas para milhares de fãs, Los Hermanos, marcaram uma geração. Uma geração que ansiava, e ainda ânsia, por ídolos. Uma geração que vive ouvindo os discos de seus pais dos anos 60, e contraditoriamente, baixando álbuns de bandas independentes. Uma geração que viveu intensamente a época dos Hermanos. E ainda vive. Pessoas que provavelmente viverão a época Los Hermanos - com eles voltando ou não - para sempre.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Lamentos da alma
Todo dia acorda querendo fazer algo diferente e acaba fazendo tudo igual.
Vai para o mesmo lugar todas as tardes fazer a mesma coisa.
Pega na mesma hora qualquer ônibus lotado para ir pra faculdade.
Odeia ônibus lotado e odeia a faculdade.
Mas odeia a faculdade, apenas, por ter que pegar ônibus lotado pra chegar até ela.
Já está cansado de ter que ir pra lá todos os dias.
Só tem vontade de estudar alguma coisa de música e cinema.
Mas não tem mais ânimo pra fazer nada voltado para arte.
Porque nunca tem tempo para nada,
Já que está sempre fazendo o que não lhe dá prazer.
Está fazendo coisas apenas por dinheiro, o que era antes impensável para ele.
Odeia o dinheiro, porque o dinheiro é a causa de mortes,
desastres, dores, destruição e injustiça da humanidade.
E é a causa de fazermos o que não nós dá prazer, apenas para conseguir ele.
Mas precisa do dinheiro, justamente para não pensar em nada disso.
Adora dormir, mas odeio seus sonhos, que são sempre pesadelos,
É raro dormir e sonhar com coisa boa.
Precisa mudar de vida, e faz tudo para que isso aconteça.
Mas até agora, nada aconteceu.
Já cansou de perder, por isso, parou de tentar.
Mas sonha, sonha muito, quando voltar a tentar de novo.
Espera conseguir algo de bom.
(fim)
domingo, 24 de abril de 2011
Para você
Apenas, não se sinta triste por ter poucos amigos,
o que realmente importa é se eles são verdadeiros.
Ei, não me venha com essa velha marmota de sempre,
de que você é assim.
Ninguém nasce pra sofrer ou ser infeliz.
Você sabe que não eis a única,
a sentir medo, a se sentir sozinha ou sofrer por amor.
A diferença é a forma que as pessoas superam a dor.
Ei amigo, pare com isso.
Veja o sol e o futuro ao seu alcance.
Sinta o gosto daquela velha bebida gelada,
e veja que nada se tem a perder, somente a ganhar.
Ei amigo! Há quanto tempo te vejo chorar?
Suas lágrimas já não fazem sentido.
Da pra ver no seu olhar que queres liberdade pra sonhar.
Ei, a capa da infelicidade já não cabe mais...
Mas, só você irá saber o que fazer pra superar
a dor de seu próprio "ser".
"Meu amigo, o que você tem? Precisa sair para ver uns amigos, largar um pouco o seu computador, ir lá fora pra ver o calor do sol. E lá fora, talvez, novo amor possa te alegrar. Meu amigo, o que você tem? Eu já vivi também, é típico dessa cidade, mas a alegria é melhor do que a felicidade e a amizade, mais simples que amor. Meu amigo, está tudo bem, o que você sente outros sentem também. Mas hoje o dia, é melhor não sair na cidade pra ver o carnaval que chegou, que chegou..." StereoScope.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
365 dias
Não é fácil consolidar o amor. Ele Nasce como um bebê, desprotegido, frágil, sem anticorpos. Aos poucos começa a engatinhar, pronunciar suas primeiras palavras, andar, e etc. No caso do amor ele começa com "eu te adoro", "gosto de estar contigo", e assim vai caminhando... As dúvidas afloram nossa mente confusa. Será que vai dar certo? Como devo agir? Digamos que se a conquista é a criança, o amor é o adulto, a paixão é a adolescencia transviada, completamente impulsiva, dona de si, e rebelde sem causa. Beija, abraça, rompe barreiras, faz carícias, consome o outro. Até vim o "eu te amo" muitas águas já rolaram. Quando é dito com sinceridade é a melhor coisa do mundo, se não é sincero é ilusão, que só o tempo irá curar. No meu caso todas as vezes foram marcadas com respeito e carinho, muito carinho. Talvez por isso, ficou fácil saber o que era certo fazer: entregar-se por completo ao amor. Não vou dizer que é fácil amar, ao contrário, é difícil e complexo, como a própria vida. É um trabalho diário de atenção, compreensão, afeto, convivência e uma infinidade de coisas. Mas como dizia Fernando Pessoa: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena".
Alianças: foto acima feita na Casa das 11 Janelas.
