Raissa Lennon

Raissa Lennon
"siga seus próprios sonhos, porque ninguém pode viver o sonho do outro"

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O ano da Lua

Segundo as previsões astrológicas, o ano de 2012 será regido pela lua. A Lua indica maternidade, carinho e proteção. Proteção, justo no ano em que dizem ser o fim dos tempos. Se nada acontecer, teremos um ano sentimental, que promove a harmônia e o afeto.

A Lua rege também o meu signo,  câncer. Loucura total na minha personalidade. Para a astrologia, as pessoas de "carangueijo" estarão muito mais inconstantes, carentes e afetivas. No entanto, seremos privilegiados pela força côsmica e se nos esforçamos, tudo dará certo para nós.

Tudo isso pode ser uma grande balela, mas o fato é que para mim 2012 será especial. Um divisor de águas na minha (futura) carreira. Ano de TCC. Ano de esforço em dobro. Ano de vibrações positivas. Só espero uma coisa de 2012: que ele seja um ano muito produtivo. Que neste novo ano, deixemos a preguiça de lado. Que a gente conquiste o que é nosso por direito. Que sejamos fortes e verdadeiros. Que toda a falsidade tenha ficado para trás... E que mesmo com toda a correria que é a vida, a gente possa de vez em quando, parar e simplesmente olhar a lua. 


Dejejo um magnífico, belo, brilhante, esfuziante, maravilhoso ano para todos nós! Com amor, Lennon ;*

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal

Feliz Natal para as mães.
Feliz Natal para os filhos.
Feliz Natal para os pais.
Feliz Natal para os tios, primos, avós, netos...
Feliz Natal para os namorados, para os solteiros,
para a cunhada, para a nora, para a sogra...
Feliz Natal para os carentes, para os doentes, para os decentes...
Feliz Natal para os tuiteiros, para os nerds, para os gordos e magros, para os bonitos e feios e para os cheios de graça.
Feliz Natal para os que acreditam, para os descrentes, para os crentes...
Feliz Natal para os baixinhos, para os altos, para os modestos, e para todos os sexos.
Feliz Natal para os bis, trans, homo, heteros, e para todo o resto.
Feliz Natal para as crianças, para os adultos, para os cultos, e também para os ignorantes.
Feliz natal para o pessoal da empresa, da redação, da escola, da bola, da praia. E um ótimo Natal para a galera do bar.
Feliz Natal para os Junkes, para os punk's e para os pop's.
Feliz Natal para mim e para você, que lê este blog.
E para você que não lê também.

;*

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Esboço da desilusão poética

As horas passam devagar
E tudo se tem a perder
Mesmo com todas as desmotivações
Ilusões e prazer
Tudo se tem a perder
Arrependimentos não voltam o tempo
O tempo anda e você ainda está parado
Nada se tem a ganhar nessa vida de jogo
Conquistas, preguiças e loucos
Tudo que se pode ganhar nessa vida
Não depende de mim
Poderia estar desesperada
Mas só consigo sentir sono
Não sei como me movimentar aqui nesse mar de gente
Junto com tantas pessoas, tantas histórias
Tantos melhores que eu,
Eu poderia simplesmente não me importar
Com nada, nada, nada
Nunca.
Mas me importo com você,
E com o que eu vou ser quando crescer
Se vamos estar juntos em um campo cheio de lindas flores
Ou se vamos estar juntos em uma gruta cheia de dores
No mais, vou estar com você
Preciso encontrar forças
E preciso aprender a perder
Para continuar tentando...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Sobre consumo

Quando olhei a fatura do meu cartão de crédito este mês, me senti que nem a personagem Siobhan Healey, do texto “O falso alvorecer da liberdade”, incluído no livro “44 cartas do mundo líquido moderno”, do sociólogo Zygmunt Bauman. Healey fez uma dívida gigantesca em seu cartão de crédito, depois tirou outro cartão de crédito para cobrir a dívida do primeiro e depois ela fez um empréstimo para cobrir a dívida dos dois cartões.
No fim, estava devendo 26 mil dólares australianos (cerca de R$ 40.000) para o banco. Calma. Não cheguei a esse ponto, nem perto dele. Mas fiz uma dívida desnecessária (e maior do que eu ganho no mês), que eu simplesmente nem lembro como conseguir gastar tanto em tão pouco tempo.

Para a jovem Siobhan de 23 anos, ter um cartão de crédito significava o “alvorecer de sua liberdade”, é como se ela pudesse abraçar o mundo inteiro de maneira simples e rápida. Depois, ela percebeu o preço (alto) que se paga por essa tal “liberdade”. Ter um cartão de crédito dá essa sensação mesmo, dá para se comprar quase tudo com ele. E digitando apenas uma senha, você já tem um livro, um cd, uma roupa, etc.
Banco ganha dinheiro com os juros e empréstimos, todo mundo sabe disso. Tenho cartão de crédito há pouco mais de um ano, e nesse período, acho que já me ligaram umas oito vezes, me oferecendo empréstimos, seguro de vida e um monte de outras coisas que eu nunca solicitei.

Eles sempre se deram mal comigo porque eu nunca aceitei nenhum empréstimo e sempre paguei minhas contas em dia, mesmo quando estavam altas. Mas uma hora você dança. E a minha hora chegou. Nunca tinha comprado tanta coisa assim. Nunca gostei de comprar roupa de marca, sapato de grife, ou bolsas luxuosas. O máximo que gasto com isso é comprando uma blusa de banda e All Star. Mesmo que você seja um dos caras mais socialistas do século, você terá um ponto fraco (tirando os franciscanos). Afinal, não se anda sem roupa por aí. O meu ponto fraco se resume a quatro coisas: Livros, música, cinema e alimentação. É certo que comprar livros é bom, mas ainda assim, temos que nos privar em determinadas situações.

Bauman analisa o risco do cartão de crédito, principalmente para os mais jovens, porque os bancos fazem de tudo para que você compre e se endivide. E o jovem, que ainda não é mais criança e nem adulto, não sabe calcular direito as consequências de suas atitudes. Em certos períodos no mês, o consumismo é mais incentivado ainda, como no período do Natal, tempo de confraternização, esperança, fé, e... compras, muitas compras. É amigo invisível pra lá, festa da empresa pra cá, ou seja, dívidas na certa.

Caverna

Outro livro de Zygmunt, trata ainda com mais afinco a questão do consumismo chamado “Vida para consumo – A transformação das pessoas em mercadoria”, pelo título já se tem uma ideia da crítica ferrenha que ele vai expor na obra. Por sinal, mesma ideia que Theodor Adorno mostra de maneira holocáustica em seu livro “Dialética do esclarecimento”, que foi elaborado junto com Max Horkheimer.

O fato é que a crítica condiz com a realidade, hoje o “ter” é mais importante que o “ser”. Se você tem um carro você tem status e ponto. As pessoas logo ligam o fato de que ter um carro é significado de felicidade e vida bem sucedida, o que é claro, nem sempre é verdade. O teólogo e escritor Frei Betto compara o consumismo com a Caverna de Platão. As pessoas são os prisioneiros que vivem dentro da caverna da falsa realidade do “ter” e não conseguem ver à luz a sua frente. Em suas palavras:

“O capitalismo, em seus primórdios, produzia em função das necessidades humanas. Não se investia em algo que o consumidor julgasse desnecessário. A superprodução inventou a publicidade de modo a inverter o processo, já não é o consumidor que busca o produto, é o produto que se impõe ao consumidor”.

Eu não queria prometer nada para o próximo ano, mas agora quero prometer uma coisa: Controlar o dinheiro que ganho. E mudar a minha forma de agir sobre o mundo. Todos nós temos que ter um objetivo na vida, melhorar enquanto seres humanos. Certo? O problema é que a nova ordem mundial fez que a gente pensasse que é normal ter gente com muita grana e gente passando fome. Não é normal. É desumano.
É. Acho que precisamos sair da caverna em 2012.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Ócio


Na sociedade escravista da Grécia Antiga, o ócio era dignificado entre a nobreza. Quem não precisava cuidar do seu sustento, tinha o tempo livre para fazer outras atividades, como governar, pensar, guerrear. E as mulheres nobres dedicavam-se a leitura e aos afazeres domésticos.
Já na sociedade moderna aconteceu uma inversão desses valores, agora os ricos também apreciam o trabalho, e consideram que o trabalho dignifica o homem. O trabalho que é desprezado por eles é o manual, aquele que precisa de esforço físico e pouca "intelectualidade". Essa ideologia por sinal, é um legado dessas sociedades antigas.
O significado do ócio hoje é sinônimo de não fazer nada, de usar o seu tempo livre para descansar, dormir, ou fazer coisas que são pouco cansativas. Quando eu era adolescente odiava ficar ociosa, queria estar sempre fazendo alguma coisa, só porque eu não tinha nada pra fazer. Não sou filha única, mas tenho um irmão mais velho do que eu, por isso não faziamos muitas coisas juntos. O que me deixava mais ociosa ainda.
Agora eu entendo o valor do ócio. Compromissos, estágio, universidade tiram praticamente todo o teu tempo para fazer simples coisas como, deitar na sua cama e ficar olhando para o teto. Ou dormir até mais tarde, ou assistir um bom filme. Não fazer nada de produtivo é naturalmente maravilhoso, temos que confessar isso.
Mas a vida é dura e precisamos fazer todas as coisas cansativas, para depois utilizarmos da melhor forma nosso (pouco) tempo livre. Trabalhar é necessário, para que a gente se sinta útil na sociedade. Para mim, é muito chato quando não tem nada para fazer no meu estágio, fico procurando alguma coisa. Mas as vezes, fico tanto tempo fora de casa que o que eu mais quero é deitar na minha cama e abraçar o meu urso Panda.

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domingo, 11 de dezembro de 2011

AMAR

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho,
e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor à procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa, amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.
(Carlos Drummond de Andrade)

Em homenagam ao meu aniversário de namoro com o Eduardo... Destinado a todos os que assim como eu, amam loucamente alguém... E para aqueles que apreciam a beleza da poesia do Drummond....

Combate

Brad Pitt em "Clube da Luta"

O que será que passa na cabeça de um lutador quando ele esta cara a cara com seu adversário, dentro de um ringue? Afinal, lutar profissionalmente é diferente de uma briga de rua. Em uma briga você está à flor da pele, enraivecido por alguma coisa que o oponente fez. A luta é pautada pela ódio do outro. Mas como será para quem faz disso uma profissão? Será que ele fica pensando coisas do tipo: "eu vou esfolar a cara dele"? Ou então é algo completamente técnico, em que o lutador fica pensando em estratégias, que foram treinadas antecipadamente - para que um determinado soco aconteça exatamente como o previsto? Ou será que não se fica pensando em absolutamente em nada, e os socos, chutes e chaves de braço acontecem naturalmente? Ou então, na hora do combate é um misto de todas essas coisas?

Outra questão me veio à cabeça depois de assistir a derrota humilhante (tentei encontrar uma palavra menos forte, mas não consegui), de Lyoto Machida para Jon Jones, hoje de madrugada. Qual será a sensação de ser nocauteado? O jornalista e escritor Gay Talease, em seu livro "Vida de escritor", conta que ao entrevistar um boxeador estadunidense sobre o momento do nocaute, o boxeador diz que a sensação é boa. É como se você estivesse completamente embriagado, até você se dar conta onde está, e que você foi um perdedor. Fiquei me questionando se foi essa a sensação que Lyoto Machida sentiu quando estava preste a desmaiar completamente, depois de Jon Jones literalmente, o estrangulou? Eu queria ter a oportunidade de entrevistar o Machida para perguntar todas essas coisas.

Lembrei de três filmes que são pertinentes ao tema: "Clube da luta", "Gangues de Nova York" e "Hooligans". Nas obras, a face animal do ser humano é mostrada com muita propriedade. Assim como, o MMA é um campeonato regulamentado para que o homem mostre a sua face animal,  e que ainda se ganhe dinheiro com isso. Muito dinheiro, por sinal. O filme"Clube da Luta" (David Fincher; 1999; EUA), é protagonizado por Edward Norton e Brad Pitt. Conta a história de um homem que sofre de insônia e resolve criar um clube da luta, com a protosta de organizar duelos com o simples objetivo de estourar a cara do outro, sem ganhar nada em troca. É uma obra primorosa que nos mostra questões muito importantes para pensar.

Já "Gangues de Nova York" (Martin Scorsese; 2002; EUA), é um filme para quem tem nervos de aço. Eu assistir esse filme há muito tempo, mas lembro que tinha muito sangue e violência.  Conta a história do jovem Amsterdam, interpretado por Leonardo DiCaprio, que quer se vingar do assassino de seu pai, que é lider de uma gangue em plena Nova York de 1840. E "Hooligans" (Lexi Alexander; 2005; EUA/Inglaterra), mostra a realidade dos hooligans na Inglaterra, o que nós chamamos no Brasil de torcida organizada. Nelas, são travadas brigas violentissímas contra os torcedores do time oposto. 

Em todas essas obras cinematográficas é mostrado o quando o ser humano não passa de um animal selvagem, como todos os outros. E que temos dentro de nós um instinto violento, e que nem nos damos conta disso. Mesmo que a gente não brigue na rua ou sejamos lutadores de MMA. Porque a luta do Lyoto conseguiu levar centenas de pessoas para os bares da cidade? Porque gostamos ou temos a curiosidade de ver uma pessoa ser socada, chutada ou então estrangulada, como aconteceu ontem? Questões que ficam no ar.

Sobre a luta de ontem, meus amigos  ficaram falando que o Lyoto é um perdedor e deveria se aposentar. Não acredito nisso. É fácil falar contra ele depois de uma derrota. Mas ele já venceu lutas importantes. E perder faz parte da vida e da história de qualquer profissional. Já vi algumas entrevistas do Machida e o considero um lutador diferenciado, simples e humilde. Sua forma de falar contradiz completamente com o que ele faz como profissão. Eu me sinto feliz por atletas paraenses (mesmo ele tendo nascido da Bahia, se considera paraense) como Lyoto Machida de destacarem em âmbito mundial. Acho que todos deveriam sentir isso.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

E ainda assim, você gosta de mim

Nada é mais doloroso do que ouvir você gritar
Eu poderia não pensar mais em nada,
Absolutamente nada, que me faça chorar
Eu sei que depois vai ficar tudo bem
Eu sei que depois vamos esquecer tudo
Temos a capacidade de fazer isso
Como quem tem a capacidade de sofrer e cantar
Mas nada, absolutamente nada é mais doloroso do que ouvir você gritar
Todas as desculpas vão ser aceitas, mesmo que todo o mundo veja o quanto a gente se odiou por um momento
Senti vergonha de tudo que passamos,
Mesmo que tenha sido passageiro
Toda a dor que senti por horas
Perdida na noite como um gato abandonado e sombrio
Você conseguiu suprir a minha carência
As minhas desculpas, as suas desculpas
De quem é a culpa?
Por toda a histeria e brigas que tivemos
Que não tem sentido algum
Poderíamos sentir rancor por uma vida inteira
Mas o que adiantaria. O que seria de nós?
Nada é mais doloroso do que ouvir você gritar
E ver o seu olhar de ódio por alguns segundos destinados a mim
Eu poderia evitar. Você poderia evitar.
O tempo que perdemos com ofensas e maus-tratos não volta mais
Não é só um cordão quebrado, uma aliança quebrada
Tudo mais é quebrado em nós
E quando a gente conseguir juntar os cacos
Nada é melhor que ouvir você confessar - que ainda assim – você gosta de mim.