Obs- Em homenagem aos 365 dias que passamos juntos. Teamo
Coisas de principiante
Chamou o namorado para acompanha-la, seria pior se estivesse sozinha. Primeiro passo é tirar da garagem, caramba o carro ainda estava torto. Desce o freio de mão, marcha ré, acelera devagar e vai... "Ufa! passou raspando, agora é mole, só andar". Pisa na embreagem, primeira marcha, acelera devagar, tira o pé da embreagem, coloca de novo, segunda marcha e vai.. "Ah moleza, não sei porque eu fico com medo", aliviou-se.
Olhos vidrados no trânsito, duas mãos no volante, coluna reta. Posição de quem tá começando a dirigir. Entrou na Avenida Independência, carros por todos os lados, ônibus, bicicleta. "Ai, meu Deus, me ajuda", tremeu a pobre menina. No meio da Avenida, se enrolou na marcha, a primeira não foi, já era, morreu o carro. Buzina de todos os lados, tremor, respira, volta, liga o carro, embreagem, primeira marcha, acelera e vai. Pronto. "Calma, nada de mais, vai dar certo". Duque, Unama da Alcindo Cacela, pra deixar o namorado. "Calma, que se tá nervosa, fica tranquila", disse o garoto tentando acalma-la.
Agora era ela e o carro, o carro e ela, sozinhos, sem ninguém pra ajudar. Era só descer a Alcindo Cacela, dobrar na José Malcher que chegava ao trabalho. Pois é, não viu a José Malcher e passou direto. "Merda, que rua é essa, já passei muito.. hum.. Caripunas? Meu Deus como sai daqui?" Pior do que ser motorista iniciante, é ser motorista iniciante que não sabe nada de rua, e não tem senso de direção. Dobrou a esquerda, foi por uma rua que nem lembra o nome, parou no sinal. "Ei flanelina, a José Malcher é a próxima?", perguntou. "Sem ser nessa na outra, minha senhora", informou.
Chega ao trabalho, entra com tudo na garagem do trabalho, e estaciona de uma forma deprimente. "É melhor tu ajeitar isso daí, vai ficar ruim pro outro carro sair", diz o porteiro. " Ai meu Deus que sufoco, pra mim tava bom", pensou com raiva. Fica uns 10 minutos tentando estacionar direito, não ficou direito, mais bem melhor que antes.
Resolveu, então, pedir ajuda.
"Pai, o senhor não que vim pegar o carro da mamãe aqui, eu prefiro ir de ônibus pra Unama, não quero pegar a rotatoria..."
"Não, tô no trabalho... tutututu.."
"Amor, vem pra cá pro trabalho, me pegar, preciso de companhia, pra chegar em casa, não quero dirigir sozinha... Acho que vou pra Unama de ônibus mesmo..."
"Tudo bem minha vida, já até me acostumei em ser teu guarda-costas..."
O que o amor não faz né? Serve até de cobaia, e detalhe que o guarda costas não sabe dirigir, mas consegue tranquiliza-lá. "Só quero deixar o carro da mesma forma que eu peguei", pensou a menina no trabalho. Nessas horas vale até pedir ajuda pra Nossa Senhora dos Motoristas para que nada aconteça.
quarta-feira, 30 de março de 2011
Especial Iron Maiden
Estava conversando com um colega meu, e ele estava tirando com a minha cara, dizendo que eu não conhecia Iron Mainden. Que eu não sabia o nome dos caras, e não conhecia nada sobre a banda. Beleza, fiquei na minha. Olhei pro ingresso que havia comprado com sufoco e pensei. Por que eu vou ao show?
Lembrei que quando eu era guria, meu irmão ouvia Iron Madein, e enlouquecia em casa. Eu ouvia o som daquelas guitarras e aquilo ia me impressionando de uma tal forma, ficava pensando: como esses caras conseguiam tocar daquele jeito? Com tanta precisão, energia, loucura. Já conheci eles velhacos, mas em seus shows, pareciam adolescentes no auge da puberdade. Meu irmão, colocava o vídeo e eu olhava o Bruce Dickinson pulando e fazendo dancinhas no palco, ainda nem entendia nada sobre rock, mas achava um barato aquilo. Nunca fui de ouvir metal, assim, com frequência, apesar de gostar de várias vertentes de rock, sou de ouvir mais Beatles, Radiohead, coisas assim.
Então, por causa do show, comecei a ouvir o novo cd "The final frontier", que dá o nome a turnê deles. Impressionante. Eles continuam sendo maravilhosos, melodias bonitas e guitarras marcantes. E entendi por que eu vou ao show. Porque Iron Maiden, é o clássico bom e velho rock'in roll. Percebi então, que eu conhecia muito mais, conhecia a alma da banda, quando eu nem tinha formado minha personalidade. Eu conhecia o som deles há muito tempo, e só agora, caí na real e me dei conta que aquilo era Iron Maiden. A dama de ferra do rock. O heavy metal que influenciou gerações inteiras.
Não sei como vai se sexta-feira, nunca fui para um show desse porte, mas a expectativa é grande. Só espero que dê tudo certo, enfim, é isso. Bom show pra todos nós! \o/