Promessas de fim de ano

1. Prometo começar a fazer academia, emagrecer 10 quilos até o verão, e ficar gostoso(a), igual aos atores globais.
2. Prometo que nunca mais farei trabalhos em cima da hora, nem na hora, nem perto da hora.
3. Estudar mais, ler mais e virar nerd.
4. Prometo ser uma pessoa mais calma, e não me estressar com coisas pequenas. Um yoga cai bem.
5. Prometo que vou conhecer um lugar diferente.
6. Beber menos e praticar hábitos saudáveis.
7. Vou exercer práticas filantrópicas.
8. Vou ser a/o melhor no meu trabalho.
9. Vou mudar o corte de cabelo.
10. Prometo que no próximo ano não vou prometer mais nada, que não posso cumprir.

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ciúme

Você só conhece direito a sua personalidade e o jeito que você se comporta depois que você gosta realmente de uma pessoa. Os sentimentos são capazes de guiar suas atitudes de maneira irracional. A paixão é desgraçada. Ela é capaz de te enlouquecer e você será capaz de fazer coisas que nunca imaginou.

Um dos sintomas da paixão é o ciúme da pessoa amada. Quem ama também sente ciúmes, é diretamente proporcional. Difícil imaginar alguém que nunca sentiu aquela físgada de ciúme por uma pessoa. A diferença é a intensidade e o modo como essa reação vai aparecer.

Em linhas gerais, para a psicologia o ciúme está no âmbito da fantasia, imaginação, que se confunde com sentimentos imprecisos e vagos. O ciúme patológico é mais grave, está relacionado a uma dependência afetiva ao parceiro. É o desejo do controle total sobre os sentimentos e comportamentos do outro. O indivíduo necessita da verificação frenquente de suas dúvidas em relação a supostas traições, e nos mais graves casos, a pessoa pode sofrer de delírios e obsessões.

Eu sofro com esse mal. Não chega a ser patológico, mas sofro. E para mim, não é fácil admitir isso. Tenho ciúme não só do meu namorado, mas também de amigos. A diferença é que com ele, eu demonstro, com meus amigos, não. A verdade é uma só: ninguém tem o direito de decidir com quem você conversa, com quem você sai, com quem você fala. Mas em um namoro existe uma espécie de contrato invisível que muda certas atitudes que você não costumava ter antes. Desse modo, você acaba tentando evitar determinadas coisas, que podem provocar ciúme no outro.

No meu caso, o ciúme está relacionado à “atenção” do outro e não à “traição”. Espero não me arrepender do que vou escrever agora (tenho certeza que não), mas confio extremamente na fidelidade do meu parceiro. Então, por que sentir ciúmes? Ele pergunta com frequência. Porque eu simplesmente quero que sua atenção se volte para mim, mais do que para as outras pessoas, o que obviamente, nem sempre isso é possível.

Ciúme é bom em determinadas situações, é uma demonstração de afeto, de saber que tem alguém ali que não quer perder você para outra pessoa. Mas quando as brigas começam a se tornar frequente por isso, aí o controle é importante.

Acho que a melhor coisa é não tentar ficar escondendo o problema, você tem que se conhecer. Eu tenho uma certeza: sou uma pessoa difícil de lidar, que cobra muito do si mesma, e do outro. Isso é bom? Não. O legal mesmo é mudar. É difícil, mas necessário. E isso tem que ser uma meta. Afinal, o ciúme excessivo não é ruim só pra o outro, é ruim para você também. Desgasta a relação e provoca brigas infantis. Se o seu parceiro(a) for legal o suficiente para entender isso, compreender e relevar certos ataques. É mais legal ainda.



A música do Ultraje a Rigor é irreverente e fala de uma maneira sincera de alguém que sofre por ciúmes. E do quanto é difícil para o personagem não sentir ciúmes..


"Eu quero levar uma vida moderninha
Deixar minha menininha sair sozinha
Não ser machista e não bancar o possessivo
Ser mais seguro e não ser tão impulsivo
Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme
Meu bem me deixa sempre muito à vontade
Ela me diz que é muito bom ter liberdade
Que não há mal nenhum em ter outra amizade
E que brigar por isso é muita crueldade
Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme
Eu quero levar uma vida moderninha
Deixar minha menininha sair sozinha
Não ser machista e não bancar o possessivo
Ser mais seguro e não ser tão impulsivo
Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme
Eu me mordo, eu me rasgo, eu me acabo
Eu falo bobagem, eu faço bobagem, eu dou vexame
Eu faço, eu sigo, eu faço cenas de amor
Ciúme, ciúme, eu me mordo..."


(Ciúmes - Ultraje a Rigor)

Currículo (não) vital

Informações Gerais

Raissa Lennon Nascimento Sousa, 20 anos, estudante de jornalismo da Universidade da Amazônia, atualmente estagiando no jornal O liberal/Amazônia. Filha de Oneide de Jesus Nascimento e Edmilson Raimundo Lima de Sousa, irmã de Raphael Lennon. Sim, Lennon é por causa de John, meu pai é fã.
Nascida em 21 de junho de 1991, às 8h, signo de câncer, com ascendente em leão, signo solar em capricórnio e signo lunar em touro. Deve ser por isso, que tenho personalidade tão instável. Adoro astrologia.
Tenho um namorado da minha idade chamado Eduardo, que cursa psicologia na Unama também, e é do signo de touro. Segundo o zodíaco, câncer e touro são os signos mais complementares de todo o mundo astral - não sei se é por isso - mas nos damos muito bem. Ele não acredita em signos.

Objetivo

Assisti a maior quantidade de filmes que eu conseguir, comprar a coleção de discos do The Smiths, e antes de morrer conseguir terminar de ler O mundo de Sofia.

Formação

Uma quase jornalista. O que não significa muita coisa.

Experiência

Li toda a saga de Harry Potter.
Tenho um blog há três anos. Mas não fiquei famosa e nem ganhei dinheiro com isso.

Atividades

Fiz teatro no Curro Velho e umas oficinas de cinema.
Tenho uma coleção de cartões de vários tipos, e comecei também a colecionar aquelas bolinhas de máquinha de shopping.


PS- Meu sonho é comprar uma bicicleta e ir a todos os lugares sobre as duas rodas.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O filme além da tela

Mostra de Cinema e Direitos Humanos leva cidadania ao público*

O documentário com co-produção Argentina-Venezuela “Cuatros Litros por Tornel”, mostra mulheres venezuelanas que decidem formar uma cooperativa. Já o brasileiro “Diário de uma busca” tenta desvendar o desaparecimento de um militante político. E o longa-metragem “Bicho de 7 cabeças”, está relacionado com o direito à saúde mental.

Os três exemplos fizeram parte de uma série de produções audiovisuais exibidas na 6º Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, que aconteceu em Belém de 19 a 30 de outubro deste ano, no Cine Libero Luxardo. Os filmes trataram sobre o Direitos de Crianças e Adolescentes, do Direito à Terra, da Cidadania LGBT, da Educação em Direitos Humanos, Democracia, das Populações Tradicionais, das Pessoas Idosas e outros. O evento contou com apoio do Ministério das Relações Exteriores, da TV Brasil, da Sociedade Amigos da Cinemateca e do Sesc São Paulo.

Após seis décadas da Declaração Universal dos Direitos Humanos, é comum assistirmos a luta cotidiana de pessoas e grupos em defesa do direito à vida, à liberdade e no combate à violência e o preconceito. É esses princípios que a Mostra de Cinema e Direitos Humanos discutiu com o público através do audiovisual.

A Mostra acontece em Belém desde 2007, sempre com exibições no Cine Libero Luxardo, na Fundação Cultural Tancredo Neves (Centur). Nesta edição, o circuito percorreu todas as capitais brasileiras, além do Distrito Federal. Para o produtor da Mostra da edição local, Felipe Pamplona, “a cidade já tem um público fiel, que a cada ano aumenta mais. Isso é comprovado no número recorde de público deste ano, com mais de mil pessoas participando da edição”.

O produtor também comenta sobre o papel da sétima arte no debate a respeito dos Direitos Humanos. “O filme exibido na sala de cinema não tem o poder direto de uma política pública de Direitos Humanos, mas ele tem a capacidade que é tão importante quanto, de mostrar para as pessoas o que está acontecendo, para as se conhecerem e se reconhecerem através do cinema. Ou seja, as pessoas se reconhecem naquela realidade. Os filmes dão a oportunidade de conhecer a história do seu país, a história dos países da América do Sul”, reflete o produtor.

Especiais

Para a garantia dos Direitos de Pessoas com Portadoras de Necessidades Especiais, a programação do evento acontece em salas com acessibilidade para deficientes físicos. Além disso, promovem exibições que contam com o sistema de “closed-caption” para os deficientes auditivos, com legendas que descrevem, além das falas dos atores, qualquer outro som presente na cena, como palmas, passos, risos, etc. E sessões de audiodescrição, com narração das imagens em palavras para deficientes visuais.

Em Belém, os alunos da Escola de Educação Especial José Álvares de Azevedo, assistiram ao filme “Diário de Uma Busca” em um sistema de audiodiscrição fechada. “Foi muito emocionante essa sessão, a maioria dos alunos com deficiência visual nunca tinham tido contato com o cinema”, relata o produtor, Felipe Pamplona. A mostra também disponibiliza um sistema de audiodiscrição aberta, que exibiram alguns filmes de curtas-metragens da seção de filme Contemporâneos.

É a primeira vez que o escritor Tchello d’Barros, 44 anos, assiste às exibições que o evento promoveu. Para ele, “essa temática dos Direitos Humanos é essencial para o cinema, porque mostra a realidade das classes oprimidas da sociedade”. “São temas relevantes que precisam ser olhados com mais atenção por todos nós. É um cinema de denúncia que proporcionam a conscientização”, analisa o escritor.

Já o motorista João Rodrigues, 39 anos, nunca perdeu uma edição do evento na cidade. “Eu vim todos os anos. Tem certas situações que só a arte pode dar uma visão mais ampliada sobre a realidade”, comenta João Rodrigues.

* Matéria elaborada para um trabalho acadêmico

Insulto d'alma


Uma dor na boca do estômago
Um amargo no âmago da alma
Uma raiva chegando ao ódio
Um monstro.
Uma tristeza mortal
Um olhar vermelho de choro
Quando você enlouquecer,
só você conseguirá
sair da cova
Nada importa mais,
do que o que
você sente por você mesma...

Um turbilhão de pensamentos que veio a cabeça agora
Todas as tensões, discussões e justificativas pairam na minha mente aberta
Do nada imaginei-me em cima do palco, tocando para um milhão de pessoas
Irônico como as ideias mais desconexas aparecem nos momentos mais inoportunos
Queria simplesmente parar de fazer tudo o que eu estou fazendo agora
Parar absolutamente tudo.
E começar de novo, de novo e de novo. Será que dá pra começar de novo?

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Alegria, alegria (Caetano Veloso)

Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro, eu vou...
O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas, eu vou...
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot...
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia, eu vou...
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos, eu vou
Por que não, por que não...

Ela pensa em casamento, e eu nunca mais fui à escola
Sem lenço e sem documento, eu vou...
Eu tomo uma coca-cola, ela pensa em casamento
E uma canção me consola, eu vou...
Por entre fotos e nomes, sem livros e sem fuzil
Sem fome, sem telefone, no coração do Brasil...
Ela nem sabe até pensei, em cantar na televisão
O sol é tão bonito, eu vou...
Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou... Por que não, por que não...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Amor à primeira lida

Certa vez fui comprar um presente para um amigo. Estava andando pelas livrarias da cidade procurando alguma obra interessante. Para mim, não há nada melhor do que presentear alguém com um bom livro. Já tinha alguns autores na cabeça, mas nada que valesse a pena. Passei por uma livraria da Batista Campos e me deparei com a capa ao lado.

Analisei quase que semioticamente cada elemento dela. Primeiro o título me deixou bastante intrigada: “Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios”. Na hora, imaginei alguém que poderia passar pelas piores coisas do mundo por amor. Depois soube que eu estava certa, e que o título definia todo o livro. Depois olhei atentamente a ilustração da capa, uma foto de pernas femininas, com uma máquina fotográfica ao lado. Adorei, já que adoro fotografia.

Entrei na loja e a primeira coisa que perguntei para atendente foi “posso olhar aquele livro ali”. Autor: Marçal Aquino. Nunca tinha ouvido falar. Li um pouco sobre ele, depois sobre a história do livro, que se passava em um interior do Estado do Pará. Pronto. Faltava muito pouco para eu adquirir a obra.

Eis que leio a contracapa do livro, com o seguinte texto:

Falei que estava planejando ir embora. Lavínia gritou do chuveiro:
O que você disse?
Entrei no banheiro e puxei a cortina de plástico. Ela ensaboava o corpo.
Tô pensando em ir embora daqui.
Pra onde?
Não sei ainda. Talvez eu volte para São Paulo.
Lavínia passou o sabonete entre as pernas, levantou um monte de espuma. E sonho.
O que foi, bateu saudade de casa?
Não posso ficar aqui pra sempre, tenho que dar um jeito na minha vida.
Ela guiou o jato do chuveirinho para o púbis. Desfez a espuma, não o sonho.

Fiquei encantada de cara. Na verdade, primeiro pensei uma besteira “esse livro deve falar de sexo, então, deve ser bom”. De fato falava, mas o sexo é apenas um detalhe em meio à obra maravilhosa cheia de encanto, suspense, romance, paixão e violência.

Comprei o livro, sem nem olhar para outro. Depois de dar o livro de presente, pedi emprestado logicamente. Foi melhor do que eu esperava. A obra se tornou o livro da minha vida. É claro que existem obras encantadoras, grandes clássicos da literatura. Mas esse livro me tocou a alma. Apaixonei-me por ele à primeira vista. E o amei a partir do momento, que me deliciei com suas páginas.

Mesmo o livro não sendo meu, o emprestei para um monte de amigos. Não achava justo que só eu e a pessoa para quem eu dei o livro tivéssemos lido aquela preciosidade. Depois, tive que devolver o livro. Mas, o guardei em meu coração.

Falava desse livro para todas as pessoas que conhecia. E pensava que assim que o achasse de novo compraria para mim. Nem precisei, pois ganhei de presente do meu namorado. Li ele de novo e de novo e de novo. Este ano, tive uma notícia maravilhosa. O livro de Maçal Aquino se tornaria filme. Pena, que ele só vai estrear em março de 2012, mas já dá pra ter um gostinho pelo trailer.

Dá uma olhada:

Nos encontramos na sala de cinema...
 
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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

De mudança

Meus queridos amigos e companheiros de blogue, estou de mudança para outro endereço eletrônico. Falando assim, parece que vou abandonar este que me serviu por tanto tempo, não é o caso. Continuarei escrevendo para o "Promessas de um ano bom", no entanto, agora terei que dividir minha atenção para meu outro filho chamado "Jornalismo Anti-deletério"
(http://www.jornalismoantideleterio.blogspot.com/)

Por que mudar?

Durante muito tempo me sentir parada na vida, estacionada no mundo, sabe? Fazendo as mesmas coisas, indo para os mesmo lugares e irritando-me com facilidade por tudo. Há muito tempo sentia necessidade de mudar, já estava mais do que na hora. Eu queria me sentir viva de novo. Acho que as vezes nos sentimos assim, não é? Enfim, no final de setembro para o mês de outubro, comecei a dar novos rumos para minha vida. Me demiti do meu emprego, que já não estava me satisfazendo há um bom tempo. Troquei meu emprego por um estágio,- não me arrependo nem um pouco, tem coisas que só a gente entende - escrevi um texto para o jornal da Universidade, doei sangue, comprei uma gaita e comecei a fazer boxe (já parei, mas pretendo voltar, tenho sérios problemas com exercício fisico). Ah esqueci de falar, me filiei a um partido político (Psol), me sentir muito feliz, acho que vou contribuir mais para a sociedade. Enfim, pequenas e grandes transformações que me fizeram sentir melhor e mais produtiva do que antes. Espero contar com a compreensão de vocês que - de vez em quando - olham o que essa pobre estudante escreve.

Novo blogue

Outra coisa que sempre tive vontade de ter era um blogue específico para falar de comunicação e cultura, finalmente tomei coragem e criei o "Jornalismo Anti-deletério". O blogue é apenas uma visão de uma jornalista iniciante, sobre vários assuntos envolvendo o jornalismo, artes, novas mídias etc. Quem quiser pode escrever também para o blogue, eu ia adorar contar com a ajuda de vocês. É só enviar seu texto para o email lennonraissa@gmail.com


Então, convido a todos para visitar, escrever, comentar ou falar alguma coisa do blogue: http://www.jornalismoantideleterio.blogspot.com/

;*

domingo, 4 de setembro de 2011

Sobre chorar

Quem nunca se trancou no quarto com raiva da vida e desabou em lágrimas? Quem nunca chorou por alguém? Quem nunca tentou de todo modo controlar mais não conseguindo chorou de emoção?
Alguns mais, outros menos, mas a verdade é que todos já choraram por alguma razão.

Pessoas emotivas, como eu, choram constantemente. É como se fosse um ato de descarregar algum sentimento incontrolável. Desde a infância, sempre chorei muito, infelizmente, pois odeio isso. É como uma fraqueza, uma fragilidade que é maior do que nós. No entanto, chorar não é sinônimo de fraqueza.

As vezes é bom chorar. Quando sofremos, essa é a melhor forma de extravasar a amargura do nosso coração. Imagino pessoas que tenham dificuldades para chorar, devem guardar mágoas eternas dentro de si, ressentimentos e tristezas.

Chorar é demonstrar emoção. Tem músicas, por exemplo, que o choro é inevitável de tão belas. Filmes que de tão tocantes a emoção é certa. Chorar ao ler uma linda cata de amor dedicada a você. Chorar com palavras de afeto. Chorar por conta da realização de um sonho. Chorar por causa de "eu te amo", faz sem dúvidas a vida florescer a nossa volta.

Claro que, quando o choro é de amargura dói, dói muito. Já chorei até meus olhos ficarem inchados e vermelhos. Chorei que quase alaga a cidade inteira. Mas depois passa, e nasce um novo dia. E a gente pensa que a vida é isso mesmo. A história é lavar o rosto, enxugar as lágrimas e seguir em frente.

domingo, 21 de agosto de 2011

Contudo, amo você

Mesmo com tanta loucura, tanto ciúme, tantos medos, receios, tanto exagero. Sim, eu adoro ter você.
Mesmo com tanta inveja, maldade, estupidez, mesmo com tanta embriaguez. Sim, eu adoro ter você.
Mesmo com tantas chatices, com tanta rotina, com tanto trabalho, estudo, cansaço. Sim, eu adoro ter você.
Mesmo que estaguine, mesmo que mude, mesmo que pese, mesmo que doa,
Mesmo com tudo, com tudo mesmo que possa ferir e magoar.
Mesmo até que você não esteja aqui
você me compra apenas com sorriso, ou com um beijo seu.
Com um olhar, com um perdão, com sua forma particular de amar.

(Em homenagem ao #Diamundialdafotografia : Foto acima tirada por Robert Doisneau, em 1950)

terça-feira, 28 de junho de 2011

Sonhos e a pior doença do amor

Quando sonho vejo demônios em minha volta. É algo de mim já, que tento me acostumar. Geralmente tenho pesadelos com a morte de pessoas que amo. Ou com minha própria morte. Certa vez, sonhei que me apunhalavam na barriga e saía muito sangue. Acho que devo está vendo muitos filmes do Robert Rodriguez e Quentin Tarantino.
Isso só não acontece quando estou ao lado dele. Quando estou ao seu lado, pode ser a pior cama do mundo, o pior lugar do mundo, mas sempre durmo bem. Não tenho pesadelos e nem sonhos,  e se tenho, não lembro. Apenas durmo como um anjo, como se deve dormir. Acho que me sinto protegida demais para sonhar com a minha própria morte. É como se nada pudesse me atingir. 
Uma insônia me persegue quando estou sozinha. Olho para o teto, para o Panda e para minha janela. Estou me acostumando mal, por estar sempre ao seu lado. Segundo o professor Benjamin Schianberg, a possessividade é a pior de todas as doenças do amor. É, estou lendo muito Marçal Aquino também. A ficção começa a se misturar com a realidade. 
As vezes acho que tenho medo da minha própria realidade. Isso deve acontecer com pessoas que amam demais. Meus pesadelos são apenas castigos a mim mesmo, por querer ser feliz. Será? Como uma altoflagelação. Independente dos sonhos, o melhor de tudo e poder abrir os olhos e ver que ele está ao meu lado, até quando está longe.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Junho

Chega de tristeza, já chegou o mês de Junho. Mês das festas juninas, do arraiá, da quadrilha. Mês do bolo de fubá, mingau de milho, vatapá. Mês também do amor, dia dos namorados no Brasil (antes nem me importava com isso, mas agora até que faz sentido). Mês das festividades dos santos populares: São João, Santo Antônio e São Pedro. Mês de Arrastão do Pavulagem em Belém. Todo mundo dançando, pulando, brincando. E o sol escaldando na cabeça revestida de chapéu com fitas. Os pernaltas fazem a festa, e o boi enfeita a multidão com seu colorido esfuziante.

Junho é o meu mês. 21 é meu aniversário. Todos que nascem nessa época carregam consigo o carma da festa junina. Não tem escapatória, mas é bom de qualquer forma. Junho é o mês que a lua está transitando na casa astrológica de Gêmeos e Cancêr. Pessoas espivitadas nascem nesse período, como eu, mas são gente boas, é o que importa.


;)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Tempo fechado

Meu coração em mil pedaços
Todas as acusações pousam em meu pensamento
Retardei minha beleza e minha alegria por mais algum tempo

Meu coração em mil pedaços
Você poderia ser menos cruel
E perdoar a minha estupidez
Tenho orgulho também ferido, amigo
Mas perdoaria você por muito mais

A indiferença me mata aos poucos
E me sinto um monstro
Tudo está tão calmo, menos em meu coração...
despedaçado

Uma multidão em minha volta
e sinto-me sozinha ainda
Tantas brigas, tantos gritos e lágrimas
que já estou sem forças para consertar o que passou
Nada pode mudar, nos resta o que ficou

Eu poderia fugir, poderia sumir, poderia fingir
que tudo está tão bem
Mas vou continuar amando você,
amando você, amando você
O mesmo amor que ainda me salva da tediosa rotina,
do tempo fechado pra mim

Meu coração em mil pedaços
Já que não consigo falar,
escrever seria sensato
pedaços, fechado, a salvo
Recortes de tristeza, flashes de alegria
penetram minha mente aberta

Já fiz o que pude
Mas toda a culpa da mundo não cabe em minhas costas
A distancia dói mais que uma ferida aberta

Meu coração em mil pedaços
Só quero juntar os cacos
e ficar bem com todos que amo.

domingo, 12 de junho de 2011

Canção de amor

Hoje é dia dos namorados. Em homenagem ao meu amor (Eduardo), eu dedico a Canção do amor do The Cure para ele. Meu amor, por mais que eu chore ou fique triste, por mais que mágoas atinjam meu coração atordoado, eu digo "I will always love you".

Lovesong (The Cure)

Sempre que estou sozinho com você
Você me faz sentir
em casa novamente
Sempre que estou sozinho com você
Você me faz sentir completo novamente

Sempre que estou sozinho com você
Você me faz sentir jovem novamente
Sempre que estou sozinho com você
Você me faz sentir alegre novamente

Por mais longe que esteja
Eu sempre vou amar você
Por mais distante que eu fique
Eu vou sempre amar você
Qualquer palavra que eu fale
Eu vou sempre amar você
Eu vou sempre amar você

Sempre que estou sozinho com você
Você me faz sentir livre novamente
Sempre que estou sozinho com você
Você me faz sentir limpo novamente

'Feliz dia dos nomorados para todos os enamorados apaixonados, e para todos os que procuram inquietos um amor ideal... Nunca é tarde para amar...'


Musica Lovesong Acustico. The Cure

domingo, 5 de junho de 2011

O show da sua vida

Era uma vez um show e um monte de pessoas para assistir o show. Mas, não era qualquer show. Era o show de sua banda favorita. Era "A banda". Algumas pessoas que não entendem a importância de ir a um show. Só quem gosta de música sabe, que um show, pode significar uma infinidade de coisas, e que por trás das músicas nos remetem lembranças, sentimentos, amor, saudade, entre outras emoções. Cada melodia, cada harmonia, cada rife de guitarra causam sensações inexplicáveis, que só a pessoa pode entender. Quando o show é de seu artista preferido, aí a situação fica mais louca. Significa êxtase total, orgasmos múltiplos, final de campeonato, domingo de sol, significa ainda mais... significa lágrimas de emoção.

Digo isso, porque esses tempos tenho ido a muitos shows, e é impressionante perceber a emoção das pessoas e a peculiaridade de cada ambiente. A única coisa que não muda é realmente os fãs, que expressam toda sua identidade, toda sua paixão, ali naquelas horas de show. De tantos que eu fui esse ano, sem dúvidas o que mais me emocionei foi o do Camelo (Marcelo). Na verdade, foi o que mais me emocionou na vida, nem nos show do Los Hermanos - que é a minha banda preferida - fiquei tão "tocada" assim. Nem no show do Iron Maiden que é internacional - e foi incrível - fiquei tão "tola" assim (Como meu amigo Gordo ficou, né amigo?).

Na verdade é que por uma série de situações, ontem me emocionei de verdade. Talvez, minha alma estivesse frágil por questões da vida, e aquele show significava, o descanso da minha alma, uma alegria única, um calmante. Só dele (Camelo) entrar no palco, chorei. Fiquei lembrando dos Hermanos, que (parece-me) acabou, fiquei lembrando do meu irmão que começou a ouvir aquele som junto comigo, fiquei pensando no Eduardo (que nem gosta tanto, mas tava ali ao meu lado), e fiquei sentindo...aquelas melodias tocarem minha pele.

"Tudo que você quiser tempo de recomeçar, solidão eu já vivi na cidade que não volta". Logo nas primeiras canções, ele tocou as que eu mais gostava. Ele poderia terminar o show que pra mim já estava bom. Só que ainda tinha muito mais, tinha "Copacabana", tinha "Doce solidão" e pra fechar com chave de ouro tinha "Além do que se vê", nessa todos cantaram em coro "Moça olha só o que eu te escrevi é preciso força pra sonhar e perceber, que a estrada vai além do que se vê".

Para terminar, vou contar um causo. Era uma vez um garota que foi em mais uma sexta-feira, para o mesmo lugar de sempre, dançar com os mesmos amigos de sempre, ouvir as mesmas coisas de sempre. Nessa, ela encontra um cara que ela estava sacando a um tempo e eles vão dançar. Nessa que eles vão dançar, justamente naquele momento toca uma música que dizia assim "vermelhos são seus beijos, quase que me queimam e meigos são seus olhos, lânguida face...". E isso marcou pra sempre o coração dos dois, e a foto aí em cima, é no show da mulher que canta essa música, Vanessa da Mata. Show tão bonito quanto suas canções de amor, que provavelmente marcam tantos casais apaixonados.

Um show, então deve ser isso, a história passando diante dos olhos.

domingo, 22 de maio de 2011

Ser professor

Meus pais são psicólogos, mas uma de suas paixões é o ensino. São professores por amor e tem orgulho disso. Digo até que para o meu pai, ensinar é um de seus afazeres preferidos, uma vez ele me disse que não tinha prazer maior, do que estar dentro de uma sala de aula. Mas, meu pai tem um pequeno 'problema', ele tem disfemia, popularmente conhecido como gagueira, e o mas engraçado é que somente quando ele está ensinando, a gagueira desaparece, e suas palavras fluem naturalmente. É, ser professor deve ter algo de dom, misturado com dedicação e carisma. Uma função única, ímpar, especial, que infelizmente no Brasil, é tão desvalorizada. Poucos são os professores que levamos em nosso coração pela vida toda, com um carinho sincero, e com ares de admiração. Ser professor não deve ser uma tarefa fácil.

Ser professor exige paciência e uma certa autoridade. Mas, muitos deles não sabem lidar com essa autoridade, exigem respeito, sem ter respeito por seus alunos, gritando, xingando, falando palavrão, em uma postura completamente desprezível. Digo isso, por experiência própria, nunca desrespeitei nenhum dos meus professores, mesmo que não goste de sua postura enquanto profissionais, nunca levantei a voz para nenhum deles, mesmo que tenham feito isso comigo. E fiz isso apenas, por respeito que tenho para essa profissão. E, claro, receio de reprovação, por causa de, talvez, me ver 'marcada' , o que já seria uma completa falta de ética, já que tenho a plena certeza que não fujo da minhas obrigações enquanto aluna. Ser professor exige a sensibilidade, de reconhecer as diferenças de cada aluno, e saber trabalhar com elas.


Os professores universitários tem uma certa peculiaridade no ramo, tem um papel de formação profissional e ética, tem um papel de auxiliar na produção acadêmica, e de ir muita além, dos conteúdos das matérias, para discutir a sociedade, e o dever de cada um nesse meio social. Alguns destes, tem seu ego elevado, por terem um título de doutorado. Estou no meu terceiro ano de universidade e posso garantir que título, nada tem haver com competência para ensinar. Já tive aula com muitos doutores que não sabiam passar a disciplina de forma correta, doutores que tem o conhecimento, apenas para si mesmos. E isso nada adianta. E o pior de tudo, é a arrogância com que alguns se mostram, justamente, por conta da titulação. É claro que é importante, mais não é tudo. Tenho um desejo escondido dentro do peito, que é ser professora. Não sei se algum dia vou ter todas as qualidades necessárias para a docência, mas se um dia me dedicar a esse função, darei o melhor de mim, e com certeza, não utilizarei da minha autoridade, para menosprezar nenhum dos meus alunos. Comecei falando dos meus pais, e encerro falando dos meu irmão, que é nutricionista, mas também nasceu com esse bichinho pertinente da minha família que é ser professor. Meu irmão, já fala dando aula, é um comunicador nato, mas, que teve o incentivo dos vários livros que se alimenta.


O dia do professor ainda está longe, dia 15 de outubro, mas me antecipo na postagem, por alguns motivos que prefiro não mencionar aqui. Apesar do meu jeito extrovertido, nunca chamei muita atenção enquanto aluna, sempre fui quieta, mediana, faço o meu dever e pronto, nunca fui de chamar atenção em sala de aula, ou de ser amiga dos meus professores, acho que a aproximação deve ser natural e não forçada. Digo isso, para agradecer a alguns professores, que me perceberam diante de tantos outros, e que me incentivaram (e me incentivam) para realizar os meus projetos. Obrigada.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Para Sempre Los Hermanos

Desde 2007 os fãs de Los Hermanos estão órfãos. Época em que a banda resolveu dar um “hiato” por tempo indeterminado. Lá se vão quatro anos e os integrantes Rodrigo Amarante, Marcelo Camelo, Bruno Medina e Rodrigo Barba seguiram os seus caminhos, separados um do outro.
Com talento de sobra e fazendo um som bem mais soft, do que as pegadas um pouco diferente dos Hermanos, Camelo, acaba de lançar seu 2º álbum em carreira solo: Toque Dela. O 1º chamado “Sou” foi gravado em novembro de 2007. Já Rodrigo Amarante, depois do término, se juntou com um monte de artista talentoso, e dedicou-se a Orquestra Imperial, banda que regravou clássicos do samba brasileiro. Depois, surpreendeu mais uma vez, unindo-se ao baterista dos Strokes, Fabrizio Moretti, e a namorada dele, Binki Shapiro para formar o Little Joy.
Com pegadas de surfsusic e do rock undergroud, o único disco que eles lançaram, foi bem aceito pela crítica e pelos fãs. Os outros barbudos, o tecladista Bruno Medina e o baterista Rodrigo Barba estão sempre ligados ao mundo alternativo da música, e continuam produzindo coisas novas.
Contudo, a verdade é uma só: os fãs de Los Hermanos vivem do saudosismo. Continuam atrelados aos velhos sucessos da banda “Último romance”; “A flor”; “O velho e o moço”; “Sentimental”, e várias outras canções. E a banda (ou ex-banda, ou ainda pode ser uma banda), de vez em quando dá um agradinho aos fãs. A mais expressiva foi quando abriram o show do Radiohead no Brasil, em março de 2009, no Rio de Janeiro.

Fenômeno

É difícil entender o fenômeno hermanístico, criou-se uma legião de pessoas que defendem com unhas e dentes a banda. Pois, para eles esse foi o único grupo musical do final dos anos 90 que trouxe uma cara nova ao rock nacional. Talvez, desde Legião Urbana não se via fãs tão fervorosos no Brasil. Mas, os barbas grandes têm uma diferença: assim como se vê o fanatismo, se vê também o descrédito. É tipo aquela história do “ame ou deixe”, ou gosta muito, ou odeia, sem meio termo.
É provável que isso aconteça por causa da peculiaridade do som. A voz rouca, quase de porre, do Amarante, que contrasta com a voz mais melodiosa do Camelo. Os metais (trompete, saxofone), utilizados com uma linha mais melódica nas músicas. As letras cheias de metáforas, com um romantismo exacerbado, por vezes sofrido.
Também é difícil definir ao certo o estilo da banda. “Los Hermanos”; “Bloco do eu sozinho”; “Ventura” e “4”, foram seus quatro CDs de estúdio, e cada um com uma linha musical diferente, uma mistura de MPB, samba, rock, e nos primeiros álbuns uma pitada de hardcore. No entanto, definições não importam nem para os músicos nem para os fãs dos Hermanos.
O que importa é mesmo o extasse ao ouvir aqueles velhos versos “... até quem me vê lendo o jornal, na fila do pão, sabe que eu te encontrei...”; ou a batida forte do “quem sabe o que é ter e perder alguém sente a dor que eu sentir”; ou até mesmo a tão discriminada, coitada “Oh Ana Júlia....” ; que por sinal foi regravada pelo ex-beatle George Harrison.
Posso até está sendo hiperbólica, mas para milhares de fãs, Los Hermanos, marcaram uma geração. Uma geração que ansiava, e ainda ânsia, por ídolos. Uma geração que vive ouvindo os discos de seus pais dos anos 60, e contraditoriamente, baixando álbuns de bandas independentes. Uma geração que viveu intensamente a época dos Hermanos. E ainda vive. Pessoas que provavelmente viverão a época Los Hermanos - com eles voltando ou não - para sempre.



sexta-feira, 29 de abril de 2011

Lamentos da alma

Todo dia acorda querendo fazer algo diferente e acaba fazendo tudo igual.
Vai para o mesmo lugar todas as tardes fazer a mesma coisa.
Pega na mesma hora qualquer ônibus lotado para ir pra faculdade.
Odeia ônibus lotado e odeia a faculdade.
Mas odeia a faculdade, apenas, por ter que pegar ônibus lotado pra chegar até ela.
Já está cansado de ter que ir pra lá todos os dias.
Só tem vontade de estudar alguma coisa de música e cinema.
Mas não tem mais ânimo pra fazer nada voltado para arte.
Porque nunca tem tempo para nada,
Já que está sempre fazendo o que não lhe dá prazer.
Está fazendo coisas apenas por dinheiro, o que era antes impensável para ele.
Odeia o dinheiro, porque o dinheiro é a causa de mortes,
desastres, dores, destruição e injustiça da humanidade.
E é a causa de fazermos o que não nós dá prazer, apenas para conseguir ele.
Mas precisa do dinheiro, justamente para não pensar em nada disso.
Adora dormir, mas odeio seus sonhos, que são sempre pesadelos,
É raro dormir e sonhar com coisa boa.
Precisa mudar de vida, e faz tudo para que isso aconteça.
Mas até agora, nada aconteceu.
Já cansou de perder, por isso, parou de tentar.
Mas sonha, sonha muito, quando voltar a tentar de novo.
Espera conseguir algo de bom.

(fim)

domingo, 24 de abril de 2011

Para você

Ei amigo, a tristeza não é intrínseca a nenhum ser humano.
Apenas, não se sinta triste por ter poucos amigos,
o que realmente importa é se eles são verdadeiros.
Ei, não me venha com essa velha marmota de sempre,
de que você é assim.
Ninguém nasce pra sofrer ou ser infeliz.
Você sabe que não eis a única,
a sentir medo, a se sentir sozinha ou sofrer por amor.
A diferença é a forma que as pessoas superam a dor.
Ei amigo, pare com isso.
Veja o sol e o futuro ao seu alcance.
Sinta o gosto daquela velha bebida gelada,
e veja que nada se tem a perder, somente a ganhar.
Ei amigo! Há quanto tempo te vejo chorar?
Suas lágrimas já não fazem sentido.
Da pra ver no seu olhar que queres liberdade pra sonhar.
Ei, a capa da infelicidade já não cabe mais...
Mas, só você irá saber o que fazer pra superar
a dor de seu próprio "ser".

"Meu amigo, o que você tem? Precisa sair para ver uns amigos, largar um pouco o seu computador, ir lá fora pra ver o calor do sol. E lá fora, talvez, novo amor possa te alegrar. Meu amigo, o que você tem? Eu já vivi também, é típico dessa cidade, mas a alegria é melhor do que a felicidade e a amizade, mais simples que amor. Meu amigo, está tudo bem, o que você sente outros sentem também. Mas hoje o dia, é melhor não sair na cidade pra ver o carnaval que chegou, que chegou..." StereoScope.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

365 dias


Não é fácil consolidar o amor. Ele Nasce como um bebê, desprotegido, frágil, sem anticorpos. Aos poucos começa a engatinhar, pronunciar suas primeiras palavras, andar, e etc. No caso do amor ele começa com "eu te adoro", "gosto de estar contigo", e assim vai caminhando... As dúvidas afloram nossa mente confusa. Será que vai dar certo? Como devo agir? Digamos que se a conquista é a criança, o amor é o adulto, a paixão é a adolescencia transviada, completamente impulsiva, dona de si, e rebelde sem causa. Beija, abraça, rompe barreiras, faz carícias, consome o outro. Até vim o "eu te amo" muitas águas já rolaram. Quando é dito com sinceridade é a melhor coisa do mundo, se não é sincero é ilusão, que só o tempo irá curar. No meu caso todas as vezes foram marcadas com respeito e carinho, muito carinho. Talvez por isso, ficou fácil saber o que era certo fazer: entregar-se por completo ao amor. Não vou dizer que é fácil amar, ao contrário, é difícil e complexo, como a própria vida. É um trabalho diário de atenção, compreensão, afeto, convivência e uma infinidade de coisas. Mas como dizia Fernando Pessoa: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena".

Alianças: foto acima feita na Casa das 11 Janelas.

Obs- Em homenagem aos 365 dias que passamos juntos. Teamo

Coisas de principiante

Mãos geladas, suando frio. Dor de barriga, nervoso, agonia. Primeira vez que pega o carro, depois que tirou a carteira. Medo, muito medo. "Ah, milhares de pessoas dirigem todos os dias, porque eu não posso?", pensou. "Afinal, passei na prova do Detran, né?". "Sim e daí?" "Qualquer idiota passa na prova do Detran, aquelas voltinhas de merda ao redor no Mangueirão, não dizem nada". "A pessoa sabe dirigir é quando pega o trânsito de verdade, congenstinamento e tudo mais". Ficou um tempão com desvaneios desse tipo.

Chamou o namorado para acompanha-la, seria pior se estivesse sozinha. Primeiro passo é tirar da garagem, caramba o carro ainda estava torto. Desce o freio de mão, marcha ré, acelera devagar e vai... "Ufa! passou raspando, agora é mole, só andar". Pisa na embreagem, primeira marcha, acelera devagar, tira o pé da embreagem, coloca de novo, segunda marcha e vai.. "Ah moleza, não sei porque eu fico com medo", aliviou-se.

Olhos vidrados no trânsito, duas mãos no volante, coluna reta. Posição de quem tá começando a dirigir. Entrou na Avenida Independência, carros por todos os lados, ônibus, bicicleta. "Ai, meu Deus, me ajuda", tremeu a pobre menina. No meio da Avenida, se enrolou na marcha, a primeira não foi, já era, morreu o carro. Buzina de todos os lados, tremor, respira, volta, liga o carro, embreagem, primeira marcha, acelera e vai. Pronto. "Calma, nada de mais, vai dar certo". Duque, Unama da Alcindo Cacela, pra deixar o namorado. "Calma, que se tá nervosa, fica tranquila", disse o garoto tentando acalma-la.

Agora era ela e o carro, o carro e ela, sozinhos, sem ninguém pra ajudar. Era só descer a Alcindo Cacela, dobrar na José Malcher que chegava ao trabalho. Pois é, não viu a José Malcher e passou direto. "Merda, que rua é essa, já passei muito.. hum.. Caripunas? Meu Deus como sai daqui?" Pior do que ser motorista iniciante, é ser motorista iniciante que não sabe nada de rua, e não tem senso de direção. Dobrou a esquerda, foi por uma rua que nem lembra o nome, parou no sinal. "Ei flanelina, a José Malcher é a próxima?", perguntou. "Sem ser nessa na outra, minha senhora", informou.

Chega ao trabalho, entra com tudo na garagem do trabalho, e estaciona de uma forma deprimente. "É melhor tu ajeitar isso daí, vai ficar ruim pro outro carro sair", diz o porteiro. " Ai meu Deus que sufoco, pra mim tava bom", pensou com raiva. Fica uns 10 minutos tentando estacionar direito, não ficou direito, mais bem melhor que antes.

Resolveu, então, pedir ajuda.
"Pai, o senhor não que vim pegar o carro da mamãe aqui, eu prefiro ir de ônibus pra Unama, não quero pegar a rotatoria..."
"Não, tô no trabalho... tutututu.."

"Amor, vem pra cá pro trabalho, me pegar, preciso de companhia, pra chegar em casa, não quero dirigir sozinha... Acho que vou pra Unama de ônibus mesmo..."
"Tudo bem minha vida, já até me acostumei em ser teu guarda-costas..."

O que o amor não faz né? Serve até de cobaia, e detalhe que o guarda costas não sabe dirigir, mas consegue tranquiliza-lá. "Só quero deixar o carro da mesma forma que eu peguei", pensou a menina no trabalho. Nessas horas vale até pedir ajuda pra Nossa Senhora dos Motoristas para que nada aconteça.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Especial Iron Maiden

Os rockeiros de Belém estão empolvorosos! Claro! O Iron Maiden vai tocar na cidade nesta sexta-feira, dia 1º de abril, sem mentiras. E esse blogue pode ser meio de "menininha", mas, sim, sua escritora gosta de rock! Sabe, eu não ia escrever nada sobre o Iron, apesar de ser um acontecimento histórico um show deles em Belém (em SP é normal, mas aqui é raro vim coisa boa), até que algumas situações fizeram eu mudar de ideia.

Estava conversando com um colega meu, e ele estava tirando com a minha cara, dizendo que eu não conhecia Iron Mainden. Que eu não sabia o nome dos caras, e não conhecia nada sobre a banda. Beleza, fiquei na minha. Olhei pro ingresso que havia comprado com sufoco e pensei. Por que eu vou ao show?

Lembrei que quando eu era guria, meu irmão ouvia Iron Madein, e enlouquecia em casa. Eu ouvia o som daquelas guitarras e aquilo ia me impressionando de uma tal forma, ficava pensando: como esses caras conseguiam tocar daquele jeito? Com tanta precisão, energia, loucura. Já conheci eles velhacos, mas em seus shows, pareciam adolescentes no auge da puberdade. Meu irmão, colocava o vídeo e eu olhava o Bruce Dickinson pulando e fazendo dancinhas no palco, ainda nem entendia nada sobre rock, mas achava um barato aquilo. Nunca fui de ouvir metal, assim, com frequência, apesar de gostar de várias vertentes de rock, sou de ouvir mais Beatles, Radiohead, coisas assim.

Então, por causa do show, comecei a ouvir o novo cd "The final frontier", que dá o nome a turnê deles. Impressionante. Eles continuam sendo maravilhosos, melodias bonitas e guitarras marcantes. E entendi por que eu vou ao show. Porque Iron Maiden, é o clássico bom e velho rock'in roll. Percebi então, que eu conhecia muito mais, conhecia a alma da banda, quando eu nem tinha formado minha personalidade. Eu conhecia o som deles há muito tempo, e só agora, caí na real e me dei conta que aquilo era Iron Maiden. A dama de ferra do rock. O heavy metal que influenciou gerações inteiras.

Não sei como vai se sexta-feira, nunca fui para um show desse porte, mas a expectativa é grande. Só espero que dê tudo certo, enfim, é isso. Bom show pra todos nós! \o/

domingo, 27 de março de 2011

Convivência

Ela acordou e ele estava lá, mais uma vez ao seu lado. Já faz alguns dias que eles dois estão assim, dormindo juntos. Engraçado, nem lembrava mais como é a sensação de estar sem ele. Na verdade, não conseguia mais imaginar essa possibilidade. Ele simplesmente foi morar com ela, assim, naturalmente. Sem pedir, sem falar, apenas foi. Acordam sempre com um sorriso, e com carinhos sonolentos. Ela sempre com pressa. Ele sempre calmo e no tempo certo. Ela tomava café apressada, ele sentava, via o jornal, depois saía de casa. - Te encontro pra almoçar? - Me pega no trabalho. Ela respondia gritando do portão. E assim foram vivendo aquela vida de casal, sem reclamar. Aos fins de semana assistiam filmes, e ele fazia macarronada pra comer, ou então pediam pizza, já que ela não gostava de cozinhar. A noite, andavam em alguns bares para encontrar amigos, e esquecer do trabalho, e das contas pra pagar. Quando não iam para algum show ou teatro, ficavam em casa para economizar e tomavam um vinho esquecido na geladeira. Esses tempos estavam juntando grana para viajar. Faziam tudo juntos. Tinham uma intimidade, à muito consolidada. E adoravam essa intimidade. Amavam conhecer o corpo, e a mente um do outro, como só eles conheciam, como só eles sabiam. Ele já até sabia contornar o temperamento forte e explosivo dela. E ela já sabia conviver com o jeito mais calmo dele. Viviam como se fossem um só, repartido em dois. "Ele amava ela". "Ela amava ele".

Companheiros